ARQUITETURA
Surge a figura do consultor de dados
do prédio
"Num
mundo em constante evolução e às vésperas da
virada do século, a sociedade atual apresenta diferentes hábitos
e necessidades. Hoje, temos novos perfis de empresas, de moradores, de
hóspedes, de comércio, enfim, novos perfis globais. Acompanhando
estas mudanças, surgem também novas tecnologias de ponta
que podem trazer vários benefícios e economia para esta nova
comunidade", lembra a IBM, ao apresentar a filosofia Smart Community a
arquitetos e construtores da Baixada Santista. Dois representantes da empresa
estiveram em 12/1998 mantendo contatos no setor, e está sendo organizada
uma agenda de palestras e apresentações durante 1999 em associações
de classe e universidades para a demonstração dessa proposta.
O gerente de território da
IBM Brasil, Fernando Onosaki, e o especialista em negócios na área
de suporte a produtos dessa empresa, Adriano Bottas, estiveram reunidos
em Santos com o engenheiro José Luiz Villela Macedo Brandão
e seu sócio Carlos Martins (da V&M Construções
e Empreendimentos Imobiliários Ltda.), participando também
Paulo Eduardo Mauá, da Enterdata
Informática, que representa os produtos da IBM na região
e se tornou parceira também para a manutenção dos
equipamentos de automação predial. Também foram feitos
contatos com a Pred Center Construtora, que vem analisando a incorporação
dessas tecnologias aos seus projetos.
Consultor – A proposta da
IBM é embutir um nível de automação compatível
(que geralmente não passa de 2% do valor total do empreendimento)
nos projetos de edificações; colocar um consultor na obra,
desde o momento das fundações até a entrega do prédio,
para garantir as condições de instalação da
futura rede telemática e facilitar o entendimento com a equipe (da
própria IBM) que fará o cabeamento e a instalação
dos equipamentos (nos seis meses finais da obra); e depois, conforme o
interesse dos ocupantes do prédio, prover manutenção,
treinamento, assistência técnica, atualização
tecnológica e ampliação dos recursos de inteligência
predial. As obras que tiverem certificação pela IBM, sem
a participação de equipamentos de outras procedências,
poderão ter o aval para serem anunciadas com a logomarca dessa empresa.
O projeto telemático é
orçado conforme o projeto arquitetônico, de forma a não
inviabilizá-lo economicamente. O custo é pago em parcelas
até a entrega da obra e, como nesses dois anos em média existem
substanciais evoluções na informática, na época
da instalação efetiva dos equipamentos ocorre uma revisão
tecnológica, com a readequação do contrato, substituindo
equipamentos que se tornaram obsoletos por outros mais atuais e usando
a diferença causada pela queda contínua nos preços
para ampliar o nível de "inteligência" do prédio. A
construtora poderá ainda utilizar essa diferença como crédito
para automatizar outra obra.
A infra-estrutura básica (cabeamento)
é parte essencial do contrato, que terá o acréscimo
de módulos conforme as necessidades do projeto. Eles também
podem ser acrescidos depois do prédio entregue, e como a tecnologia
utilizada é a mais aberta possível (protocolo Internet),
os usuários não ficam presos a um fornecedor determinado
de equipamentos e serviços.
Aliás, até mesmo o
contrato para manutenção permanente é algo a ser estudado,
alertam os representantes da IBM, pois alguns construtores de edifícios
inteligentes em São Paulo tiveram problemas jurídicos ao
assinarem contratos de manutenção que foram desautorizados
posteriormente pela assembléia dos condôminos.
Veja mais:
Planta
telemática se torna indispensável em casas e prédios
Instalação
é dividida em módulos |