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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/26/01 14:46:42
Unicamp leva câmeras às cidades históricas 

Para registrar os principais pontos arquitetônicos de Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte, gerando conteúdo importante para alunos e amantes da arquitetura, a Faculdade de Arquitetura da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) fará uma excursão com seus alunos e professores, usando câmeras digitais. A viagem começa no dia 14/1 e o resultado será divulgado no site da Construtora Tecnotasa, empresa de Campinas da área de construção, que está apoiando esse evento cedendo equipamentos de informática e vídeo.

Todos os anos aquela faculdade, no encerramento do período letivo, leva seus alunos às cidades de relevância arquitetônica e cultural do Brasil. Esta atividade faz parte de um amplo processo de educação na área de História da Arte, da Arquitetura e do Urbanismo, com objetivo de favorecer uma vivência concreta e direta dos estudantes com as principais obras do importante patrimônio construído no país.

A novidade neste ano é que estudantes e amantes da arquitetura e da cultura brasileira também podem acompanhar esta viagem pela Internet. Todos os dias, o grupo composto por cinco professores e 33 alunos enviará um resumo sobre a visita, com fotos e imagens em vídeo dos lugares percorridos. Neste ano, foram escolhidas três cidades no Estado de Minas Gerais (Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte) pelo grande potencial que oferecem quanto aos mais diversos aspectos da cultura arquitetônica brasileira.

"A viagem de estudos permite aos alunos não só um conhecimento efetivo de várias realidades construtivas, tecnológicas, artísticas e sócio-econômicas, mas também um ganho intelectual, uma experiência de confronto cultural que é a base de toda a cultura do jovem e futuro arquiteto", afirma o professor Marcos Tognon, coordenador do Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Unicamp.

Roteiro - A primeira cidade a ser visitada é Mariana, primeira capital da província de Minas Gerais, área pioneira de ocupação dos bandeirantes paulistas: sua arquitetura do século XVII é essencial para a compreensão dos primeiros assentamentos urbanos no interior daquele grande continente, ainda pouco explorado, que era o Brasil colônia de Portugal.

A segunda parada é em Ouro Preto - que representa, por sua vez, uma das principais capitais da cultura barroca no mundo do século XVIII, e as suas expressões artísticas configuraram um universo ímpar no coração daquela emergente nação urbanizada brasileira. Da arquitetura à música, da poesia ao teatro, da música religiosa à grande arte monumental da talha, Ouro Preto oferece as várias dimensões da cultura barroca em nosso território.

E finalmente, Belo Horizonte, cidade criada para ser a capital de Minas Gerais, na então jovem República Federativa dos Estados Unidos do Brasil. Antes de Brasília, foi o maior empreendimento urbanístico realizado pelos políticos positivistas e arquitetos de formação nas academias de Belas-Artes, e deixou um grande e representativo patrimônio da cultura eclética do final do século XIX. Patrimônio que se orgulha das primeiras obras modernistas na Pampulha, do arquiteto Oscar Niemeyer, além de realizações de jovens e vanguardistas mineiros, nos anos de 1980, sob o influxo da chamada cultura pós-moderna que aportou no Brasil.

Mais sobre a viagem:
Unicamp - visita às cidades históricas - 1
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