MAPAS DE SANTOS
Santos, em documentos da época - 1765
Trabalho de Benedito Calixto, a partir de documentos do
século XVIII. Na parte superior do mapa está o Monte Serrate, e os 2081 habitantes da vila residiam ao redor da atual
Praça da República.
Abaixo, há uma comparação de nomes. Clique nas imagens, para ampliá-las:
Imagem: Os Andradas, de Alberto Sousa, Vol. I, Typographia Piratininga, São Paulo/SP, 1922
Esta versão de diferencia do trabalho de Calixto por incluir o item S na legenda,
identificando a primitiva Alfândega de Braz Cubas:
Imagem: jornal santista A Tribuna, publicada na edição especial comemorativa
do 1º Centenário da Cidade de Santos, em 26 de janeiro de 1939
Os dois trabalhos acima podem ter sido baseados nesta planta topográfica que, em seu livro, o
pesquisador e pintor Benedito Calixto atribuiu ao final do século XVIII. Sobre esta planta, Alberto Sousa, autor da obra Os
Andradas, de 1922, tinha sérias objeções, como a inexistência de indicação do Outeiro de Santa Catarina, figurando a
capela daquela santa como se estivesse em terreno plano, o que já não acontece com a capela de São
Francisco de Paula e o Mosteiro de São Bento, representados junto com os morros onde se situam. Alberto ainda cita:
"A planta da Vila é atribuída ao século dezoito, no livro de B. Calixto, e, segundo
pessoalmente nos disse há tempos esse operoso e infatigável escavador do passado paulista, a sua época deve ser fixada no último quartel daquele século,
provavelmente no ano de 1790.
"Basta, porém, examiná-la com um pouco de atenção, tendo diante dos olhos outros
documentos do tempo, para verificar-se que ela é dos princípios do século dezenove, e posterior ao ano de 1806. A existência de ruas que só apareceram
de 1809 a 1810, e a localização da Alfândega no fundo do Colégio dos Jesuítas, acontecimento que se
passou em 1806, na administração do capitão-general Franca e Horta, parecem-nos provas bastantes de que a referida planta não representa a nossa terra
natal no expirar do século dezoito, mas sim no alvorecer do décimo-nono século".
Imagem: Os Andradas, de Alberto Sousa, Vol. I, Typographia Piratininga, São Paulo/SP, 1922
Comparação dos nomes:
(veja também como eram em 1801, 1822 e
1878)
Denominação antiga (1765) |
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Denominação em 2000 |
Rua que ia do
canto do Hospital até os Quartéis (R. dos Quartéis) |
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Rua Xavier da Silveira |
Rua do Pelourinho à Santa Catarina
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Rua Visconde do Rio Branco |
Rua Pequena
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Lado direito (mar) da Praça da
República |
trecho da Rua do Pelourinho à Santa Catarina (depois Rua Meridional)
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Lado esquerdo (interno)
da Praça da República |
Travessa do Carmo
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trecho da Rua Itororó |
Travessa do Parto
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Rua D. Pedro II |
Rua dos Quatro Cantos à Alfândega
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trecho da Rua Frei Gaspar |
Rua Direita
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Rua 15 de Novembro |
Rua de São Francisco
(depois Rua Santo António)
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Rua do Comércio |
Rua da Praia (depois Rua 24 de Maio)
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Rua Tuiuti |
trecho da Rua da Praia (depois Rua da Graça)
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Rua José Ricardo |
Beco do Gonçalo Borges
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Rua General Câmara e trecho da
R. do Comércio entre Rua XV de Novembro e Praça Rui Barbosa |
Beco da Maria Francisca
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trecho da Rua Riachuelo |
Beco Aia Velha (depois Travessa do Peixe)
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trecho da Rua Riachuelo |
Rua dos Curtumes
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Rua São Bento |
Rua do Valongo
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Rua Marquês de Herval (ex-Rua
das 7 Casas e Travessa da Penha) |
Referências:
Os Andradas, de
Alberto Sousa, Vol. I, Typographia Piratininga, S. Paulo/SP, 1922
Cartilha da História de Santos, de
Olao Rodrigues, 1980
Santos - Um Encontro com a História e a
Geografia, de Angela Maria G. Frigerio, Wilma Therezinha F. de Andrade e Yza Fava de Oliveira, Editora Universitária Leopoldianum/Unisantos,
Santos/SP, março/dezembro de 1992
História de Santos/Poliantéia Santista,
de Francisco Martins dos Santos e Fernando Martins Lichti, Ed. Caudex Ltda., São Vicente/SP, 1986-1896, 3 volumes
Veja Santos!, de Olao Rodrigues, 2ª
edição, ed. do autor, Santos/SP, 1975 |