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Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos/SP, em 17 de fevereiro de 1998
Publicado em Novo Milênio em (mês/dia/ano/horário): 12/04/00 04:46:36
HISTÓRIA DO COMPUTADOR - 58 - O futuro que vem aí
Nanotecnologia está apenas começando

Objetivo é desenvolver um supercomputador em escala atômica

Carlos Pimentel Mendes
Editor

Computadores que podem ser vestidos como roupas, um livro que vale por uma biblioteca, o crescente problema da realidade versus virtualidade (como no caso dos micropaíses que só existem na Internet), os equipamentos controlados por sinais neurológicos ou pelos olhos (e até pelo pensamento), tecnologias de manipulação e catalogação de imagens estáticas e dinâmicas, o jornal do futuro, computadores capazes de sentir e expressar emoções ou interagir conforme o estado emocional do usuário e suas necessidades, foram alguns dos temas tratados nesta série especial de matérias sobre o futuro do computador, iniciada na edição de Informática de 4/11/1997, e que agora se completa com o tema da Nanotecnologia. 

Além das novas aplicações da computação, foram lembrados o cinqüentenário do transistor e seus possíveis substitutos (o DNA, os neurônios do cérebro humano, a máquina quântica, o silício luminoso, a memória holográfica), nesta pesquisa pioneira, que se baseou diretamente na consulta pela Internet às informações disponíveis nos principais centros internacionais de pesquisa. 

Três décadas atrás, computador era sinônimo de uma super-máquina, ocupando uma sala inteira. Hoje, uma calculadora de bolso consegue realizar cálculos bem mais complexos. Um laptop pode apresentar na tela um filme completo digitalizado (padrão DVD) ou se ligar pela Internet a qualquer outro computador dessa rede mundial - algo que mal poderia ser sonhado ainda no início dos anos 90. 

A julgar pela diversidade e quantidade de pesquisas encaminhadas, é bem possível que dentro de uns 30 anos, os supercomputadores de hoje possam ser colocados aos milhares dentro de um único fio de cabelo, e executando funções que hoje mal podemos imaginar. A cada descoberta, novas possibilidades surgem, novas aplicações. Da mesma forma como a criança aprende a ler em sua cartilha e pode anos depois escrever um livro inteiro, as primeiras letras escritas em escala atômica provavelmente representam apenas o be-a-bá do que vai acontecer em breve. 

Por isso, esta história não tem um final: o que aqui foi apresentado é apenas o começo...