A vida cultural em SantosVárias instituições vêm
contribuindo para a projeção da terra dos Andradas, no cenário artístico-literário do País.
As faculdades de Filosofia e Direito, o
Instituto Histórico e Geográfico, o Clube de Arte, o Centro de Expansão Cultural, a Comissão Municipal de Cultura, a
Sociedade de Cultura Artística, o Cine-Foto Clube, o Clube de Cinema e a Associação Santista de Belas Artes coloca-se em plano elevado nessa
meritória tarefa de difusão cultural.
A Academia Santista de Letras
Francisco Paino, presidente da ASL
Foto publicada com a matéria
Fundada por monsenhor Primo Vieira e Clóvis Carvalho
em 23 de junho de 1956, a Academia Santista de Letras logo contou com o apoio dos mais ilustres beletristas locais.
Seu primeiro presidente foi monsenhor Primo Vieira, a quem coube instalar, em março ce 1957, o referido cenáculo e
empossar os acadêmicos eleitos para as diversas cadeiras, em solenidade de grande sucesso social.
Extinto o operoso mandato de monsenhor Primo Vieira, foi, por unanimidade dos confrades, eleito presidente o
acadêmico Francisco Paino, que, com rara dedicação, muito tem contribuído para a projeção do nome da "Casa de Martins Fontes".
A atual diretoria da Academia Santista de Letras está assim constituída: presidente, Francisco Paino; sec. geral,
Acácio Valim; 1º sec., Aristheu Bulhões; 2º sec., mons. Benedito Vicente dos Santos; tesoureiro, Thales de Mello; e bibliotecário, Francisco de
Marchi.
É a seguinte a relação das cadeiras da Academia Santista de Letras, com os seus respectivos patronos e ocupantes
já empossados: cadeiras nºs.:
1 - patrono, Agenor Silveira, ocupante, Pedro Uzzo;
2 - pat. Alberto Souza; ocup. Francisco Paino;
3 - pat. Alberto Veiga, ocup. Manoel Moreira;
4 - pat. Alexandre Gusmão, ocup. Clóvis Pereira de Carvalho;
6 - pat. Ângelo de Souza, ocup. Jaime Franco;
7 - pat. Bartolomeu de Gusmão, ocup. Edmundo Amaral;
8 - pat. Galeão Coutinho, ocup. Edmundo Amaral;
10 - pat. Emília de Freitas Guimarães, ocup. Mariano Gomes;
11 - pat. Heitor de Morais, ocup. Manoel Paulino;
12 - pat. José Batista Coelho, ocup. Francisco de Marchi;
13 - pat. João Cardozo Menezes e Souza (vaga);
14 - pat. Joaquim Xavier da Silveira, ocup. Cassiano Nunes;
15 - pat. José Bonifácio de A. e Silva, ocup. Archimedes Bava;
16 - pat. José de Freitas Guimarães, ocup. João de Freitas Guimarães;
17 - pat. José Martins Fontes, ocup. Durwal Ferreira;
18 - pat. Júlio Ribeiro, ocup. Thales de Mello;
19 - Antônio Carlos R.A.M. e Silva, ocup. Aristheu Bulhões;
20 - pat. José Feliciano Fernandes (vaga);
21 - pat. Martim F. Ribeiro de Andrade (vaga);
22 - pat. Paulo Gonçalves, ocup. Saulo Ramos;
23 - pat. Ranulpho Prata, ocup. Primo Vieira;
24 - Valdomiro Silveira, ocup. Nicanor Ortiz; e
25 - pat. Vicente de Carvalho, ocup. Maria José Aranha de Rezende.
O núcleo da União Brasileira de Escritores
A U.B.E. já tem em Santos um dos seus núcleos em ação.
Em julho de 1958, na sede do Instituto Histórico e Geográfico, Sérgio Milliet, João Freire e outras personalidades
dos meios literários paulistas e da direção da U.B.E. reuniram, ali, os homens de letras de Santos e, por indicação destes, designaram uma junta
provisória composta dos intelectuais Archimedes Bava, Álvaro Lopes, Acácio Valim e Aristheu Bulhões, a fim de que a mesma providenciasse a
instalação do núcleo local e indicasse, em eleição, os nomes de seus diretores.
A eleição foi realizada e os escritores Albertino Moreira, Álvaro Lopes e Aristheu Bulhões escolhidos, por
unanimidade, para a direção do Núcleo de Escritores de Santos.
Na sede da Associação dos Médicos, na Avenida Ana Costa, a U.B.E. empossou os membros da novel entidade santista
em solenidade pública, de que participaram Archimedes Bava, Itacy de Souza Teles, Pedro Uzzo, Cipriano Jucá, Querubim Corrêa e outros intelectuais.
O Clube da Poesia
Sendo a mais nova das entidades culturais de Santos, pois foi fundada em 12 de agosto de 1958, o Clube de Poesia,
entretanto, congrega futurosos elementos dos seus meios intelectuais.
A Academia Santista de Letras arregimentou os escritores de mais tradição, não possibilitando, por isso mesmo,
talvez, o aproveitamento de valores mais novos e ainda em formação.
Graças ao Clube de Poesia, a juventude de talento conseguiu aglutinar suas forças e garantir a continuidade
cultural da terra, que sempre foi a fonte das mais altas expressões do pensamento poético nacional.
Idealizado por Dimas do Amaral, Vitorino Soares de Souza, Waeny e Aristheu Bulhões, o Clube de Poesia, desde a sua
fundação, se vem impondo à confiança da intelectualidade santista, através do dinamismo incomum do seu presidente, que é o primeiro dos mencionados
homens de letras.
Contando com a cooperação da poetisa Myrta Guarany Rosato, o Clube de Poesia já organizou um interessante coral
falado, sob a direção da citada escritora.