Ana Pimentel plantou o 1º pé de cana-de-açúcar
De maneira romântica ou guardando alguma verdade histórica,
o escritor e jornalista Antonio Simões de Almeida (que se destacaria em 1949 como um dos emancipadores de Cubatão) assinala em sua obra:
"...em 1532, inicia-se com Ana Pimentel, esposa de Martim Afonso de Souza, a
agricultura na baixada cubatense. A dama lusitana plantou em Cubatão o primeiro pé de cana-de-açúcar. A cultura da cana tomou enorme incremento em
toda a região que, por volta de 1557, contava-se em Cubatão cerca de doze engenhos. Das terras de Francisco Pinto (outro donatário), eram enviadas
canas para alimentar o Engenho do Trato ou do Senhor Governador, mais tarde conhecido por Engenho de São Jorge dos Erasmos..."
Pouso de muares - Durante pelo menos dois séculos, nas terras da sesmaria, os
colonos cultivaram a cana que Ana Pimentel lhes mandou e depois a banana, culturas de interesse econômico e de subsistência.
Cubatão era, então, o pouso de muares e de tropas de passagem para o Planalto, ou
vindo deste.
As escarpas da serra exigiam um grande esforço para serem vencidas, até que se
pensasse no calçamento dos primeiros caminhos. Não fosse a instalação do pólo industrial, a partir dos anos 50, Cubatão continuaria um ponto de
passagem, com a paisagem bucólica de cidadezinhas do interior, tal como a descreveria o poeta Afonso Schmidt, em meados do século XX: "... bambuzais
rumorejando ao vento", por onde andaria o Menino Felipe, citado no livro que Schmidt escreveu sobre a sua infância, em quadro pintado por
Jean Luciano.
Quadro do Menino Felipe, pintado por Jean Luciano, mostra o bucolismo da época
Reproduzido do suplemento especial Cubatão, publicado com A Tribuna em 9 de abril
de 1998
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