Com repertório variado, o grupo coral é formado por 23 vozes femininas,...
Foto: Carlos Marques, publicada com a matéria
CORAL
Vozes de Esperança completa 18 anos
O grupo festeja a data com recital amanhã, às 20 horas, no CCBEU
Da Reportagem
Sob a regência de Glorinha Velloso, o grupo coral Vozes
de Esperança está completando 18 anos. Para comemorar a data, o coral se apresenta amanhã, às 20 horas, no CCBEU.
Feminino, o coral reúne 23 vozes, mostrando um repertório variado, que inclui música
popular brasileira, canções internacionais, músicas sacras e também de autoria da regente, que já compôs mais de 400.
"Nossas apresentações têm sempre um tema, mar, mulheres, boleros, música de filmes
famosos. Fazemos também um resgate de músicas dos anos 30, 40, 50", conta Glorinha.
No CCBEU, o programa terá a Bossa Nova como temática e incluirá Preciso Aprender a
Ser Só, Corcovado, Esmeralda, Ninguém Me Ama, Ave-Maria no Morro, Esses Moços, Chuvas de Verão,
Wave, Serra da Boa Esperança e duas composições assinadas pela regente: Foi Mentira e Com Você Outra Vez. O coral prepara
outra apresentação para dia 28 de setembro, no Colégio Stella Maris.
A história do Vozes de Esperança tem início com o convite de Evelyn Villarinho para
que Glorinha, afastada da música há 30 anos, ensaiasse um grupo de mulheres. "Não foi fácil porque houve ensaios em que só apareceram duas para
cantar. Elas não sabiam música e nem todas tinham voz afinada, mas eu queria trabalhar para fazer um grupo coral".
O grupo levou a coisa a sério e deu certo. "Possuímos um público. Quando chegamos ao
local do espetáculo já tem gente esperando na platéia".
Além da Cidade, o coral tem soltado suas afinadas vozes em vários locais do Estado,
como o Memorial da América Latina, Sesc-Vila Mariana e na cidade de Itu. "Temos mais incentivo de São Paulo do que de Santos. Levamos o nome de
Santos para São Paulo e encontramos aqui dificuldade até para o custeio de despesas com o transporte. Há muita burocracia por parte da Secult, isso
tudo desestimula", queixa-se.
Glorinha conta que também a deixa entristecida o fato de Santos não
possuir um hino oficial. "Foram feitos dois concursos, mandei composições e o assunto fica esquecido".
... sob a regência da maestrina e compositora Glorinha Velloso
Foto: Carlos Marques, publicada com a matéria
Aluna
de Villa-Lobos - Formada pela Escola Nacional de Música, no Rio de Janeiro, a musicista estudou no Conservatório de Canto Orfeônico, sendo aluna
do maestro Heitor Villa-Lobos. "Era um homem que impunha respeito. Era calado e andava sempre com um charuto pendurado na boca. Quando sentíamos o
cheiro, todo mundo ficava quietinho. A disciplina era rígida. Inventou a linguagem de mão (monossolfa) e compunha na hora durante os ensaios".
Quem quiser fazer parte do Vozes de Esperança é só marcar entrevistas pelo tel. 3235-5315.
Entre os requisitos necessários, a regente aponta querer cantar e ter tempo disponível.
Os ensaios acontecem três vezes por semana e são um momento de troca de idéias e de
amizade. "O coral é uma extensão da minha família. Elas são amigas minhas, são fiéis", diz Glorinha.
No grupo, muitas coralistas reencontraram a alegria, como é o caso de Maria José
Justo, qaue perdeu um filho há dois anos, e Aline Silva Nascimento, que é solista do coral e entrou no Vozes da Esperança há 13 anos, após a morte
do marido. "O coral é uma terapia", concordam.
O CCBEU fica na Rua Azevedo Sodré, 101. |