ALERTA
Hacker gasta mais de 200
horas para desenvolver novo vírus
Remote Explorer usa recursos
do Windows NT para se replicar
Está
surgindo uma nova geração no processo evolutivo dos vírus
de computador: o Remote Explorer inaugura outra forma de infecção
e disseminação, dispensando que o usuário comande
a execução de um arquivo para que o vírus possa cumprir
sua missão nefasta. O novo vírus tem como alvos principais
os sistemas rodando Windows NT Server e workstations (sendo o primeiro
a se replicar em tais ambientes), disseminando-se através de redes
locais (LANs) e de área ampla (WANs).
Segundo Sérgio Pires, da empresa
NetSafe Informática, especializada em soluções de
segurança e privacidade em computação, o vírus
se instala como um serviço do NT chamado Remote Explorer, daí
o nome. Quando está residente em memória, ele encripta arquivos
com extensões EXE, TXT e HTML. Se os arquivos TASKMGR.SYS ou IE403R.SYS
estiverem listados como processos, é sinal de que o sistema está
infectado.
Autônomo – A principal
característica do Remote Explorer é a capacidade de auto-deslocamento,
sem a intervenção do usuário (via disquetes, e-mails
etc.) para a replicação. O vírus se instala no sistema
criando uma cópia de si mesmo no diretório NT Driver e se
nomeando como IE403R.SYS. Ele também se instala como um serviço
chamado Remote Explorer. Há ainda uma biblioteca de ligação
dinâmica (DLL) que funciona nos processos de infecção
e encriptação.
O vírus usa os privilégios
de segurança do administrador do domínio para efetuar sua
disseminação. Isto lhe confere capacidade de replicação
em outros sistemas. Uma vez infectados, os arquivos são comprimidos
e encriptados. Podendo infectar qualquer arquivo EXE, usa nessa tarefa
uma rotina de compressão que torna tal arquivo inoperante.
Grande – Extremamente grande
e complexo (por ser um vírus, já que a maioria deles é
escrita em uma ou poucas linhas de código), o Remote Explorer tem
125 Kb, com aproximadamente 50 mil linhas de código. Escrito em
linguagem C, o vírus deve ter consumido aproximadamente 200 horas
de programação de seu criador.
A rotina de infecção
do vírus roda das 15 horas de qualquer sábado às 6
horas do domingo seguinte. O vírus não possui data marcada
para ataque, completa Sérgio Pires, que se prontifica a oferecer
maiores detalhes pelo telefone (011) 5506.2566 ou pelo e-mail.
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