Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/santos/h0318b09.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 04/17/06 10:42:02
Clique na imagem para voltar à página principal
HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - IMPRENSA
A imprensa santista (2-b09)

Leva para a página anterior
Na sua edição especial de 26 de janeiro de 1939, comemorativa do centenário da elevação de Santos à categoria de cidade - exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda -, o jornal santista A Tribuna publicou esta matéria (grafia atualizada nesta transcrição):
 


Imagem: reprodução de trecho da matéria original
Demais fotos desta página: publicadas com a matéria

Galeria dos poetas, prosadores e jornalistas de Santos

[...]


Paulo Gonçalves (Francisco de Paula Gonçalves) - Nascido em Santos, a 2 de abril de 1897, filho de Manoel Alexandre Gonçalves e de d. Bemvinda Fogaça Gonçalves.

Iniciou seus estudos na Escola União Operária, com o professor Alcides Luís Alves. Trabalhou algum tempo no Telégrafo Inglês, continuando seus estudos particularmente. Cedo abandonou o Telégrafo Inglês, para dedicar-se ao jornalismo, ingressando no Diário de Santos, órgão da oposição, passando-se depois para A Tribuna, como revisor. Mais tarde, entrou para o Commércio de Santos, de onde saiu, a chamado, para o Jornal do Commércio, de São Paulo, também como revisor.

No início da Folha da Noite, Paulo Gonçalves passou a lhe emprestar seu concurso, ao lado de velhos camaradas de Santos. À fundação da Folha da Manhã está ligado o nome de Paulo Gonçalves, que por muto tempo foi seu redator secretário, cargo que abandonou, chamado pelo Estado de São Paulo, para a sua seção de teatro, em cujo posto a morte o colheu.

Paulo Gonçalves foi um dos fundadores do Partido da Mocidade, fruto de seu idealismo puríssimo.

Foi professor do Colégio Pedro Borba, em Santos, onde parece haver nascido o grande motivo das suas aspirações, um profundo e recôndito sentimento que jamais revelava a alguém, apenas traduzido pela tristeza dos seus olhos e o macio de sua voz, estranhamente velada, sentimento esse que parece haver precipitado o seu estado mórbido, a inexorável moléstia que abreviou e extinguiu sua preciosa vida. Pouco mais viveu que Fábio Montenegro, mas ainda assim pôde produzir muito mais do que o seu ilustre colega e conterrâneo, tornando-se, na apreciação dos doutos e entendidos, um dos maiores líricos brasileiros.

Seu livro de estréia foi Yara, em 1922, que lhe valeu o aplauso entusiástico da crítica nacional, e daí por diante publicou mais cinco obras: 1830, notabilizada comédia em versos, em 3 atos, Prêmio de teatro da Academia Brasileira de Letras, 1925; O cofre, comédia em 1 ato, versos; As noivas, comédia em 3 atos, prosa; As mulheres não querem alma, comédia em 3 atos, em prosa; A comédia do coração, comédia em 3 atos, em prosa; deixando mais, em manuscrito, inéditos: Núpcias de D. Juan, alta comédia, em verso, em 4 atos; Quando as fogueiras se apagam, 1 ato, em versos, escrita a pedido de Coelho Netto; Lyrica de Frei Angélico, versos; Marcha Heróica (inacabada) e Marília de Dirceu, versos.


[...]
Leva para a página seguinte da série