Imagine uma casa que identifica quando você se aproxima, regula a temperatura interna conforme sua preferência, automaticamente acende e apaga as luzes à sua passagem, abre e fecha portas e janelas, liga o forno microondas para preparar a comida, identifica os visitantes (podendo fotografá-los na ausência dos proprietários e imediatamente enviar a imagem por e-mail para a pessoa designada), permite que alguém na cozinha controle as crianças na piscina (via monitores de TV), receba os recados telefônicos, permita que crianças ou adolescentes disputem games de computador através da rede doméstica (nova mania norte-americana), possibilite que de algum canto do mundo você envie pela Internet um comando para desligar um aparelho que ficou esquecido ligado em casa. 

Imagine também um prédio construído para adeptos do tênis (está sendo edificado no bairro paulistano da Moóca), em que os moradores poderão marcar desafios entre si pela intranet condominial e já reservarem a quadra de tênis para o horário desejado, além de usar Internet sem limitações de tempo, terem serviços delivery (entrega em casa) de supermercados, farmácias, papelarias e outras lojas com encomenda através de um canal da televisão a cabo ou da Internet.

Você também pode imaginar um hotel onde é possível ligar seu notebook na tomada de dados e contar com serviços de Internet, central de impressão e escaneamento; quando você chega, ao colocar sua chave eletrônica na porta, o quarto se ajusta à temperatura e luminosidade preferidos, e pelo televisor você vê quanto já gastou e encerra a conta, sem ter de ir ao caixa desse hotel. Ou um shopping em que os lojistas dão maior atenção ao cliente, pois contam com toda a retaguarda de transferências bancárias e contabilidade através de uma rede, podem disparar mensagens-relâmpago (para promoções especiais, por exemplo) em painéis eletrônicos visíveis pelos consumidores e ainda contam com a contrapartida virtual para comércio eletrônico via Internet. Ou também um flat que oferece serviços como central de DVD pay-per-view, por exemplo.

Imagine ainda um prédio inteligente, em que você não paga condomínio e até recebe parte da renda gerada pelos contratos assinados com bancos e lojas para a prestação de serviços ou venda de produtos por via eletrônica. Onde você pode ver como está o interior de seu apartamento, mesmo que esteja em outra cidade.

Imagine ainda que, se um dia houver um incêndio, os sistemas de controle automaticamente levem os elevadores para o andar térreo, acionem os alarmas, isolem o sistema de ar condicionado da área afetada para que a fumaça não se espalhe para outros setores, liberem a abertura de portas para a saída de emergência (mas em situação normal alertem no caso de intrusão, garantindo a segurança).

Os equipamentos já existem, faltava apenas ligá-los a um sistema que tirasse proveito dessa integração para criar novos serviços. O Home Director é apenas o primeiro dessa nova safra.

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