POR DENTRO
DO COMPUTADOR - 2
Dispositivos básicos de saída
Um
intermediário que recebe informações, processa e libera
em seguida: assim é o computador. A saída das informações
é feita por diversos dispositivos que, nessa condição,
funcionam de forma passiva, recebendo as instruções do processador.
É o caso do monitor, que recebe as imagens geradas; as placas de
som, que convertem o sinal digital em analógico para ser ouvido
nos alto-falantes ou gravado em outros aparelhos; da impressora, que registra
em papel os textos e as imagens gerados no sistema; entre outros dispositivos.
Modelo
de monitor multimídia slim lançado em 1997
Pode-se desligar
o monitor, a impressora e até os alto-falantes, que o computador
continua funcionando e processando os dados, já que esses dispositivos
são apenas usados para se obter o resultado das informações
processadas. Só recentemente alguns desses dispositivos começaram
a trocar informações, como as impressoras que informam à
CPU detalhes do andamento da impressão.
Existem três
tipos básicos de impressoras: a matricial é a mais antiga,
e ainda hoje muito utilizada quando não há necessidade de
impressos de alta qualidade gráfica. Nesse equipamento, uma cabeça
com diversas agulhas se move, e conforme o comando da CPU parte das agulhas
(ou todas) bate na fita entintada contra o papel, formando as letras e
os gráficos. Por isso é que elas são também
conhecidas como impressoras de impacto: nelas, pode-se usar papel carbono
de máquina para obter cópias do impresso (ou formulários
de várias vias, com carbono intercalado).
Surgiram depois
as impressoras laser, em que um cilindro recebe estímulos eletromagnéticos,
provocando a aderência de partículas de tinta (o tonner).
Quando o cilindro passa sobre o papel, a tinta é transferida e imediatamente
o papel passa por cilindros quentes, que fazem a fixação
da tinta, em processo parecido com o usado nas populares máquinas
fotocopiadoras.
Devido ao custo
alto das máquinas laser, especialmente as destinadas à impressão
colorida (em que vários cilindros são usados, um para cada
cor básica), surgiu nos últimos anos a primeira solução
intermediária: as impressoras jato-de-tinta (Deskjet, como também
são conhecidas, é parte de marca pertencente à fabricante
Hewlett Packard). Nestas, a cabeça com agulhas que existia na impressora
matricial foi aperfeiçoada, e a tinta de secagem instantânea
corre por dentro das agulhas num jato para o papel. Há também
alternativas como a de sublimação de cera e outras tecnologias,
tanto para impressão em preto como a cores.
Aliás,
há suprimentos especiais para as impressoras a laser e jato-de-tinta,
como papéis para transferência térmica (que permitem
imprimir imagens que depois serão transferidas a quente para camisetas),
transparências (para uso com projetores, em apresentações)
e uma infinidade de papéis (convites, cartões-de-visita,
adesivos etc.).
Para usos específicos,
existem ainda as plotters ou plotadoras, em que uma caneta executa traços
no papel sob comando do programa, para o desenho de plantas arquitetônicas,
por exemplo. Já as impressoras de qualidade fotográfica permitem
reproduzir fotos digitalizadas com alta resolução, para uso
em painéis. Há também impressoras para corte de vinil,
usadas na confecção de faixas e cartazes.
Normalmente,
as impressoras usam a chamada porta paralela, um conector que permite a
ligação de um cabo em forma de fita fina, com uma série
de fios paralelos (daí o nome). Diferente da porta serial, onde
os dados são transmitidos em fila, na porta paralela os dados passam
lado a lado (como os comandos para cada agulha da impressora matricial
impactar o papel).
Cabo
paralelo Centronics, geralmente usado na ligação com impressoras
Monitores
- Destinados a permitir que os usuários acompanhem o trabalho
realizado no computador, substituíram os painéis com lâmpadas
usados nos primeiros computadores. Os primeiros monitores foram os de fósforo
verde, de pequena definição, e em meados dos anos 80 surgiram
os monitores a cores. Nos anos 90, a preocupação ecológica
vem determinando o surgimento de monitores Energy Saver (que entram automaticamente
em estado de repouso quando não estão sendo usados) e low
radiation (que emitem baixa radiação).
Também
nesta década surgiram os monitores não entrelaçados,
melhores que os entrelaçados (trata-se da forma como a imagem é
montada na tela, nos entrelaçados eram substituídas linhas
alternadas na imagem vista na tela a cada passagem do feixe de raios, enquanto
nos novos modelos todas as linhas são substituídas em seqüência).
A nova tecnologia permite reduzir o efeito flicker, em que a imagem parece
piscar repetidamente. Também está sendo reduzida a distância
entre os pontos da imagem na tela (o dot pitch, que quanto menor valor
tiver, significa maior resolução de imagem, portanto maior
qualidade). Fácil entender: quanto mais pontos de cor tiver uma
imagem num mesmo espaço de tela, mais perfeita ela fica.
Além
dos monitores tradicionais, que usam um canhão de raios para bombardear
a tela formando a imagem luminosa, estão ganhando qualidade os LCD
(Liquid Crystal Displays, monitores de cristal líquido, em que o
cristal líquido, entre duas camadas de vidro, sofre alterações
conforme estímulos elétricos para formar as imagens. Por
não usarem canhão de raios, são monitores finos e
mais leves, como os dos computadores portáteis.
Depois do padrão
de imagem Computer Graphics Array (CGA), surgiram outros, como o VGA, de
melhor qualidade, o ainda atual Super VGA (SVGA) e o novo Ultra VGA (UVGA).
Os novos equipamentos também estão permitindo telas maiores
sem perda de qualidade, já que a resolução das imagens
geradas está crescendo também.
Som, Vídeo,
Jogos - Lembradas geralmente como dispositivos de saída (pois
convertem o sinal digital em analógico, para envio aos alto-falantes)
na verdade, funcionam também como dispositivos de entrada, quando
o usuário conecta uma fonte externa de som para que este seja processado
no computador. Os músicos, por exemplo, já estão conectando
teclados e outros instrumentos na entrada do sinal sonoro, para que este
seja editado no computador.
Para isso,
eles usam a interface MIDI (Musical Interface for Digital Instruments,
ou Interface Musical para Instrumentos Digitais), que segue um padrão
definido para este setor. Esse padrão permite aos programas no computador
reconhecerem os sinais emitidos pelo instrumento musical e enviarem comandos
que o instrumento possa interpretar como música.
Assim, músicas
inteiras podem ser transformadas em arquivos editáveis, tornando-se
fácil alterar a forma de execução, timbre, volume
etc. Hoje, um músico apenas, com um bom sistema MIDI, pode substituir
uma orquestra inteira em certas situações.
As placas de
som estão sendo aperfeiçoadas, e desde as primeiras SoundBlaster
(marca que se tornou padrão no setor), já existem placas
com 64 canais de som simultâneo e até as que possuem memória
sampler (para guardar amostras de som dos principais instrumentos, permitindo
reproduzi-los com maior perfeição.
Também
as placas de vídeo estão se sofisticando, com novas capacidades,
como a compressão MPEG (em que os grandes arquivos de vídeo
são modificados por um algoritmo que substitui trechos repetidos
por códigos, reduzindo seu tamanho sem prejuízo sensível
da qualidade). Também estão surgindo as placas que conseguem
processar os sinais de vídeo com maior velocidade, graças
ao uso de processadores dedicados a essa função, permitindo
efeitos mais realistas (e até tridimensionais) em jogos ou formação
mais rápida das imagens complicadas usadas em programas artísticos. |