CINEMA
Programas de CAD e 3D recriam as
famosas cenas
Como
fazer para que pareça uma pessoa se destacar de uma parede, passear
pelo cenário e se fundir no chão? Neste caso, a técnica
é o mapeamento de cenário. O cenário criado é
recriado em computador, com a aplicação de vetores, revertendo
da imagem para a estrutura "tela de arame". Tendo as coordenadas de formato
que compõem a imagem, fica fácil fazer a fusão entre
elas, ordenando depois ao computador que renderize as imagens, quadro a
quadro. O trabalho é realizado em programas de desenho auxiliado
por computador (CAD), como o popular AutoCAD e de renderização
tridimensional, como o também conhecido 3D Studio.
Técnica parecida foi usada
pela Light & Magic para recriar os movimentos dos dinossauros. Um elefante
foi colocado em uma sala especialmente preparada, com câmeras em
diversas posições, captando todos os detalhes do movimento
do animal, textura da pele etc. Nessa técnica de escanerização
tridimensional, a informação assim obtida foi digitalizada
e aplicada à animação das imagens dos dinossauros,
para se obter o realismo necessário. Afinal, a pisada de um animal
pesando uma tonelada é bem diferente da de um passarinho. Quando
o tiranossauro rex ergue o carro em Jurassic Park, tanto o animal
como o veículo são imagens recriadas por computador.
Roger Rabbit foi o primeiro
em que os atores contracenam com o nada, compartilhando-se realidade e
virtualidade. Diferentes de clássicos como Você já
foi à Bahia?, em que o personagem de quadrinhos Zé Carioca
contracena com Carmem Miranda, os novos filmes permitem que o personagem
virtual realmente passe por trás do ator, e até por dentro
dele: o efeito de translucidez do fantasma Gasparzinho é obtido
num software comum como o 3D Studio.
Em casa – Na verdade, o que
os supercomputadores fazem é agilizar o trabalho, permitindo executar
mais rapidamente os efeitos e até produzir filmes totalmente virtuais
(Toy Story, da Disney, e o brasileiro Cassiopéia,
são os primeiros filmes totalmente produzidos em computador).
Mas, os efeitos especiais em si estão
abertos a todo o mundo, bastando usar a criatividade. O estranho som ofegante
de Darth Wader em Guerra nas Estrelas nada mais é do que
a respiração de um mergulhador com tubo de oxigênio.
Efeitos simples como esse, mais as ferramentas disponíveis nos computadores
domésticos, é que fazem a mágica do cinema, agora
cada vez mais transportada também para os games de computador e
programas multimídia.
"Portanto, num mundo em que a indústria
do entretenimento se torna cada vez mais poderosa - completa o palestrante
-, uma escola como a Microcamp (com cursos de AutoCAD, 3D Studio
e outros programas de computação gráfica e tratamento
de sons) pode ser o passo inicial para o aluno ingressar nesse florescente
mercado do cinema, dos games, da mutimídia".
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