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LIVROS
Este é De Vaney, jornalista, boêmio e autor
Quem é, realmente, Adriano Neiva da Motta e Silva, detentor de vinte e oito prêmios e
que ousou, publicamente, desmistificar o homem Edson Arantes do Nascimento, Pelé?
Mesmo sabendo que a opinião de milhões de brasileiros estaria contra si, teve a
coragem de mostrar a outra face do ídolo, o mesmo ídolo que um dia ele ajudou a forjar, usando as mesmas armas de ascensão.
Excêntrico? Quixotesco? Justo? As opiniões divergem, mas ele está tranqüilo. "Eu tive
que escolher entre a comodidade de silenciar e os perigos advindos de meus pronunciamentos. Não vacilei. Escrevi A Verdade Sobre Pelé."
O nome Adriano Neiva da Motta e Silva - De Vaney - tornou-se legendário nos meios
esportivos. Discreto, sensível, ele viu muitos ídolos surgirem e também desaparecerem, registrando, minuciosamente, a passagem de todos eles pelo
cenário esportivo nacional. Dedicou toda sua vida à profissão que escolheu - o jornalismo - e fez dela um sacerdócio.
Alto, um metro e oitenta, esguio, sessenta e dois quilos. Rosto fino e liso, setenta
anos, olhos vivos, voz agradável, sempre impecavelmente vestido, ele foi crítico literário, cobriu geral, fez poesia e até o quarto ano de Medicina.
Com quatro anos de idade, queria vender uma folha rabiscada dizendo ser jornal, e aos
quatorze fundou o Beira-Mar, no Rio de Janeiro, tablóide que circulou durante cinco anos nas praias do Botafogo, Leme, Copacabana e Flamengo.
(O texto é de Maria José Gonçalves).
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Filho e neto de jornalista dos dois lados, ele teve como
mestre Humberto de Campos, "segure o leitor até a terceira linha", dizia, e como amigo, Coelho Neto, dos muitos que conquistou ao longo dos
cinqüenta e cinco anos de vida jornalística. Foi correspondente do Mircir D'Sports, Radio Cercle de Paris, entre outros. Defendeu as
cores do Fluminense no campo de futebol, na piscina (natação e pólo aquático), na quadra de tênis, nas pistas de alta velocidade. Dominando bem o
inglês e o francês, visitou a Europa, Estados Unidos, México, entre outros países da América Latina. "Conheço também o Brasil de ponta a ponta".
Boêmio na juventude, conviveu com Carmen Miranda e ainda conserva velhas amizades como
a de Silvio Caldas. Adora a noite e nunca deita antes das cinco da manhã, "mas dormir mesmo só depois das sete, porque fico lendo. Não dispenso,
inclusive, a yoga, não a mística, mas a salutar. Comecei há quarenta anos, para tirar o mau humor da manhã, quando acordava muitas vezes de ressaca.
Era incrédulo, mas um dia resolvi levar a sério e o primeiro passo foi deixar de fumar. E há vinte e cinco anos não ponho uma gota de álcool na
boca. No entanto, não conheço nada melhor na vida do que um chopp na mesa e uma conversa inteligente. Não com muitos, porque vira multidão,
com dois também não, torna-se colóquio. O número ideal é três".
Paulista de Ribeirão Preto, menino ainda foi morar no Rio de Janeiro, depois que o pai
morreu enquanto fazia uma autópsia. "Eu tinha três anos e fomos viver em casa de meu avô, nas Laranjeiras. Nos fundos de nossa casa tinha um colégio
de crianças desamparadas, onde os maiores trabalhavam nas oficinas. Lá havia uma velha litografia e eu, muito curioso, aprendi a lidar com a caixa
alta, caixa baixa, rotaplana. Foi lá que rodei o Beira Mar, mas com a morte do meu avô, fui obrigado a vendê-lo ao Theó Filho".
Como o pai, que foi considerado "o médico dos pobres", Adriano também quis fazer
Medicina; no entanto, teve que trancar a matrícula no quarto ano. "Eu queria ser interno da faculdade, cargo político, porém não consegui, por isso
a única salvação encontrada na época foi o jornalismo, porque já tinha toda uma vivência apesar da pouca idade.
"Vivência essa anterior ao Beira Mar. Com meus onze anos de idade meu avô
escreveu uma carta ao Humberto de Campos, diretor de O Imparcial, dizendo que eu desejava ser jornalista. Quando ele perguntou o que eu sabia
fazer, respondi: 'Tudo'. Sabe fazer artigo de fundo?, insistiu. Mas eu nem sabia o que era isso. Aí ele mandou falar com o sub-secretário que me
encarregou de fazer os pacaus, junto com outros garotos. Quando sobrava espaço no jornal, a gente fazia um anúncio, dizendo que um certo
cidadão tinha sofrido acidente, geralmente, em frente a uma confeitaria. Depois ia tomar chá na casa, aproveitando o anúncio. Todos gostavam de
fazer pacau e para não criar problemas a escolha era através de sorteio".
Com dezenove anos, em 1925, Adriano foi trabalhar no Globo, que estava lançando
o número zero. Cobriu vários setores, o último foi política. Com o fechamento do Congresso, em 1937, ele se viu mais uma vez sem emprego, desta vez
no jornal que ajudara a fundar. Contudo, se aqui Getúlio fechava a Assembléia, na Europa já se falava numa guerra mundial; foi quando o diretor do
Diário de Notícias convidou o ex-repórter político para fazer uma série de matérias sobre os homens que dirigiam ou estavam prestes a se
tornar importantes no conflito mundial, desde Hitler até Churchill. "Eu ganhava dez mil réis por cada série, que saía uma vez por semana. O dinheiro
mal dava para a comida, por isso eu e um amigo fazíamos refeição uma vez por dia. Era um prato sortido que custava oitenta réis e vinha com um
talher apenas. Assim, nós tirávamos par ou ímpar para saber quem ficava com a colher primeiro".
Se a princípio o material era vasto, aos poucos foi se esgotando, apesar de ter as
chaves da Biblioteca Nacional, emprestadas pelo então diretor Theófilo Gaulez. "Eu vivia na biblioteca pesquisando e o diretor acabou me emprestando
as chaves". Novamente sem emprego, alguém sugeriu que escrevesse sobre Leônidas - O Diamante Negro. "Fui encontrá-lo no Café Rio Branco. Disse que
queria fazer uma matéria e a resposta foi, "fale com meu secretário". Não tive dúvidas, fui e aceitando o desafio resolvi fazer uma matéria avançada
para a época.
"Um chute. Uma bola que sobe. Uma bola que desce. Um corpo que sobe. Uma testa que
bate. Uma rede que estufa e um grito. Gooll!" Somente no final da crônica de dez laudas revelei o nome do jogador - Leônidas da Silva. No dia
seguinte, fui buscar os dez mil réis da matéria e soube que o diretor queria falar comigo. Perguntei: 'Como está a cara dele?' 'Não está muito boa',
disse a moça. Subi e qual não foi minha surpresa quando ele me recebeu de braços abertos, elogiando a crônica, falando dos telefonemas que recebera
e que eu poderia escrever quantas quisesse, não mais por dez mas por cinqüenta mil réis cada uma. Corri, pedi uma máquina emprestada e meti a cara
no mato, como se costumava dizer. Passei a escrever diariamente e quando o assunto no Rio esgotou, fui a São Paulo e outras cidades. Entrevistei,
inclusive, Arthur Friedenreich, que na época estava na Capital Paulista".
De volta ao Rio, Adriano lançou o livro Os Imortais do nosso Futebol, "foi
sucesso no Brasil inteiro. Melhorei de vida e fui até prestar concurso público para o cargo de redator no Serviço de Vigilância Sanitária e Vegetal
no Porto. Era o primeiro que se realizava e fui classificado, podendo optar entre Rio, Salvador, Santos e Porto Alegre. Eu já conhecia Santos e
tinha um carinho muito especial pela cidade, por isso resolvi ficar aqui".
Adriano assinou também uma coluna na revista O Cruzeiro, durante anos. "Os
jornalistas eram obrigados a usar pseudônimos na revista, escolhi Adão Abel. Entre as inúmeras reportagens que fiz para a revista, lembro bem a do
açude de Orós, quando estourou. Foram vinte e um dias que fiquei lá, entre eles, onze de fome. Paralelo a isso, fiz parte de uma equipe do David
Nasser, junto com Carlos Lacerda, Oscar Werneck e Mauro Pimenta na fotografia, encarregada de lançar os jornais adquiridos pelo Assis Chateaubriand,
dos Diários Associados. Era chamada Equipe da Forma, porque o Assis comprava ou fundava um novo jornal e nós íamos em seguida fazê-lo
funcionar dentro dos padrões da empresa. Foi quando conheci Santos, em 1936, no lançamento do Diário Comercial".
Solteiro ainda, Adriano assumiu no serviço público em 1938 e no ano seguinte voltou ao
Rio para casar com dona Alice. "Namorava desde 1934. Passei, inclusive, a trabalhar no Diário Comercial para sair somente em 1944, aceitando
convite de A Tribuna, onde fiquei vinte e três anos e oito meses. De lá vim para o Cidade de Santos, jornal em que estou desde
dezembro de 1967. Colaborei também em outras revistas e jornais do País e exterior".
Pernas longas, cabelos começando a escassear, mas ainda predominantemente escuros,
riso aberto, reflexos rápidos, boa memória, inteligente, Adriano vive num sobradão do José Menino há mais de vinte anos. "Para quê melhor lugar -
tenho essa beleza que é o Orquidário na frente e o Oceano Atlântico nos fundos de casa!"
Ordeiro, sua trincheira de trabalho é um ambiente de duas peças. Poltronas, cadeiras,
vitrola, uma tevê colorida, estantes, uma mesa de aço, livros, coleções de revistas encadernadas, lápis e canetas, algumas paisagens, discos, entre
eles o de Maria Bethânia, uma máquina de escrever moderna e outros objetos pessoais. Em uma estante, envolta num plástico, uma velha máquina
Remington com inscrição: "Obrigado. Velha Amiga". "Ela foi muitas vezes parar no prego", conta.
Pouco falante, "gosto mais de ouvir", nos últimos anos ele quase não sai de casa, sem
ser misantropo. "Apenas gosto de ficar em casa. Sou hiper tarado em tevê, mas não aprecio novela. Deito às cinco da manhã, durmo às sete, acordo às
treze, almoço às quinze, lancho às vinte e uma e ceio às duas e meia da manhã. Ainda é um hábito da vida de jornal. Gasto uma alta soma de dinheiro
em livros e revistas, porém não gosto de ficção científica".
Na literatura prefere Eça de Queiroz, mas detesta os clássicos. Tem a obra completa de
Coelho Neto, autografada. "Eu era moleque ainda e ficava no muro vendo ele escrever. Um dia, me convidaram para entrar. Depois ficamos amigos.
Convivi com Humberto de Campos embora hoje não o considere como no passado. Fomos amigos e nossa briga depois de publicado Memórias Póstumas,
vinte anos depois de sua morte, em 54, onde ele maltratava muitos amigos, entre eles, Coelho Neto e Olegário Mariano. Mesmo assim, não nego, para
mim ele é o maior crítico literário que já tivemos e talvez no mesmo nível, Agripino Grieco". Lê Voltaire, Kent, Nietzsche e obras sociológicas. É
enxadrista e prefere o meio jogo.
Adriano tem muitas histórias para contar e lembra: "na minha era o jornalismo era
heróico. Tinha-se cotação com os bares e meretrizes. Era mais policial. Muitos trabalhavam até por uma entrada de cinema. Hoje é uma escada que faz
subir, mas que faz descer também, tanto no bom, como no mal sentido. Se o jornalista expõe um conceito trabalhado por outro, aí ele está descendo,
mas se expõe o mesmo conceito, que partiu dele, está subindo. Acho o jornalismo hoje melhor do que no meu tempo. Objetivo, dinâmico, breve, dizendo
aquilo que quer, logo. No entanto, o lado sentimental da minha época não tem comparação. Aquela união que existia entre os jornalistas não há mais.
Era uma trincheira.
"Não sinto saudade, acho que não se deve. É um crime contra aquilo que se teve. Tenho
recordações. Vivi intensamente. Foi uma época magnífica, mas que não poderia voltar de forma alguma". Para ele, escrever é um dom que Deus lhe deu.
"Quando encontro uma frase certa, digo, 'não fui eu, foi meu pai'. Não escrevo bem, sou malandro no bom sentido. Aprendi a tocar a sensibilidade
humana, não porque queira, mas porque transmite prazer. É como levar remédio a um doente".
Adriano tem várias obras editadas, Rosas de Ventos, Contos e Farrapos, Reportagens,
Cento e Cinqüenta Anos de Esportes no Brasil, "que se encontra no MEC. O de poesias rasguei, mas estou escrevendo um livro para o meu neto. Ele
tem seis anos e é para ler quando tiver dez. Eu e a Bola, é outra, que está só no esquema".
Com dois filhos e três netos, ele diz que dona Alice foi a maior companheira do mundo.
"Quando casamos ela já sabia que meu horário de trabalho era diferente, por isso nunca houve problemas". Problemas houve, em família, mas ele ainda
era solteiro. Foi quando veio fazer uma cobertura em São Paulo e a Revolução estourou. "Não tive dúvidas, defendi São Paulo. Comecei na Falange
Acadêmica e acabei no 12 R-1, Tropa Regular, com a patente de sargento. Minha família não gostou porque defendi São Paulo; contudo, um ano depois
estava tudo bem".
Adriano não sente as horas passarem, ou pelo menos não parece sentir. À medida em que
a noite vai avançando, sua disposição vai crescendo. Lembra fatos, conta casos, descontrai totalmente. "Não sei o que seria de mim se tirassem a
noite!" Às vezes fica sério e em um desses momentos, comenta: "evito aparecer. Levei muita pancada que não merecia, de pessoas que só fiz o bem. Não
queria troco da bondade, mas de maldade já é demais". Não há raiva, apenas mágoa; por isso, ele volta a falar da sua vivência de jornalista, fora da
redação, quando Henrique Montadon, Carlos Dutra Vaz, Otávio Gusmões, entre outros artistas e jornalistas, se reuniam no bar da praça da República
para ouvir a proprietária, dona Lili, tocar piano, não faltando nunca a cerveja bem geladinha.
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Um chute. Uma bola que sobe. Uma bola que desce. Um corpo que sobe. Uma testa que
bate. Uma rede que estufa e um grito Goolll! O início da primeira crônica sobre futebol e só no fim das dez laudas o nome do jogador, Leônidas -
o diamante negro. O atrevimento na forma da redação lhe valeu elogios e quando foi buscar os dez mil réis pela matéria havia o convite -
escrever quantas quisesse e por cinqüenta mil réis.
Com Carlos Lacerda, Oscar Werneck e Mauro Pimenta fez parte da Equipe da Forma,
que fundava jornais para a rede dos Diários. Foi assim que veio a Santos, cidade que escolheu quando entrou para o funcionalismo. Hoje
Adriano vive num sobradão, "com essa beleza que é o Orquidário na Frente e o Oceano Atlântico nos fundos". Na estante, envolta em plástico, uma
velha Remington e uma frase: "Obrigado, velha amiga".
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E seu livro onde conta a verdade sobre Pelé
"A Verdade Sobre Pelé é uma síntese de tudo quanto se quis dizer sobre o
futebolista e não se teve coragem. Eu tive essa coragem. Eu não queria, mas não podia ficar omisso, dispondo de todos os dados que disponho. O livro
tem muitos números, estatísticas para poder provar as minhas afirmações. Pelé deixou de ser futebolista para se tornar carisma e depois desertor, em
detrimento do seu clube, do seu povo. Entre Pelé e minha pátria, não penso duas vezes, eu sou minha terra. Talvez seja cafona, mas morro cafona. É
também uma questão de fidelidade à profissão única que tive até hoje", afirma o autor de A Verdade Sobre Pelé, livro editado pela
Lithographica Ypiranga e que já se encontra à venda em todas as bancas.
De Vaney conta que levou oito meses para concluir o livro, porém ele nasceu de
matérias que fez, em 71, publicadas no Cidade de Santos, quando Pelé anunciou que deixaria a Seleção Brasileira. "Conhecendo como conheço o
futebol brasileiro, não podia permitir que se adulterasse o seu roteiro histórico. Não nego que Pelé é um grande jogador dentro de sua época, mas
houve um exagero muito grande em torno dele em prejuízo de outros jogadores".
Com quase trezentas páginas, o livro procura mostrar através de números e
estatísticas, numa linguagem direta, a atuação de Pelé não só na seleção paulista e brasileira, como no próprio Santos Futebol Clube, para depois
traçar um paralelo da atuação dessas agremiações sem a presença do "rei". Mostra, inclusive, os resultados obtidos pelo nosso selecionado antes da
"Era Pelé", a partir de 1914, nas competições oficiais.
Refuta as justificativas de Pelé quando decidiu abandonar a camisa número dez,
alegando a incompreensão da imprensa, saudades da família e a idade; analisa os fatores que o tornaram ídolo; a máquina publicitária que agiu não só
aqui, como no exterior, onde os empresários tornaram seu nome legendário, atribuindo-lhe até o dom de realizar milagres, entre eles, o de nascer
flores no local onde pisava. Fala do bem sucedido empresário Edson Arantes do Nascimento e do plano que arquitetou para abandonar a seleção
objetivando ganhar mais dinheiro, dos exageros que foram cometidos em torno de seu nome.
"Desde que passei a desmistificar Pelé, a primeira pergunta que me fazem é se ele
contestou, ou ainda se houve uma briga entre nós. A verdade é que não houve contestação, porque os dados que apresento são reais, além disso, não
pretendo, com este livro, alimentar qualquer questão pessoal, porque ele é fruto apenas de meu idealismo que não aceita privilégios contra o direito
comum".
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Ele teve como mestre Humberto de Campos e como amigo Coelho Neto, dos muitos que
conquistou nos 55 anos de vida jornalística. Foi correspondente internacional e defendeu as cores do Fluminense. Boêmio, conviveu com Carmen Miranda
e adora a noite, nunca deita antes das 5 da manhã. Mas não dispensa a yoga, que tirava o mau humor da ressaca.
Há 25 anos não toma uma gota de álcool e no entanto não conhece nada melhor do que um
chopp na mesa e uma conversa inteligente, não com muitos, porque vira multidão, com dois é pouco, um colóquio. Bom mesmo é a três.
Gosta mais de ouvir e agora pouco sai de casa e confessa ser "hiper-tarado" em tevê,
mas não gosta de novelas. Na literatura prefere as obras de Eça. |