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*Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 5/1/1999.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/07/00 14:03:48
ARQUITETURA
Surge a figura do consultor de dados do prédio

"Num mundo em constante evolução e às vésperas da virada do século, a sociedade atual apresenta diferentes hábitos e necessidades. Hoje, temos novos perfis de empresas, de moradores, de hóspedes, de comércio, enfim, novos perfis globais. Acompanhando estas mudanças, surgem também novas tecnologias de ponta que podem trazer vários benefícios e economia para esta nova comunidade", lembra a IBM, ao apresentar a filosofia Smart Community a arquitetos e construtores da Baixada Santista. Dois representantes da empresa estiveram em 12/1998 mantendo contatos no setor, e está sendo organizada uma agenda de palestras e apresentações durante 1999 em associações de classe e universidades para a demonstração dessa proposta.

O gerente de território da IBM Brasil, Fernando Onosaki, e o especialista em negócios na área de suporte a produtos dessa empresa, Adriano Bottas, estiveram reunidos em Santos com o engenheiro José Luiz Villela Macedo Brandão e seu sócio Carlos Martins (da V&M Construções e Empreendimentos Imobiliários Ltda.), participando também Paulo Eduardo Mauá, da Enterdata Informática, que representa os produtos da IBM na região e se tornou parceira também para a manutenção dos equipamentos de automação predial. Também foram feitos contatos com a Pred Center Construtora, que vem analisando a incorporação dessas tecnologias aos seus projetos.

Consultor – A proposta da IBM é embutir um nível de automação compatível (que geralmente não passa de 2% do valor total do empreendimento) nos projetos de edificações; colocar um consultor na obra, desde o momento das fundações até a entrega do prédio, para garantir as condições de instalação da futura rede telemática e facilitar o entendimento com a equipe (da própria IBM) que fará o cabeamento e a instalação dos equipamentos (nos seis meses finais da obra); e depois, conforme o interesse dos ocupantes do prédio, prover manutenção, treinamento, assistência técnica, atualização tecnológica e ampliação dos recursos de inteligência predial. As obras que tiverem certificação pela IBM, sem a participação de equipamentos de outras procedências, poderão ter o aval para serem anunciadas com a logomarca dessa empresa.

O projeto telemático é orçado conforme o projeto arquitetônico, de forma a não inviabilizá-lo economicamente. O custo é pago em parcelas até a entrega da obra e, como nesses dois anos em média existem substanciais evoluções na informática, na época da instalação efetiva dos equipamentos ocorre uma revisão tecnológica, com a readequação do contrato, substituindo equipamentos que se tornaram obsoletos por outros mais atuais e usando a diferença causada pela queda contínua nos preços para ampliar o nível de "inteligência" do prédio. A construtora poderá ainda utilizar essa diferença como crédito para automatizar outra obra.

A infra-estrutura básica (cabeamento) é parte essencial do contrato, que terá o acréscimo de módulos conforme as necessidades do projeto. Eles também podem ser acrescidos depois do prédio entregue, e como a tecnologia utilizada é a mais aberta possível (protocolo Internet), os usuários não ficam presos a um fornecedor determinado de equipamentos e serviços. 

Aliás, até mesmo o contrato para manutenção permanente é algo a ser estudado, alertam os representantes da IBM, pois alguns construtores de edifícios inteligentes em São Paulo tiveram problemas jurídicos ao assinarem contratos de manutenção que foram desautorizados posteriormente pela assembléia dos condôminos.

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