Capítulo 1
– A história do romance: a realização de Navios Iluminados, edições e recepção crítica
1.7
História das edições
O objeto livro é também
objeto de pesquisa. Ele pode ser estudado nos seus papéis de "mercadoria produzida para o comércio e para o lucro; e como signo cultural, suporte de
um sentido transmitido pela imagem ou pelo texto", como explicaram Roger Chartier e Daniel Roche
[91].
Por sua vez, Umberto Eco chama a atenção para
o uso analítico dos paratextos, isto é, o conjunto de textos que não fazem parte da obra, mas que estão também no livro: são as orelhas, índices,
prefácios e posfácios, notas, apresentações, introduções e qualquer outro texto que seja acessório, ainda que importante para a edição. São textos
sobre o texto, metanarrativas, que podem trazer também um pouco de sua própria época.
A partir daí,
passamos a verificar a sucessão de edições de Navios iluminados ao longo do tempo. A primeira edição de Navios Iluminados, em 1937, é
da Livraria José Olympio. O livro é dedicado ao amigo Martins Fontes e ao irmão Felisberto Prata. A pesquisa localizou um exemplar na biblioteca da
Academia Santista de Letras, no Centro de Santos, autografado pelo autor para o amigo Jayme Franco:
Ao Jaime Franco, com a
cordialidade do
Ranulpho Prata
Santos, 1-1938.
Publicada no
Rio de Janeiro, a primeira edição do romance é um exemplo da posição da capital federal como principal centro literário do país. Como explica
Nicolau Sevcenko, desde o início da campanha abolicionista até a década de 1920 o Rio concentrava "quase toda a produção literária nacional":
Palco principal de todo esse
processo radical de mudança, a capital centralizou ainda os principais acontecimentos desde a desestabilização paulatina do Império até a
consolidação definitiva da ordem republicana. Ela concentrava também o maior mercado de emprego para os homens de letras. Sua posição de
proeminência se consagrou definitivamente em 1897, com a inauguração ali da Academia Brasileira de Letras
[92].
Em 1940, três anos após a primeira edição, a
Editorial Claridad, de Buenos Aires, publica Vapores Iluminados, edição em espanhol do
romance. Além do texto em espanhol, a edição traz um prefácio de Benjamín de Garay, tradutor do livro, em que ele apresenta ao leitor argentino e
hispânico o romance – e também o porto de Santos – por meio do mito de El Dorado, a cidade de ouro, mito da expansão desbravadora e da conquista de
riqueza da colonização espanhola (certamente bem conhecido do público leitor argentino), que volta a se repetir no romance
[93]:
Em nosso século
positivista e cético, o mito de El Dorado, apesar de suas características antigas, se dissipou das mentes. Mas não para desaparecer, mas para
apresentar-se sob formas novas e inesperadas
[94].
Uma dessas formas é o romance de Ranulpho
Prata, em que o mito é renovado na "prosaica realidade contemporânea":
Agora as multidões ávidas por fortuna já não
correm em posse da cidade mítica, onde as casas se revestem de metais preciosos e onde as crianças brincam nas ruas com pepitas de ouro ou pedras de
carbonatos e diamantes. Não. Vão aos grandes portos, de onde saem e aonde chegam todas as riquezas do mundo, nas barrigas dos grandes navios
iluminados, que nas noites se balançam sobre as águas do mar como fantásticos palácios de fadas.
Para lá vão em busca de
trabalho, à conquista de dinheiro, incitados por um tenaz afã de bem-estar. Uns triunfam, porém os demais caem triturados pela engrenagem sem
piedade da sociedade moderna
[95].
A passagem acima descreve de forma concisa e
elegante a trajetória de muitos dos personagens do romance. A partir daí, sob o impacto da introdução ao imaginário portuário, o tradutor aguça o
leitor por outro aspecto, a carga histórica do romance, escrito em um momento da vida brasileira de "interesse extraordinário". De forma poética,
Garay apresenta o movimento de migração para as cidades, de qual o protagonista do romance é significativo:
E enquanto uma simples história de uma vida
humilde vai se desenvolvendo, sobre o pano de fundo aparece pintado ao vivo, com suas características inconfundíveis, o quadro de um setor da
sociedade brasileira no momento de ingressar com passo firme e decidido na era industrial de sua história.
Nesse momento da vida brasileira ele é de
um interesse extraordinário. A agricultura que poderíamos chamar de medieval, por sua técnica rudimentar e seus métodos primitivos, deixa de ser
economicamente produtiva. Já a seca, já as chuvas excessivas, malogram as colheitas. A falta de transportes e o alto custo de comercialização
provocam a depreciação dos frutos da agricultura. Geração de agricultores vivem o drama obscuro, silencioso e torturante sobre a terra a uma só vez
benigna e hostil, às vezes mãe, às vezes madrasta.
Há um surdo rancor nas almas gerado por
esse estado de coisas; mas também subsiste o irresistível apego ao solar santificado pelo esforço familiar através das gerações e dos anos. Porque o
agricultor tem algo de árvore. Raízes invisíveis, de índole psicológica, atam-no à terra, e aí nasce sua vocação à imobilidade, à permanência sobre
seu prédio, berço e sepulcro de seus antepassados, berço e sepulcro de seus filhos.
Esta fidelidade à terra se manifesta com
mais força nos velhos, impregnados até os tutanos do espírito conservado da classe agrária. A reação contra a miséria, contra a infecundidade do
trabalho, se opera entre os jovens. Por isso é a juventude dos campos que rompe com o solo, que se lança por caminhos da aventura, tomando o rumo
das cidades industriais.
Produz-se o que os
sociólogos chamam de proletarização das massas, isto é, a transformação do agricultor em trabalhador das fábricas. A cidade atarefada exerce uma
estranha fascinação sobre os jovens camponeses; eles vêem nas urbes fabris um teatro apropriado para lutas mais frutíferas e para lá vão, em uma
penosa peregrinação até a fortuna sonhada, que geralmente resulta ilusória
[96].
Outra parte do prefácio destaca a formação
médica de Ranulpho Prata como componente essencial da narrativa do livro. Ele qualifica Prata como um autor "de raça, sereno, complexo em sua
simplicidade, sagaz com naturalidade, sugestivo, vigoroso e terno, que escreve porque tem uma mensagem que faz chegar ao mundo atormentado em que o
toca viver". Para Benjamín de Garay, Prata leva para as letras sua experiência de médico, mas sem "exibição de erudição fácil".
Capa de Vapores Iluminados, edição em espanhol de
Navios Iluminados, publicada em Buenos Aires em 1940 pela Editorial Claridad
Imagem: reprodução da página 59 do arquivo da dissertação
Ao final, sobre o momento histórico da
realização do romance, o tradutor conclui:
As enfermidades e a
miséria causam estragos na legião de trabalhadores que incessantemente se renovam, Mas estes fracassos e estes triunfos não se produzem sem que cada
qual haja vivido seu mínimo drama.
Ranulpho Prata soube apresentar todo este
processo da sociedade brasileira em seu romance, pintando-o com sóbrios rasgos no que poderíamos chamar, usando termos pictóricos, um vasto afresco
social, admirável pela proporção das figuras, pelo realismo do ambiente e pela ardente vitalidade das almas
[97].
Vapores
Iluminados é o sexto título da coleção Biblioteca de
Novelistas Brasileños da Editorial Claridad e recebeu na página de título interna o subtítulo de "o romance dos trabalhadores marítimos". Os cinco
primeiros autores da coleção são Coelho Neto (Rey Negro, o título está em espanhol), Gastão Cruls (Amazônia Misteriosa), Lúcio Cardoso
(Morro do Salgueiro), Hermano Lima (Garimpos) e Jorge Amado (Mar Muerto), todos traduzidos e prefaciados por Benjamín de Garay,
que verteu também para o espanhol Euclides da Cunha, Monteiro Lobato e Gilberto Freyre.
Em informações fornecidas por correspondência eletrônica em 10 de outubro de 2007, o professor de literatura da Universidade de Buenos Aires,
Carlos Alberto Pasero, informa que Garay costumava vir a São Paulo durante a década de 20 e que mantinha relações com intelectuais locais, citando
nominalmente o grupo A Colméia
[98].
A segunda edição é de 1946, assinada pelo
Clube do Livro, já realizada em São Paulo. A edição traz uma nota da editora dedicada aos leitores em que comemora a publicação da obra na data em
que inicia seu quarto ano de atuação. A data da nota é de 1º de julho de 1946 e revela um pouco do funcionamento de uma editora num país em
alfabetização. Até ali, o clube manifesta "ininterrupta atividade" em 15 capitais brasileiras e quase 150 cidades do país em que eram atendidos seus
18 mil sócios.
A direção do
clube presta agradecimentos também às Indústrias Reunidas F. Matarazzo pela matéria-prima, à Revista dos Tribunais pela impressão em sua gráfica e
aos autores Afrânio Peixoto, Monteiro Lobato, Afonso Schmidt e Menotti del Picchia por terem autorizado "graciosamente" a edição de suas obras.
Agradecimentos são dirigidos também às viúvas de Paulo Setúbal e Ranulpho Prata pela autorização das edições de O Príncipe de Nassau e
Navios Iluminados, "obras exponenciais desses grandes e saudosos escritores brasileiros".
Mais agradecimentos
vão ainda para W.M. Jackson pela autorização por "preço mínimo" da publicação de livros de Machado de Assis; para a Livraria Martins Editora pelos
direitos de uma tradução de I. Turgueniev e outra de Charles Dickens; e para o editor Antônio Tisi, pela tradução de Um Homem Acabado, de
Giovanni Papini. Na contracapa, propaganda do lançamento de agosto, O retrato de Dorian Gray, "obra-prima do imortal escritor inglês Oscar
Wilde" (na verdade, Wilde era irlandês).
Capa da segunda edição de Navios Iluminados,
publicada pelo Clube do Livro (São Paulo) em 1946
Imagem: reprodução da página 61 do arquivo da dissertação
Na primeira página, a editora informa a o nome de seus diretores – Mario Graciotti, Luiz L. Reid e Waldemar Luiz Rocha – e a formação do
conselho de seleção: Afonso Schmidt
Logo no início
do prefácio, Silveira Bueno, autor de Literatura Luso Brasileira, conta como conheceu Prata, morto recentemente, em 1942. Para apresentar
Prata o crítico busca um episódio distante no tempo: o dia em que se conheceram na redação do jornal em que Silveira Bueno havia publicado uma
crítica a O Lírio na Torrente:
Abraçamo-nos com tanta
espontaneidade que ainda agora continuamos amigos de verdade, sim, continuamos amigos apesar da morte haver-nos separado fisicamente e estar eu a
repetir palavras escritas há vinte anos atrás [100].
Daí, ele passa bem rápido pela descrição do homem:
Um dos muitos
sergipanos ilustres que vieram trazer-nos a colaboração da sua inteligência, médico de profissão, mas escritor de nascimento, traduzia em suas obras
o vigor espiritual que sua pequenina estatura não revelava [101].
Mas logo ele
aproveita esse estranhamento entre dimensão espiritual e estatura física para qualificar esteticamente a obra do autor, campo em que concentra seu
prefácio:
Imaginá-lo através da leitura de seus livros era supô-lo atleta, gigantesco, tal a força expressiva da
sua frase, a energia irresistível dos seus períodos forjados em bloco, tal a unidade maciça das suas construções literárias.
Sóbrio dentro de sua imaginação do norte, tomava os fatos entre as mãos como faz o
escultor com o barro, com o granito, com o mármore e, a golpes de talento, transformada a pena em camartelo ou escopro, modelava, esculpia, forjava
o episódio, a figura, o herói, o acontecimento, irresistível e artisticamente. O vocabulário era uma das suas forças: dizia o que queria e dizia com
justeza, coerência e adequada ênfase[102].
Em seguida, como visto acima, o crítico avalia a influência da formação de Prata em Medicina
em sua escrita, que lhe "disciplinara" a fantasia. Logo depois, parte para a análise de Navios Iluminados, que trata por "profundo e doloroso
romance social", no qual o estivador é caracterizado como "homem-máquina". Para ele, o estivador de
Navios Iluminados equivale em drama humano ao sertanejo de Os sertões (1902) de
Euclides da Cunha, filiação que o próprio autor havia anunciado na introdução de Lampião.
Se da primeira fase tivemos "Dentro da Vida", "Triunfos" [sic], "O lírio na torrente" e "A Longa
Estrada", ficou-nos da segunda o profundo e doloroso romance social "Navios Iluminados". Em todos os seus primeiros livros, há o homem que sofre ou
que luta, nunca o homem que goza e se delicia. No seu grande romance, há uma classe inteira, representada no herói, esmagada e triturada pela força
da máquina, das instituições, da ganância, do lucro, do dinheiro.
Se Euclides da Cunha observou os fanáticos de Canudos: se Plínio salgado
surpreendeu a existência do imigrante em seu grande livro "O Estrangeiro", Ranulpho Prata descreveu-nos o drama do "Estivador", do homem-máquina que
faz entrar e sair do pais toda a sua riqueza, ficando cada vez mais pobre e desgraçado [103].
Bueno traça uma linhagem literária de Prata a partir de um dos maiores nomes da literatura
naturalista do século XIX: "Com Navios Iluminados, colocou-se o escritor sergipano entre os grandes escritores do mundo, vindo na série
que começa em Victor Hugo, com Os Homens do Mar".
Poder-se-ia acrescentar ainda como obra antecessora Germinal, de
Émile Zola. As descrições do trabalho em minas de hulha numa França ainda em industrialização no meio do século XIX são parentes literárias das que
Prata realiza sobre o trabalho no cais de Santos, produzidas dentro do realismo moderno de que nos informa Eric Auerbach
[104] .
Na segunda
edição de Dentro da vida, de 1953, também do Clube do Livro, uma Nota Explicativa comenta os "aplausos" dos leitores à iniciativa do
Clube do Livro de ter publicado o Navios Iluminados em 1946 e situa o romance "ao lado das maiores obras da literatura brasileira". A nota
revela que o "admirável" romance garantiu a Ranulpho Prata um prêmio da Academia Brasileira de Letras. O tom geral do texto busca reverenciar o
autor.
É a própria
editora que assina o texto de 1953, onze anos decorridos da morte de Prata. A memória está mais rarefeita e a homenagem já não é mais pessoal, como
a de Silveira Bueno, é institucional. Em seu final, a nota realça a identidade religiosa de Prata:
Estilo, emoção, imagens e um
jeito extraordinário de narrar, que revelava a grande soma de sensibilidade estética de sua privilegiada alma, toda voltada ao sofrimento alheio,
cheia de doçura e de piedade pelos humildes.
A terceira
edição do romance é de 1959, de novo no Rio de Janeiro, pelas Edições O Cruzeiro, como o 20º e último título da Coleção Contemporânea, que trazia
nomes como Cornélio Pena, Lucio Cardoso, Lygia Fagundes Telles, Josué Montelo e Ledo Ivo.
Capa da terceira edição de Navios Iluminados, de
1959, publicada pelas Edições O Cruzeiro
Imagem: reprodução da página 64 do arquivo da dissertação
A capa,
assinada por Arcindo Madeira, traz desenhados um estivador carregando um saco, dois outros trabalhadores (um deles com um caderno ou folhas de papel
na mão e com roupas de escritório) e uma mulher passando roupa, referência clara a Florinda, esposa do protagonista, na cena destacada também por
Luís Bueno. Ao fundo, o cais, um guindaste e dois navios. O paratexto traz a bibliografia, as datas de nascimento e morte de Ranulpho Prata, autor
deste "consagrado e comovente romance", e, na orelha, um curto texto de apresentação que define a obra como
um romance que tem como cenário o porto de Santos e a anônima faina
humana de carregamento e descarregamento dos navios. É, assim, um romance em que o drama social, vivido por uma comunidade de trabalhadores, tem um
lugar de relevo, e a ficção se alia ao documentário para melhor exprimir a sua verdade humana
[106].
No ano seguinte, Leonardo Arroio publicaria na
Folha da Manhã uma resenha sobre a terceira edição do romance:
A terceira edição deste romance de Ranulfo
[sic] Prata "Navios Iluminados" que Edições O Cruzeiro apresentam em capa de Arcindo Madeira, mostra que o belo livro do autor de "Lampião" vai
prosseguindo sua marcha lenta, mas segura. A história de Severino, o grande "blackground" da faixa das docas de Santos, o problema do desajustado
nordestino, o drama de uma comunidade de trabalhadores, enfim, perpassam nas páginas de "Navios Iluminados" com um grande toque de humanidade, a que
não falta a crítica contundente do romancista.
Os recursos estéticos de Ranulfo [sic] Prata
fazem-se presentes no desenvolvimento estilístico da história e pelo domínio da palavra. Justo e severo, pode dar ao leitor páginas de intensa
beleza, como aquelas que se encontram em "O Lírio na Torrente", outro romance seu que talvez merecesse reedição. [...]
O romance resiste a uma
releitura mais exigente, desde o seu aparecimento pela Livraria José Olympio Editora e desde sua segunda edição no Clube do Livro. "Navios
Iluminados" é um livro que permanece embora se possa reconhecer, com melancolia, que não se tem feito muita justiça ao romancista Ranulpho Prata
[107].
A quarta e mais
recente edição de Navios Iluminados data de 1996, publicada em conjunto pela Editora Scritta e pela prefeitura de Santos. Os direitos de
publicação eram da Editora Página Aberta. O livro compõe a coleção Brasilis, da Scritta. A contracapa do volume destaca a publicação do romance
"depois de mais de trinta anos". Médico sanitarista e prefeito de Santos à época, David Capistrano Filho é o responsável pelo texto da orelha,
espaço em que destaca os 100 anos do nascimento de Ranulpho Prata naquele ano.
Ao centenário,
Capistrano acrescenta outra efeméride: os 450 anos de elevação de Santos à categoria de vila. Em 1996, a memória viva sobre Prata repousa em bem
poucas pessoas, e Capistrano não é uma delas, como era Silveira Bueno ou Monsenhor Primo Vieira. Para entrar em contato com o universo de Prata, o
que resta ao comentarista é a História, daí a ligação das datas. A obra passa a ser tratada como documento ou registro histórico, assim como Afonso
Schmidt fizer com Lampião na década de 50:
[Navios Iluminados é] Um expressivo painel da sociedade santista, que, apesar do tom marcadamente social, não se esgota na
denúncia, trabalhando com êxito o retrato psicológico, a ambientação detalhista e a crítica de costumes
[108].
Capa da quarta edição de Navios Iluminados,
publicada em 1996 pela Editora Scritta e pela
Prefeitura de Santos
Imagem: reprodução da página 66 do arquivo da dissertação
No final do texto, Capistrano dá à leitura da edição de 1996 a função
de ser um "convite ao resgate de nossa tradição cultural". Ele conclui reclamando a publicação de outros valores literários da cidade: os irmãos
Bartolomeu e Alexandre de Gusmão, José Bonifácio de Andrada e Silva, Martins Fontes e Vicente de Carvalho. |