Com uma vistosa plumagem verde e amarela, a ararajuba ficará de quarentena no parque
Foto: José Moraes, publicada com a matéria
FAUNA
Ararajuba é atração no Cotia-Pará
Espécie está ameaçada de extinção, conforme o Ibama
Da Sucursal
O
Parque Ecológico Cotia-Pará, em Cubatão, conta, desde ontem, entre suas
atrações, com um dos animais-símbolo do Brasil: uma ararajuba, com vistosa plumagem verde e amarela. É uma ave rara e vem somar-se a outros
espécimes oficialmente considerados em extinção pelo Ibama, mas que teimam em reproduzir-se nos manguezais e matas da Cidade: o
guará-vermelho, o jacaré-de-papo-amarelo e algumas espécies de lontras.
A ararajuba faz parte de um lote de 66 aves e animais apreendidos pela Polícia Florestal em
Praia Grande. Todos estão de quarentena, para serem exibidos aos visitantes a partir do final de fevereiro.
A ararajuba é a ave mais rara. Estava vivendo em cativeiro, embora o seu proprietário tenha um
certificado do Ibama, com validade vencida. Se ele apresentar a renovação, segundo o secretário municipal de Meio-Ambiente, Antonio Claret, poderá
ter o pássaro de volta. A ararajuba está com sinais de doença e com a penugem rala e, por isso, foi medicada.
Saudades - O secretário de Meio-Ambiente e o biólogo do parque, Guilherme Secchiero,
acompanharam a chegada dos animais: curiós, canários da terra, coleirinhas, cardeais, uma arara e um papagaio. E mais: cinco filhotes de iguana que
podem atingir dois meros de comprimento quando se tornarem adultos e um lagarto-de-papo-amarelo, com cerca de oitenta centímetros.
O sargento Crispim de Brito, que comandou o pelotão da Polícia Florestal encarregado de apreender
os animais, disse que o resgate foi possível em razão de uma denúncia anônima. A loja estaria comercializando e mantendo animais silvestres sem a
devida autorização do Ibama. O proprietário da loja e o dono das iguanas e do lagarto foram detidos.
Os animais foram colocados em quarentena pelo biólogo Guilherme Secchiero. Permanecerão no parque
se, nesse período, os proprietários não apresentarem os documentos de autorização do Ibama.
O parque conta com um acervo de diversas apreensões e também de doações de outros zoológicos e de
particulares. Ontem, uma senhora, que não se identificou, cumpriu uma espécie de romaria que faz mensalmente: visitar dois papagaios raros, que ela
e o marido doaram ao mini-zoológico do parque, por não terem mais condições de criá-los. "Sinto saudades", confidenciou. |