HISTÓRIA DO COMPUTADOR
- 58 - O futuro que vem aí
Nanotecnologia está apenas
começando
Objetivo
é desenvolver um supercomputador em escala atômica
Carlos Pimentel
Mendes
Editor
Computadores
que podem ser vestidos como roupas, um livro que vale por uma biblioteca,
o crescente problema da realidade versus virtualidade (como no caso dos
micropaíses que só existem na Internet), os equipamentos
controlados por sinais neurológicos ou pelos olhos (e até
pelo pensamento), tecnologias de manipulação e catalogação
de imagens estáticas e dinâmicas, o jornal do futuro, computadores
capazes de sentir e expressar emoções ou interagir conforme
o estado emocional do usuário e suas necessidades, foram alguns
dos temas tratados nesta série especial de matérias sobre
o futuro do computador, iniciada na edição de Informática
de 4/11/1997, e que agora se completa
com o tema da Nanotecnologia.
Além
das novas aplicações da computação, foram lembrados
o cinqüentenário do transistor e seus possíveis substitutos
(o DNA, os neurônios do cérebro humano, a máquina quântica,
o silício luminoso, a memória holográfica), nesta
pesquisa pioneira, que se baseou diretamente na consulta pela Internet
às informações disponíveis nos principais centros
internacionais de pesquisa.
Três
décadas atrás, computador era sinônimo de uma super-máquina,
ocupando uma sala inteira. Hoje, uma calculadora de bolso consegue realizar
cálculos bem mais complexos. Um laptop pode apresentar na tela um
filme completo digitalizado (padrão DVD) ou se ligar pela Internet
a qualquer outro computador dessa rede mundial - algo que mal poderia ser
sonhado ainda no início dos anos 90.
A julgar pela
diversidade e quantidade de pesquisas encaminhadas, é bem possível
que dentro de uns 30 anos, os supercomputadores de hoje possam ser colocados
aos milhares dentro de um único fio de cabelo, e executando funções
que hoje mal podemos imaginar. A cada descoberta, novas possibilidades
surgem, novas aplicações. Da mesma forma como a criança
aprende a ler em sua cartilha e pode anos depois escrever um livro inteiro,
as primeiras letras escritas em escala atômica provavelmente representam
apenas o be-a-bá do que vai acontecer em breve.
Por isso, esta
história não tem um final: o que aqui foi apresentado é
apenas o começo... |