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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Profissões
Atividades que vão desaparecendo (7)

Com o tempo, diversas atividades acabam ou são substituídas por outras
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Texto publicado no jornal santista A Tribuna, em 12 de março de 2005, nas versões digital e impressa:
 


BIBLIOTECÁRIO COMEMORA HOJE O SEU DIA - Profissional que trabalha com o que há de mais importante no mundo atual, a informação, o bibliotecário comemora hoje o seu dia 
Foto: Nirley Sena, publicada com a matéria

Sábado, 12 de Março de 2005, 07:40
PROFISSÃO
Informática não prejudica bibliotecários
No dia da categoria, profissionais destacam importância da informação

Da Reportagem

Trabalhar com o que há de mais importante no mundo atual: a informação. Isto e muitas outras funções tem o bibliotecário - profissional que organiza acervo de bibliotecas - que hoje comemora seu dia. Porém, esqueça a imagem que veio à cabeça assim que associou a palavra à biblioteca. O bibliotecário não é, necessariamente, aquela pessoa de óculos, perto dos livros empoeirados.

Exemplo disso é Maria Helena de Barros Antunes, conhecida como Mahê, que tem 52 anos, 34 dedicados à profissão. Ela trabalha como bibliotecária chefe do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte). Mahê organiza os acervos da instituição com o auxílio de uma equipe. Une a parte técnica com a humanista para atender os alunos da unidade.

A profissional divide a sala com um rapaz que este ano se forma na mesma profissão. Leandro Rodrigues Vicente, de 29 anos, é auxiliar de biblioteca e escolheu esta que é uma segunda faculdade - ele também é graduado em Psicologia.

Esta sala é o próprio encontro de gerações distintas. Durante entrevista a A Tribuna, Mahê explica as mudanças sofridas em sua profissão nos últimos anos com a ajuda da informática para facilitar o trabalho de organização dos livros e confessa que ainda encontra dificuldades para encarar o computador como armazenador de informações.

Mahê se formou na Escola de Biblioteconomia e Documentação de São Carlos. Depois da graduação se mudou para Santos. "Naquela época o mercado de trabalho era complicado, mas hoje é um pouco melhor".

O interesse pela biblioteconomia veio quando ela teve vontade de cursar Jornalismo. Como morava em Araraquara e não pôde mudar para São Paulo para cursar a graduação desejada, procurou uma faculdade que aliasse algo com comunicação e leitura. Até o ano passado, Mahê era a única bibliotecária do Unimonte. "Essa é uma profissão que me enriquece a cada dia, enobrece e me orgulha. Não tem nada que me pague o prazer de ver um aluno lendo".


Mahê, do Unimonte, vem se dedicando à atividade há 34 anos 
Foto: Nirley Sena, publicada com a matéria

Nova geração - Leandro é a visão da mudança. Ele pensa a biblioteconomia como um mercado promissor, caso seja aliado à tecnologia. Leandro é filho de uma bibliotecária. Apesar de ser psicólogo, surgiram oportunidades de trabalhos ligados à área de informática e associados às bibliotecas. No Ensino Médio, o auxiliar de biblioteca fez técnico em informática. "Eu quis apostar na nova graduação e neste mercado de informação e informática porque acho muito promissor".

São duas visões diferentes de uma mesma função, pouco difundida e muito importante para formar e manter bases de dados, onde são empregadas normas internacionais para catalogar e classificar os livros.

Promissora - "A nossa região é promissora para este mercado, mas auxiliaria muito mais se uma universidade daqui tivesse o curso", declara Mahê. "E hoje uma biblioteca não trabalha sem um computador e sistemas", completa Leandro.

Mas se engana quem pensa que os bibliotecários passam todo o dia lendo livros. Eles fazem uma leitura técnica do livro para classificá-lo. "Além de tratar todo o material que está sob nossa guarda, procuramos levar informações para os leitores", conta a bibliotecária. De acordo com ela, um profissional de biblioteconomia ganha entre R$ 1.500,00 e R$ 3.000,00.

Biblioteca municipal - "No nosso caso, a biblioteca atua junto às comunidades e quer interagir com a sociedade", conta Gilka Zannin Rosas, coordenadora das bibliotecas e hemerotecas da Secretaria Municipal de Cultura (Secult).
Ela atua na área há 24 anos e acha que o bibliotecário é um incentivador do hábito da leitura. "O saldo positivo nestes últimos anos é que o interesse pela leitura geral aumentou bastante. Isso deixa um profissional da área cheio de orgulho".


Leandro Vicente vê biblioteconomia como um mercado promissor 
Foto: Nirley Sena, publicada com a matéria

Sábado, 12 de Março de 2005, 07:41
Modernização é uma constante no exercício da atividade

Com o desenvolvimento da tecnologia a profissão de bibliotecário está cada vez mais moderna e o trabalho do profissional não se restringe às bibliotecas. Atualmente, a empresa que necessita de informação organizada e eficiente recorre a este profissional, como hospitais e bancos, por exemplo.

A atuação está cada vez mais voltada para a criação e a manutenção de arquivos digitais e para a montagem de bancos de dados em computadores, em sistemas de informática e Internet.

Para exercer a profissão é preciso cursar quatro anos de faculdade e fazer estágio obrigatório. É preciso também ter registro no Conselho Regional de Biblioteconomia. As bibliotecas de universidades devem ter, pelo menos, um profissional da área.

O que faz - O profissional de biblioteconomia é um administrador de dados. Ele classifica, organiza, conserva e divulga o acervo de bibliotecas e centros de documentação.

Ele trabalha em bibliotecas públicas, escolares ou particulares, centros de documentação, museus, arquivos, editoras, agências de comunicação, ONGs, associações e clubes.


Profissionais dizem que a informática ajuda na organização dos livros
Foto: Nirley Sena, publicada com a matéria

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