POR DENTRO
DO COMPUTADOR - 3
Dispositivos básicos de entrada
Para
que um computador funcione, é preciso que ele receba as informações,
e o teclado é, de longe, o dispositivo mais lembrado para dar a
entrada nas informações. Mas, há outros: o joystick
usado nos jogos, por exemplo, passa informações ao computador,
de forma semelhante à do mouse. Um scanner permite
digitalizar uma fotografia, uma página de livro, e colocar essas
informações dentro do computador, para serem tratadas pelos
programas específicos (o software, lembra?). A mesa digitalizadora
(uma placa sensível ao toque) converte desenhos feitos sobre ela
em informação compreensível pelo computador, de forma
parecida com a tela sensível ao toque (touch-screen).
Todos os dispositivos
conectados ao computador são pesquisados a cada fração
de segundo, quando o equipamento está ligado, para detectar alguma
ação (uma tecla pressionada, um movimento do mouse,
um toque na tela touch-screen etc.).
Antigo mouse,
com um botão apenas
Mouse
-
Nos anos 80, com o surgimento de programas gráficos - como o Windows
-, o mouse ganhou força. Seu nome vem da semelhança
com um ratinho (o rabo é o fio que o liga ao computador). Ele tem
uma esfera do tamanho de uma bolinha de gude, que ao ser movimentada faz
com que rodinhas existentes no interior do mouse se movimentem, transmitindo
coordenadas de posição ao computador. Geralmente, há
duas teclas (a terceira, do meio, caiu em desuso), que servem para marcar
um ponto na tela (clicar), conforme o programa que estiver sendo usado
no momento.
Nos últimos
anos, surgiram outros tipos de mouse: sem fio (envia as informações
por sinal infravermelho), track-ball (fixo, em que você é
que movimenta a bolinha, em vez de arrastar a base pela superfície
da mesa). O joystick é primo do mouse, com funções
semelhantes, destinado geralmente ao uso com programas de jogos.
Coordenadas
- Uma terceira categoria de dispositivos de entrada inclui as canetas
ópticas, as telas touch screen, as mesas digitalizadoras.
Todas elas objetivam passar ao computador coordenadas de posição,
conforme um padrão definido pelo programa encarregado de processar
esses sinais. Como num mapa: pelo cruzamento da posição X
(altura) com a Y (lateralidade) do lugar apontado, o computador localiza
o ponto desejado e executa as instruções predeterminadas
para tal situação. Ou então, como uma sucessão
de pontos forma uma linha, pode-se desenhar algo na tela deslocando-se
o dispositivo (o que também vale para o mouse e as teclas direcionais...)
Modelo básico
de joystick, da Atari
Os
quiosques de shoppings e certas máquinas de extrato de banco
já possuem as telas sensíveis ao toque, enquanto certas agendas
de bolso recebem dados traçados num trecho da tela com um bastão
semelhante a uma caneta. Nas lojas de diversões eletrônicas,
a pistola usada em tiro-ao-alvo equivale a uma caneta óptica. Com
o detalhe de que, nesses casos, o alvo é que atira em direção
à caneta ou ao revólver: na verdade, um ponto luminoso que
varre seguidamente a tela é detectado por uma fotocélula
existente na caneta (ou no rifle óptico) e comparado pelo computador
com um padrão de coordenadas, permitindo saber que lugar está
sendo apontado.
Imagens
- Outra categoria de dispositivos de entrada é a que permite
receber imagens. Primeiro foram os scanners, semelhantes a fotocopiadoras,
que capturam a imagem e a transformam num arquivo digital que possa ser
interpretado pelo software. Na verdade, um transmissor de fax é
um tipo de scanner, que “lê” o que está num papel e
converte em sinais para a transmissão pela linha telefônica.
Por isso, quem tem um scanner e uma impressora ligados a um computador
pode dispensar uma fotocopiadora, e quem também tiver um modem ligado
à linha telefônica pode dispensar o aparelho de fax, já
que as duas funções podem ser cumpridas pelo computador.
Nos últimos
dois anos, estão ganhando força as micro-câmaras de
vídeo e as máquinas fotográficas digitais, que podem
ser ligadas ao computador para que suas imagens sejam processadas e arquivadas
na memória, impressas ou transmitidas pelo modem para usuários
distantes.
Disco flexível
de 8 polegadas, de 1978.
Foto: Museu
da Computação da Universidade de Virginia/EUA
Já
foi comentado na edição anterior que da mesma forma podem
ser tratados os sons, através das placas de som, dos microfones
e dos dispositivos MIDI, que permitem capturar sons (vozes, músicas)
e processá-los no computador, funcionando nesses casos como dispositivos
de entrada de sinais.
Na verdade,
o conceito de dispositivos de entrada e saída de sinais está
se perdendo, aos poucos, já que cada vez mais os dispositivos periféricos
estão trocando dados com a CPU. São os chamados dispositivos
inteligentes: a impressora ou o no-break (aparelho com baterias para suprir
a falta de energia elétrica) passam também informações
sobre seu estado ou a atividade que estão executando, e já
está surgindo até o joystick que “treme” na mão do
usuário, conforme o jogo que está sendo disputado.
E a informação
também pode vir de outros computadores, através de cabos
de rede, modems, disquetes, discos laser etc. (isto é, a informação
já estava digitalizada e armazenada em outros equipamentos, sendo
apenas transferida para o computador em que vai ser usada). Mas, é
história para mais adiante... |