CCCI –
No ano de 1754 foi criada a vila de Tapajós, no Pará, hoje cidade de Santarém.
CCCII - No dia 14 de maio de 1754
nasce Antonio de Araujo e Azevedo, depois conde da Barca.
CCCIII – Por alvará de 11 de janeiro de 1755 foi
elevado o curato de Suruhy a paróquia colada. Esta freguesia começou na pequena capela fundada, no lugar denominado Goia, por Nicolau
Baklim, em 1628. Com o provimento de curada foi transferida, em 1699, para a capela de S. Nicolau, onde posteriormente levantou-se novo templo,
que ficou concluído em 1710.
Há aí uma capela de N. S. da Conceição já em ruínas, a uma légua da freguesia,
fundada pelo padre Antonio Vaz, nos terrenos da sua fazenda, onde vivia, em 1710, com sua mãe e um velho tio, também sacerdote, chamado Luiz Gago,
que fora vigário de Macacú.
CCCIV – Por alvará de 15 de janeiro de 1755, foi
elevado a freguesia o curato de N. S. de Guapemerim do Rio de Janeiro, na primitiva capela fundada por Pedro Gago e seu irmão Estevão Gago,
senhores de engenho desse local, no ano de 1600; e no de 1670 teve o título de capela curada. A lei provincial de 29 de dezembro de 1865 mandou
transferir a sede desta freguesia para o arraial do Bananal, passando a servir de matriz a capela de Santa Anna.
CCCV – Por provisão de 18 de fevereiro de 1855 foi
criada, na capitania de Santa Catarina, a freguesia de S. José, hoje cabeça do município e da comarca do mesmo nome. Está situada na terra firme,
um pouco adiante da Praia Comprida.
CCCVI – Por escritura de 30 de abril de 1755, Cosme
Pereira Barboza e sua mulher Caetana Ferreira de Andrade, Geraldo Bizena e sua mulher Maria Cardoso, Francisco de Requeixo Bezerra e sua mulher d.
Maria Barbalho de Vasconcellos, Antonio Rodrigues da Silva e sua mulher Luiza Nunes Bezerra, José Cardozo e sua mulher Maria Gomes da Assumpção,
Bazilio Esteves da Costa e sua mulher Marianna da Assumpção, o alferes Marcelino de Araujo e sua mulher Anna Maria da Assumpção, d. Joanna
Gonçalves, José Francisco Xavier e d. Ignez de Lyra, moradores na povoação de Taperaguá, na hoje cidade das Alagoas, concederam o domínio das
terras, a começarem do Riacho Cabreira, a findar na ponte do Vilão, no Rio Subaúma, com todas as matas e o mais nelas contido, para o patrimônio
da capela do Senhor do Bonfim.
CCCVII – Na sexta-feira 6 de junho de 1755, baixou a
lei, mandando restituir a liberdade e os direitos pessoais e de propriedade dos índios do Pará e do Maranhão, usurpados pela força e contra a
natureza.
CCCVIII – No sábado 1º de novembro de 1755, pelas dez
horas da manhã, deu-se um espantoso terremoto, que se sentiu em todo o globo, que durou de sete a oito minutos.
A maior força convulsiva foi empregada em Portugal, arrasando Lisboa, Cascais,
Peniche, Setúbal e no Algarve. Ao terremoto seguiu-se imediato incêndio em Lisboa, que devorou toda a cidade baixa, e parte da alta. Esta comoção
de terra foi repetida com igual violência, mas com pouca duração, na madrugada do dia 8 do mesmo mês, no dia 11 de dezembro, e pelas nove horas da
manhã do dia 21 do mesmo mês e mesmo ano.
O povo se conservou por mais de um ano, no campo, em barracas de madeira.
Ainda em Portugal, no último de março de 1761, sentiu-se em Lisboa, pelo meio dia, um grande terremoto, que durou cinco minutos, mas sem causar
maior dano do que o susto.
No dia 28 de outubro de 1746, houve um formidável terremoto no reino do Peru.
CCCIX – No dia 10 de junho de 1756, os índios das
missões do Paraguai, em número de dois mil e quinhentos, comandados por Nicolau Languirú, corregedor do povo da Conceição (conhecido por Nicolau
I, rei do Paraguai e imperador dos mamelucos), dão combate contra as tropas portuguesas e espanholas, comandadas pelo governador de Montevidéu, d.
José Joaquim Vianna, e sob a direção superior do capitão general Gomes Freire de Andrade.
Morreram em combate mil e duzentos índios, ficando prisioneiros cento e vinte
sete, sendo-lhes tomadas duas bandeiras, três peças e muitas espingardas e lanças.
Na ação ficaram feridos o coronel Thomaz Luiz Ozorio, um alferes e dezesseis
soldados e um morto. Os espanhóis tiveram dois soldados mortos e um ferido.
CCCX – Por alvará de 11 de julho de 1757, a comarca do
Rio Negro é elevada a governo, separada, mas subordinada ao governo do Pará.
CCCXI – Por carta régia de 7 de julho de 1757,
dirigida a Francisco Xavier de Mendonça Furtado, governador do Estado do Maranhão, manda-se criar no Maranhão os corpos auxiliares, e bem que se
fizesse o alistamento de todos os moradores capazes de pegar em armas.
Neste sentido são:
O alvará de 24 de novembro de 1645.
A carta régia de 19 de abril de 1766.
O decreto de 22 de março de 1751.
O alvará do 1º de setembro de 1708.
A provisão de 22 de março de 1792.
O alvará de 12 de agosto de 1793.
A provisão de 11 de agosto de 1795.
A resolução de 17 de março de 1712.
CCCXII – No ano de 1758 é a povoação de Monte Alegre,
no Pará, elevada à dignidade de vila.
Em fins deste ano de 1758, o governador do Estado do Pará, Francisco Xavier de
Mendonça Furtado, recebe aviso de ter sucessor no governo do Estado, e que para a comissão da demarcação iria d. Antonio Rolim de Moura,
governador e capitão general de Mato Grosso. Suspende por isso os trabalhos e retira-se, chegando no dia 1º de abril de 1759.
CCCXIII – O padre Marcos Gomes Ribeiro, falecido em
1762, morando em uma ilha perto da do Governador, na baía do Rio de Janeiro, sendo surpreendido por cinco ladrões, para o roubarem, fizeram-no
despir e um deles pegando no membro viril do padre, o puseram em leilão entre eles, e tendo chegado à quantia de quatro contos de réis, vendo o
padre Marcos que os ladrões eram cinco, para abreviar o leilão, ele próprio lançou sobre o seu membro a quantia de cinco contos de réis, que,
sendo aceita, foi à gaveta, contou o dinheiro e depois de satisfeitos deixam-no em paz. O padre Marcos, receoso de um outro leilão, no dia
seguinte retirou-se para a cidade, até que faleceu em 1762.
O padre Marcos fez muitos legados à Santa Casa da Misericórdia, deixando um
grande sobrado na Rua Direita, esquina da de S. Pedro do lado do mar, que lhe havia custado cinquenta mil cruzados. O retrato do padre Marcos
Gomes Ribeiro está na Santa Casa na galeria dos benfeitores daquele pio estabelecimento.
CCCXIV – Na sexta-feira 5 de janeiro 1759 lançam-se os
fundamentos da igreja de S. Francisco de Paula do Rio de Janeiro.
CCCXV – Na quinta-feira, 11 de janeiro de 1759, foi
assinado o decreto, expulsando os jesuítas de Portugal e do Brasil; e na segunda-feira, 3 de setembro do mesmo ano, é expedido o decreto
extinguindo a ordem, e determinando a confiscação de seus bens.
CCCXVI – Aparece um cometa, que ocupa uma zona de 60º
nos espaços do céu, parece maior quatro vezes que o planeta Venus, e dava a quarta parte da claridade da Lua, sua cauda imensa tinha a forma de um
grande sabre.
CCCXVII – O bispo d. fr. Miguel de Bulhões, que
governava interinamente o Estado do Grão-Pará, entrega no dia 2 de março de 1759 a administração ao capitão general, Manoel Bernardo de Mello e
Castro, coronel de infantaria do regimento de Cascais.
CCCXVIII – Na sexta-feira, 6 de julho de 1759,
instalou-se a Academia Brazilica dos Renascidos, na Bahia, com o fim de se escrever a história da América Portuguesa, da qual foi membro fr.
Antonio de Santa Maria Jaboatão.
CCCXIX – Era uso antigo botar nas ruas das cidades, de
distância em distância, poiais de pedra, para garantir as propriedades, e como eles causavam mau efeito, em 1759 foram mandados arrancar, em
virtude de ordem régia.
CCCXX – Cômputo eclesiástico. Epacta, 12; letra
dominical, F E.
CCCXXI – Martirológio. Páscoa a 6 de abril.
CCCXXII – Na sexta-feira, 18 de abril de 1760, são
presos os jesuítas na Bahia.
Termo de condução e entrega de trinta e nove padres da companhia a bordo da nau Nossa Senhora do Monte do Carmo:
"Aos dezoito dias do mês
de abril de 1760, nesta cidade do Salvador, Bahia de Todos os Santos; a bordo da nau nova, por invocação Nossa Senhora do Monte do Carmo,
que se acha surta e ancorada no porto desta cidade,, aonde foi o desembargador Sebastião Francisco Manoel comigo escrivão abaixo nomeado, e sendo
aí a bordo da dita nau, fez o dito desembargador entrega ao comandante dela o capitão tenente de mar e guerra Bernardo de Oliveira de trinta e
nove religiosos da Companhia denominada de Jesus, que por uma portaria do ilmo. e exmo. sr. marquês do Lavradio, vice-rei deste Estado, havia
conduzir da casa do Noviciado dos mesmos padres, os que são os seguintes:
O padre José de Mendonça.
O padre Simões Marques.
O padre Luiz dos Reis.
O padre Luiz Linci.
O padre Manoel dos Reis.
O padre Ignacio Rodrigues.
O padre Ignacio Corrêa.
O padre Marcos Jorge.
O padre Francisco de Faria.
O padre Francico Monteiro.
O padre Francisco Buytrogo.
O padre Manoel dos Santos.
O padre João Velloso.
O padre João da Penha.
Professos do terceiro voto:
O padre José de Viveiros.
O padre Pedro da Silva.
O padre Domingos de Araujo.
O padre João do Valle.
O padre Antonio Regis.
Sacerdotes do voto simples:
O padre Roberto da Costa.
O padre João Nogueira.
Ministros e acólitos:
O padre José Alves.
O padre Manoel Vieira.
Leigos: João de Oliveira, Francisco da Silva, Gonçalo Monteiro, João Carneiro,
Francisco de Almeida, Francisco dos Santos, Marcellino da Silva, Manoel Freire, Manoel Carvalho, Lourenço de Souza, José Acario, Antonio Nunes,
Clemente Martins, Manoel da Cunha, Carlos Correia, Honorato Martins.
Os quais, assim por seus próprios nomes contados, recebeu o dito capitão de mar
e guerra, comandante da dita nau, Bernardo de Oliveira e Abreu, a bordo dela, com o seu fato pessoal, que com ele se conduziu, e onde se examinou
pelos oficiais guardas deles; e, de como o recebeu e dele ficou entregue, dou eu escrivão fé, de tudo mandou o dito desembargador fazer este termo
em que assinou com o dito comandante; e eu Pedro Ferreira Lemos, escrivão da Coroa, que o escrevi. – Manoel Bernardo de Oliveira e Abreu".
CCCXXIII – "Recebi,
a bordo desta nau, cento e noventa e nove padres da Companhia de Jesus, por ordem do ilmo. e exmo. sr. conde de Bobadela, general destas
capitanias, para os transportar ao porto da cidade de Lisboa, como sua majestade manda, a bordo da nau Nossa Senhora do Livramento e S. José,
fundeada no porto do Rio de Janeiro, aos 14 de março de 1760. – Gaspar Pinheiro da Camara Maciel, capitão de mar e guerra".
CCCXXIV – No dia 15 de maio de 1760, d. frei Antonio
do Desterro, bispo do Rio de Janeiro, concede à beata d. Joanna Gomes de Gusmão permissão para erigir na vila do
Desterro de Santa Catharina uma capela com a invocação do Menino Deus.
CCCXXV – Por carta régia de 9 de setembro de 1760 é
nomeado um governador para o Rio Grande do Sul, independente do de Santa Catarina, mas sujeito ao do Rio de Janeiro.
CCCXXVI – Na terça-feira, 6 de janeiro de 1761, nasce
na cidade da Bahia Balthazar da Silva Lisboa Filho.
CCCXXVII – O coronel Thomaz Luiz Ozorio, com o
engenheiro João Gomes de Mello, no dia 15 de outubro de 1761, começam a levantar trincheiras e o forte de Santa Thereza, abaixo cinquenta léguas
da vila do Rio Grande do Sul.
CCCXXVIII – No relatório do vice-rei Luiz de
Vasconcellos e Souza está demonstrado que a dívida do Estado do Brasil, de 1761 até 1780, montou à grande soma de mil duzentos e setenta e dois
contos, trezentos e quatorze mil e cento e vinte e cinco réis, que nos oito anos seguintes foi aumentada de mais cento e onze contos, duzentos e
noventa e cinco mil, setecentos e vinte dois réis, em cada um deles. Em 1788 era a dívida de dois mil, trezentos e vinte e cinco contos,
quatrocentos e quarenta e oito mil, oitocentos e vinte réis.
CCCXXIX – O coronel Francisco Antonio Cardoso de
Menezes, por patente régia, toma posse do governo da capitania de Santa Catarina no dia 7 de março de 1762, e administrou até 12 de julho de 1765.
CCCXXX – D. Pedro Cevallos
(N. E.: Pedro Antonio de Cevallos Cortês y Calderon, nascido em
Cadiz em 29/6/1715 e falecido em Cordoba/Espanha em
26/12/1778), governador de Buenos Aires, no dia 1º
de outubro de 1762 põe sítio à colônia do Sacramento, comandada, comandada pelo brigadeiro Vicente da Silva da Fonseca, que se rende covardemente
por capitulação vergonhosa no dia 29 do mesmo mês. Os espanhóis, no dia 2 de novembro, ocupam a praça da colônia, saindo as forças portuguesas.
Chegando ao Rio de Janeiro a notícia deste desastre, mandaram ao governador
Gomes Freire de Andrade uma carta anônima com duas balas dentro, e ele tomando-se de paixão sucumbiu no dia 1º de janeiro de 1763, sendo sepultado
no convento dos religiosos de Santa Tereza, tendo governado trinta anos.
CCCXXXI – No sábado, 19 de março de 1763, d. Pedro
Cevallos invade a capitania do Rio Grande do Sul, depois de ter tomado o forte de Santa Tereza, comandado pelo coronel Thomaz Luiz Ozorio, que o
entrega covardemente no dia 19 de abril, contra a vontade de sua guarnição, composta do sargento-mor de dragões Pedro Pereira Chaves, capitão José
Alves Ferreira, e outros, entre eles o alferes Bernardo José Guedes Pimentel, dez subalternos, cinco inferiores e cem soldados, os quais quase
todos morreram à miséria, internados pelas províncias espanholas.
Voltando o coronel Thomaz Luiz Ozorio e poucos homens do seu comando a Lisboa,
dez meses depois, em virtude do armistício, instaurou-se processo sobre este fatal acontecimento, pelo desembargador Agostinho Felix da Silva
Campello, que condenou ao coronel Thomaz Luiz Ozorio a ser exautorado das honras militares e morrer enforcado, o que efetivamente aconteceu. Este
coronel Thomaz Luiz Ozorio era avô do general Manoel Luiz Ozorio, depois marquês do Herval.
No dia 24 de abril, os espanhóis se apoderaram da província do Rio Grande.
CCCXXXII – Na segunda-feira, 13 de junho de 1763,
nasce na província de S. Paulo José Bonifácio de Andrada e Silva.
CCCXXXIII – Em virtude de tratado é restituída a
Portugal a colônia do Sacramento no 1º de janeiro de 1764. Pedro José Soares de Figueiredo toma posse não só da colônia do Sacramento, como da
Ilha de Martin Garcia e Dois Irmãos.
CCCXXXIV – No dia 4 de fevereiro de 1765, é de novo
dado o título de capitania de que fora privado, em 1748, o território de S. Paulo, conhecido até 1710 por capitania de S. Vicente; e pelo que d.
Luiz Antonio de Souza Botelho e Mourão ratificou em S. Paulo em 7 de abril de 1766 a posse tomada na vila de Santos, como primeiro governador e
capitão general para o governo e criação da nova capitania de S. Paulo, em cujo governo esteve nove anos, onze meses e vinte e dois dias.
CCCXXXV – No dia 12 de julho de 1765, Francisco de
Souza Menezes tomou posse do governo de Santa Catarina, para o qual foi promovido, sendo tenente de cavalaria de Lisboa, em 30 de janeiro do mesmo
ano de 1765; e governou até 5 de setembro de 1775.
CCCXXXVI – Por carta régia de 22 de março de 1766,
mandou-se alistar os moradores da Bahia nas tropas, e formarem os terços de auxiliares e ordenanças, distribuindo-lhes armas por preços
acomodados.
CCCXXVII –
Ano |
marcos |
onças |
oitavas |
grãos |
Ano 1766, cinco meses para entrar em janeiro |
7.155 |
5 |
18 |
66 |
1767, ano regular de janeiro a dezembro |
5.762 |
5 |
12 |
|
1768 |
5.617 |
10 |
9 |
|
1769 |
5.398 |
4 |
7 |
|
1770 |
5.331 |
10 |
4 |
|
1771 |
5.174 |
0 |
2 |
|
1772 |
5.171 |
1 |
4 |
|
1773 |
4.946 |
7 |
0 |
|
1774 |
4.762 |
4 |
7 |
|
1775 |
4.744 |
7 |
6 |
|
1776 |
4.825 |
4 |
1 |
|
1777 |
4.601 |
0 |
6 |
|
CCCXXXVIII – Em 1767 ainda existia o capitão-mor Pedro
da Silva Chaves, povoador do sertão de Viamão em cima da serra do Rio Grande de S. Pedro do Sul, onde estabeleceu fazendas de gado. Era natural da
freguesia da Pena, em Lisboa, filho de Antonio Dias e de sua mulher Maria da Conceição Leal. O capitão-mor Chaves casara-se com d. Gertrudes de
Godoy Leme, que nascera em Itu, e casara em Paranaíba, e era filha do capitão Balthasar Velho de Godoy, e de sua mulher Francisca Leme da Silva, e
esta filha de José Leme da Silva, que casara em Pitangui com d. Gertrudes de Siqueira e Moraes, e Balthasar, filho de Manoel Velho de Godoy e de
sua mulher Estefania de Quadros.
CCCXXXIX – No dia 1º de agosto de 1769, pelas 9 horas
da noite sentiu-se na cidade da Bahia um tremor de terra, que, sendo rápido, não causou dano algum nos edifícios e propriedades particulares.
CCCXL – Pelo alvará de 3 de março de 1770 foi abolido
o cargo de provedor-mor da Fazenda Real, e criada a junta da fazenda para administrar a fazenda pública. Ao mesmo tempo, foi criado o lugar de
intendente da Marinha e dos Armazéns Reais, com o governo da vedoria.
CCCXLI – O general Luiz Pinto de Souza fez destruir um
quilombo de negros fugidos em Mato Grosso. Por ordem régia, era marcado com um F o escravo que fugia a primeira vez, e pela segunda cortava-se-lhe
uma orelha.
CCCXLII – O general Botelho fundou em 1770 a vila de
Apiaí, e neste mesmo ano o governador, d. Luiz Antonio de Souza, fundou a vila de Itapitinga, ambas em S. Paulo.
CCCXLIII – No dia 13 de abril de 1770 morre João de
Mello, primeiro governador da capitania de Goiás, e seu corpo foi sepultado na matriz de Villa Boa.
No dia 11 de outubro do mesmo ano, José de Almeida, barão de Mossamedes, depois
visconde da Lapa, é nomeado governador para a capitania de Goiás.
CCCXLIV – Por carta régia do dia 28 de agosto de 1770,
foram mandadas avaliar as propriedades e bens dos jesuítas da Bahia e Sergipe de El-Rei, e subiram a quatro milhões de cruzados; mas só produziram
para os cofres reais, pelos roubos que houveram, quinhentos e quarenta e sete contos, oitocentos e noventa e seis mil réis.
CCCXLV – A casa da ópera, em tempos antigos na Bahia,
foi estabelecida no fim da Ladeira da Guadalupe, em modo que o Rio das Tripas passava por baixo do assoalho do teatro, e quando tomava água
alagava o pavimento.
Com a construção do teatro de S. João foi abandonado aquele, que o tempo se
encarregou de demolir.
CCCXLVI – Foi neste ano que terminaram as obras do
palácio dos governadores do Pará, e a sua magnífica catedral; e a comarca dos Ilhéus foi incorporada à coroa.
CCCXLVII – Neste ano o general d. Luiz Antonio de
Souza fundou a vila d Guaratuba, na margem do Rio Sahy, na capitania de S. Paulo.
CCCXLVIII – Cômputo eclesiástico. Letra dominical, F.
CCCXLIX – Martirológio. Páscoa a 31 de março.
CCCL – Nasce na Bahia o dr.
Antonio Ferreira França.
[...]