Unicamp leva câmeras às
cidades históricas
Para
registrar os principais pontos arquitetônicos de Mariana, Ouro Preto
e Belo Horizonte, gerando conteúdo importante para alunos e amantes
da arquitetura, a Faculdade
de Arquitetura da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) fará
uma excursão com seus alunos e professores, usando câmeras
digitais. A viagem começa no dia 14/1 e o resultado será
divulgado no site da Construtora
Tecnotasa, empresa de Campinas da área de construção,
que está apoiando esse evento cedendo equipamentos de informática
e vídeo.
Todos os anos aquela faculdade, no
encerramento do período letivo, leva seus alunos às cidades
de relevância arquitetônica e cultural do Brasil. Esta atividade
faz parte de um amplo processo de educação na área
de História da Arte, da Arquitetura e do Urbanismo, com objetivo
de favorecer uma vivência concreta e direta dos estudantes com as
principais obras do importante patrimônio construído no país.
A novidade neste ano é que
estudantes e amantes da arquitetura e da cultura brasileira também
podem acompanhar esta viagem pela Internet. Todos os dias, o grupo composto
por cinco professores e 33 alunos enviará um resumo sobre a visita,
com fotos e imagens em vídeo dos lugares percorridos. Neste ano,
foram escolhidas três cidades no Estado de Minas Gerais (Mariana,
Ouro Preto e Belo Horizonte) pelo grande potencial que oferecem quanto
aos mais diversos aspectos da cultura arquitetônica brasileira.
"A viagem de estudos permite aos
alunos não só um conhecimento efetivo de várias realidades
construtivas, tecnológicas, artísticas e sócio-econômicas,
mas também um ganho intelectual, uma experiência de confronto
cultural que é a base de toda a cultura do jovem e futuro arquiteto",
afirma o professor Marcos Tognon, coordenador do Programa de Pós-Graduação
em História da Arte da Unicamp.
Roteiro - A primeira cidade a
ser visitada é Mariana, primeira capital da província de
Minas Gerais, área pioneira de ocupação dos bandeirantes
paulistas: sua arquitetura do século XVII é essencial para
a compreensão dos primeiros assentamentos urbanos no interior daquele
grande continente, ainda pouco explorado, que era o Brasil colônia
de Portugal.
A segunda parada é em Ouro
Preto - que representa, por sua vez, uma das principais capitais da cultura
barroca no mundo do século XVIII, e as suas expressões artísticas
configuraram um universo ímpar no coração daquela
emergente nação urbanizada brasileira. Da arquitetura à
música, da poesia ao teatro, da música religiosa à
grande arte monumental da talha, Ouro Preto oferece as várias dimensões
da cultura barroca em nosso território.
E finalmente, Belo Horizonte, cidade
criada para ser a capital de Minas Gerais, na então jovem República
Federativa dos Estados Unidos do Brasil. Antes de Brasília, foi
o maior empreendimento urbanístico realizado pelos políticos
positivistas e arquitetos de formação nas academias de Belas-Artes,
e deixou um grande e representativo patrimônio da cultura eclética
do final do século XIX. Patrimônio que se orgulha das primeiras
obras modernistas na Pampulha, do arquiteto Oscar Niemeyer, além
de realizações de jovens e vanguardistas mineiros, nos anos
de 1980, sob o influxo da chamada cultura pós-moderna que aportou
no Brasil.
Mais sobre a viagem:
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