O festival de música hippie Woodstock só ocorreria um mês depois (de 15 a 17 de agosto), nos Estados Unidos. Por aqui, o general Costa e Silva estava prestes a sofrer uma trombose que o afastaria da presidência da República (em agosto) e o levaria à morte (em 17 de dezembro). A guerrilha seqüestrava o embaixador norte-americano Charles Elbrick. As fotos do massacre de My Lai colocavam em dúvida, para os americanos comuns, o sentido da Guerra do Vietnã, no auge da Guerra Fria entre a superpotência americana e a superpotência soviética. Leila Diniz, musa da Banda de Ipanema, escandalizava o Brasil mostrando sua gravidez nas praias cariocas. O cineasta Glauber Rocha era premiado em Cannes, e Mário Puzo escrevia "O Poderoso Chefão". Uma seita demoníaca chefiada por Charles Manson matava a atriz de cinema Sharon Tate. Pelé marcava seu milésimo gol. 

1969. Julho. No dia 20, pela primeira vez um ser humano caminhava por um corpo celeste que não era a Terra. O mundo inteiro via pela televisão (ainda em preto-e-branco) Neil Armstrong dar os primeiros passos na Lua e registrar "Este é um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a humanidade". 

Para que o leitor se situe melhor no tempo: a primeira máquina de automação bancária (ATM - Automatic Teller Machine) só entraria em operação em 1970, mesmo ano em que os militares norte-americanos começavam a desenvolver a Arpanet (antecessora da atual Internet). Em novembro de 1971, a Intel apresentaria o primeiro chip comercial, o 4004, com 2.300 transistores (os atuais Pentium III têm dez a quinze milhões de transistores). O winchester (apelido que a IBM deu ao seu disco rígido para computadores) só seria lançado em 1973. A fabricante de computadores pessoais Apple Computer só seria criada em 1977. O walkman, então usando fitas K-7, seria lançado pela Sony em 1979. A IBM lançaria seu primeiro PC apenas em 1981.