POR DENTRO
DO COMPUTADOR - 8
Bits e Bytes
Também
as letras e os símbolos do alfabeto são transformados em
código binário ou hexadecimal. Por exemplo, definiu-se que
a letra A maiúscula seria representada pelo número decimal
65, equivalente ao 41 hexadecimal. A letra [A] minúscula é
representada pelo decimal 97, equivalente ao hexadecimal 61. Um simples
[Oi] é passado para o computador, em linguagem hexadecimal, como
[4F 69], numa linguagem de baixo nível como o Assembler. E essa
linguagem ainda vai transformar esse código numa sucessão
de zeros e uns: [01001111 01101001].
Repare que
temos aí dois códigos de oito bits cada um: o bit é
o zero ou um, e o código de oito bits é chamado de byte).
Na verdade, o byte tem ainda um nono bit, chamado de bit check ou bit de
paridade, que faz um controle dos demais, para detectar erros na transmissão
dos dados (um determinado cálculo envolvendo os outros bits desse
byte deve resultar em um ou zero. Se ao refazer esse cálculo o resultado
estiver diferente, o computador acusará um erro na transferência
dos dados. A chance de o erro ser detectado assim é de 50%, mas
é melhor que nada, e há outros métodos complementares).
Imagine a loucura
que seria criar um programa multimídia fazendo todas essas conversões!
Por isso, foram sendo criadas, aos poucos, linguagens de nível mais
alto (quanto mais alto o nível, mais próximo da linguagem
humana). O Basic permitia ao programador usar termos básicos do
idioma inglês para dar comandos (Run = rode, Return = volte, if/then
= se/então, go = vá para), que seriam automaticamente interpretados
pela linguagem e transformados no formato binário.
Linguagens
- Com a evolução, surgiram linguagens especializadas, como
o Cobol para a área de negócios, o Pascal para a área
científica, o Logo para uso educacional e muitas outras. Hoje você
já consegue até programar visualmente, clicando aqui e ali,
arrastando e soltando, com o uso das linguagens de altíssimo nível,
como o Visual Basic, conhecidas como orientadas a objeto (você se
preocupa com o objetivo do programa, como quer que fique a tela de apresentação
dos dados, e deixa que o programa faça toda a codificação
das instruções para você).
Mas não
se iluda: por trás do Windows, por exemplo, está a linguagem
C+, que se encarrega de fazer a tradução para os bits zero
e um. Junto com esses dados, também vão para o processador
informações codificadas sobre posição (endereçamento)
e instruções codificadas, de acordo com padrões predeterminados
que permitirão ao chip (processador) saber o que deve fazer com
essa enxurrada de bits.
Lógico,
quanto mais tradução precisar ser feita, mais demorado fica
rodar o programa. Por isso é que os programadores de jogos ainda
hoje trabalham com o Assembler nos pontos mais críticos do programa,
onde é necessária maior velocidade, e torcem o nariz para
o Windows, que exige muita tradução de comandos. Você
talvez nem perceba muito, porque os computadores pessoais estão
bastante rápidos, e compensaram razoavelmente bem essa diminuição
na velocidade... |