http://www.novomilenio.inf.br/ano99/9908ccin.htm
*Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 17/8/1999. Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/05/00 11:03:12 |
| CINEMA
Computador doméstico já permite muitos efeitos especiais 
Guerra nas estrelas... ou no fundo da piscina? Uma batida com martelo de borracha num tubo de PVC, captada por um microfone simples daqueles usados para conversas via computador ou telefone. Grava-se o arquivo em formato [*.wav] e usa-se o próprio aplicativo gravador de som do Windows para retirar o trecho inicial da gravação, da batida em si. Inverte-se o trecho restante e adiciona-se à cópia normal desse trecho. Pronto: está produzido o famoso som "uohnnnn" das espadas Jedi, de Guerra nas Estrelas. O truque foi testado em Santos pelo instrutor de informática da Microcamp, Marcelo Antonio Paiva, e surpreende pela simplicidade, quando se pensa nos sofisticados computadores usados para produzir o mais novo filme dessa série de batalhas espaciais. Se o cinema é cada vez mais tomado pelos efeitos especiais obtidos em computador, os velhos truques de sonoplastia do tempo das radionovelas e os efeitos visuais obtidos pelos primeiros cineastas, no tempo do cinema mudo, continuam sendo aplicados, como explicou em palestra especial sobre a computação no cinema, promovida em Santos pelo Instituto ABC/Microcamp, em 7/1999. Repare, por exemplo, na nave do Luke Skywalk: ela só é vista pela direita e sempre parece estar fazendo uma curva, nas cenas em que aparece em movimento. A razão é que do outro lado está um braço mecânico, daqueles de brinquedo de parque de diversões... Em Independence Day, quando a Casa Branca é explodida, era necessário um efeito como se o fogo corresse na horizontal. Fácil, quando se sabe: a maquete inteira foi colocada na vertical, encostada a uma parede, e filmada de cima. O fogo, subindo, pareceria no cinema estar se espalhando para os lados. Como fazer uma pessoa desaparecer no ar? Bem, há vários truques bem antigos: no Stop Motion, a foto é feita quadro a quadro, e entre uma tomada e outra a pessoa ou o objeto saem de cena. O efeito Mirror Motion é do tempo dos parques de diversões: um truque com espelhos faz parecer que a mulher-gorila sai da jaula e some no palco. Cut Scene é o "congelamento" da imagem, cortando a gravação para que o objeto ou a pessoa sejam retirados do cenário, como foi feito em King Kong e Godzilla. Veja mais:
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