O Aquário e os leões-marinhos
Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo Almanaque
[PÁGINA 113 e 114]
Eis o movimento cultural de Santos
Em um anuário organizado para fixar as atividades do Município, em seus variados setores, não
poderia faltar espaço para assinalar o seu movimento cultural.
A Comissão Municipal de Cultura, que nos dias atuais é uma unidade da Secretaria de Turismo,
Cultura e Esportes, foi criada pela lei n. 264, de 10 de abril de 1940, que lhe incumbiu a promoção de espetáculos de arte, exposições, campanhas,
palestras e conferências de caráter educativo e cultural, além de outras manifestações que objetivem o desenvolvimento da Arte Teatral e Artes
Plásticas.
Segundo a lei que instituiu a Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes, a Comissão Municipal de
Cultura transformou-se em setor especializado do órgão criado em março de 1968, de que é assistente técnico o jornalista
Evêncio Martins da Quinta Filho.
Clubes e entidades: Entre as entidades, associações e clubes de cunho cultural devem ser
apontados - Conselho de Cultura, da Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes da Prefeitura; Academia Santista de Letras, Instituto Histórico e
Geográfico de Santos, Centro de Expansão Cultural, Sociedade de Cultura Artística, Clube Filatélico e Numismático, Clube de Arte, Clube da Poesia,
Associação Santista de Belas Artes, Centro de Cultura Lusíada, Associação dos Orquidófilos de Santos, Sociedade Cultural Israelita, Santos Cine-Foto
Clube, Hi-Fi Clube, Clube de Cinema, Instituto de Cultura Hispano-Brasileiro, Associação dos Radioamadores de Santos, Associação dos Desenhistas,
Associação dos Psicólogos, Academia Santista de Fotografia, Departamento Cultural de A Tribuna, Centro de Estudos Saturnino de Brito e Ordem dos
Músicos do Brasil (Delegacia de Santos).
Bibliotecas: Entre as bibliotecas de mais de 300 volumes, que se enquadram no critério
adotado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, devem ser assinaladas as seguintes: Biblioteca Pública Municipal, Biblioteca da
Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio, Biblioteca da Faculdade Católica de Direito, Biblioteca Mário de Andrade, do Conservatório Musical
Santa Cecília, Biblioteca Djanira Bouças, do Instituto Histórico e Geográfico de Santos, Biblioteca Abraham Lincoln, do Centro Cultural
Brasil-Estados Unidos, Biblioteca da Associação Cultural Franco-Brasileira, Biblioteca do Centro Português, Biblioteca da Sociedade União
Portuguesa, Biblioteca da Sociedade União Operária, Biblioteca da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Biblioteca da Sociedade Brasileira de
Cultura Inglesa, Biblioteca do Fórum, Biblioteca da Cruzada das Senhoras Católicas, Biblioteca da Casa da Criança, Biblioteca Braz Cubas, Biblioteca
Popular Martins Fontes, Biblioteca do Centro Cultural Unido dr. Chaim Zitloviski I. L., Biblioteca do Centro de Estudantes, Biblioteca da
Congregação Mariana de Assunção, Biblioteca da Associação Comercial, Biblioteca do Clube XV, Biblioteca dos Padres Capuchinhos da Basílica do Embaré,
Biblioteca do Sindicato dos Empregados no Comércio, Biblioteca do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, Biblioteca da Venerável
Ordem Terceira de S. Francisco da Penitência, Biblioteca 28 de Janeiro, Biblioteca do Sindicato dos Empregados na Administração dos Serviços
Portuários, Biblioteca da Colônia de Férias Rui Fonseca, do Sesc, em Bertioga, Biblioteca do Presídio de Santos, Biblioteca da Cúria Diocesana,
Biblioteca dos Empregados na Administração do Comércio do Café, Biblioteca da Cia. Telefônica, Biblioteca do Corpo Clínico da Santa Casa e
Biblioteca da Loja Albor, da Soc. Teosófica.
Museus: Museu de Pesca, Museu Santista, Museu do Instituto Histórico e Geográfico, Museu
João Ramalho (Bertioga), Museu de Arte Sacra e, em breve, funcionamento do Museu Histórico e Pedagógico dos Andradas.
Imprensa: Há dois jornais diários, A Tribuna, fundada a 26 de março de 1894 e
Cidade de Santos, cujo primeiro número surgiu a 1º de julho de 1967, impresso em off-set. Funcionam ainda as sucursais e departamentos
dos seguintes jornais paulistanos: O Estado de São Paulo, Folha da Manhã e Folha da Tarde, A Gazeta, Diário de São
Paulo, Diário da Noite, Última Hora, Notícias Populares e Diário Popular. Circulam ainda em Santos os periódicos
O Caiçara, Notícias de Portugal, S. Vicente Jornal e outros órgãos editados por empresas de serviços públicos, industriais e de
transporte, com distribuição interna.
Estações de Radiodifusão: Rádio Clube de Santos, Rádio Atlântica, Rádio Cacique, Rádio A
Tribuna, Rádio Universal, Rádio Cultura e Rádio Guarujá Paulista.
Música, Canto e Arte Cênica: No setor da Música deve ser realçada a Orquestra Sinfônica de
Santos, fundada a 24 de fevereiro de 1950, havendo também os seguintes conjuntos: Quarteto Santista de Cordas, Quinteto de Cordas e Grupo do
Conservatório Musical de Santos. Em maio de 1966, desapareceu o Centro Violonístico de Santos, que era considerado o maior, no gênero, do País. Há
uma banda de música civil, a Carlos Gomes, além de uma militar, a da Força Pública do Estado, assim como 2 bandas infantis, 3 rítmicas infantis e 16
fanfarras escolares.
Santos possui dois teatros, o Independência, com 550 lugares, e o Coliseu Santista, com 1.693
lugares. Há 5 corais: Coral Paroquial São José, "Ars Viva", Coral da Santa casa, Coral Lavignac e Coral do Instituto de Educação Canadá. Grupos
teatrais: Os Independentes, Persan, Teatro da Faculdade de Filosofia, Teatro do Clube Atlético Santista, Corpo Cênico do Centro Português, Teatro
Íntimo de Comédia e Corpo Teatral do Centro dos Taquígrafos.
Livrarias: Martins Fontes, Ao Recanto do Livro (Boqueirão), Ao Recanto do Livro (Gonzaga),
Atlântica, Antiquária, Jangada, Oliva, Magalhães, Peg-Livro, Eça, Ipiranga, Imprensa Popular, Aragão, Minerva, Martins, Santo Antônio, Pax e ALA.
(N.E.: em nota na página 71, o autor cita ainda existir em Santos a livraria "Vamos Ler" e
grafa o nome de outra como "da Ala").
Elevam-se a 155 as bancas de jornais e revistas distribuídas por todas as áreas do município.
A pérgula do Boqueirão
Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo
Almanaque
[PÁGINA 112]
60.941 estudantes em Santos
No exercício letivo de 1968, o discipulado de Santos, compreendendo o ensino de graus primário
comum, médio e superior, tanto nas órbitas municipal e estadual como na atividade particular, ascendeu a 60.941 alunos, segundo as matrículas
inscritas e assim especificado:
Ensino primário completo: |
Município |
14.032 |
|
Estado |
11.382 |
|
Particular |
7.918 |
33.332 |
Ensino médio: |
Município |
394 |
|
Estado
|
11.527 |
|
Particular |
14.145 |
26.066 |
Superior |
1.543 |
1.543 |
total (alunos) |
60.941 |
O ensino superior é administrado pela Faculdade de Ciências Econômicas, Faculdade Católica de
Direito, Faculdade de Filosofia e Leras, Faculdade de Medicina e Conservatório Musical, além da Escola de Enfermagem, que não abriu matrículas em
1968.
[PÁGINA 183]
Esportes aqui praticados
Em Santos são praticadas as seguintes modalidades e esporte: futebol de campo, futebol
de salão, futebol de praia, natação, saltos ornamentais, pólo-aquático, mergulho, caça submarina, pesca, iatismo, motonáutica, bola ao cesto,
voleibol, handebol, croquê, golfe, tênis de mesa, tênis de praia, bochas, malha, xadrez, tiro ao alvo, boxe, judô, caratê, ciclismo, aeromodelismo,
kart, hóquei sobre patins, atletismo, hipismo, tamboréu, pingue-pongue, halterofilismo, culturismo, beisebol, rúgbi e bridge.
A atividade do esporte amador é superintendida pela Secretaria de Turismo, Cultura e
Esportes, pelo setor esportivo, a que estão filiadas todas as ligas e entidades especializadas.
Em 1968, chefiava o setor de Esporte da Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes o
sr. José Rodrigues Sanches.
Aspecto das praias santistas
Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo
Almanaque
[PÁGINA 148]
Temos 155.198 eleitores
O colégio eleitoral de Santos é um dos primeiros do Estado e também ocupa posição de
evidência no País, sobretudo entre os municípios não-capitais.
Funciona no Município a 118ª Zona Eleitoral, que se preparava para as eleições de 15
de novembro de 1968 quando do lançamento deste livro. 98 dias antes, ou a 7 de agosto, com vistas àquele pleito, foi encerrado o prazo de inscrição
de novos eleitores, decorrendo vários dias para ser fixado o quadro de votantes hábeis, após a triagem de requerimentos e documentos dos eleitores
retardatários. Depois desse trabalho, que foi estafante, ficou assim quantitativamente definido o colégio eleitoral de Santos na atualidade:
Sede |
Eleitores masculinos |
88.547 |
154.296 |
Eleitores femininos |
65.749 |
Subdistrito de Bertioga |
Eleitores masculinos |
482 |
687 |
Eleitores femininos |
205 |
Vila de Itatinga |
Eleitores masculinos |
140 |
215 |
Eleitores femininos |
75 |
Total do Município |
Eleitores masculinos |
89.169 |
155.198 |
Eleitores femininos |
66.029 |
Seções eleitorais |
Sede |
392 |
395 |
Bertioga |
2 |
Itatinga |
1 |
Orquidário de Santos
Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo
Almanaque
[PÁGINA 145]
Santos - colégio sindical do Brasil
Santos é considerada Colégio Sindical do Brasil, pois os seus 78 sindicatos, em pleno
e regular desenvolvimento, abrangendo considerável massa de operários, dão ao Município alentada integração na vida de trabalho do País e justificam
o renome que ele alcançou na política nacional da espécie.
Em proporção à densidade populacional, a Cidade é o primeiro centro sindical da Nação,
superada, aliás, por poucas outras, em confronto direto.
O índice de trabalhadores sindicalizados bem demonstra o seu esclarecido interesse
pelos organismos de classe, podendo dizer-se que existem categorias profissionais com 85% ou 90% de sindicalizados, o que, na verdade, reflete fator
decisivo e seguro para o engrandecimento do sindicalismo santista e a conquista de melhores condições economico-jurídico-sociais à coletividade
classista.
Há sindicatos em Santos que, a par de sua expressão econômica, sobressaem pelo teor de
benefícios consagrados aos seus associados e dependentes - um deles até hospital próprio ostentará em 1969 - o que lhes dá condição de opulentas
unidades de entreajuda social. Em 1966, segundo a Divisão Regional do Trabalho, havia em Santos 77 sindicatos, reconhecidos pelo Ministério do
Trabalho e Previdência Social. Um deles não mais subsiste, mas vai surgir, se já não surgiu, o Sindicato das catadeiras e Costuradoras de Sacos,
como também se dissolveu uma associação profissional, sem desfalcar, contudo, o conjunto numérico sindical, pois aí está a Associação Profissional
dos Músicos e logo virá a Delegacia dos Corretores de Imóveis.
Desse modo, devem ser fixados em 4 os sindicatos de empregados; em 14 os de
empregadores; em 10 as delegacias sindicais, em 4 as associações profissionais de empregados e em 3 as associações profissionais de empregadores,
elevando-se portanto a 78 unidades o conjunto sindical de Santos, que é número pouco alcançado no País.
Orquidário de Santos
Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo
Almanaque
[PÁGINA 152]
Quantos veículos licenciados em 67
Segundo a Delegacia de Trânsito e Acidentes, no período de janeiro a dezembro de 1967
foram licenciados 25.257 veículos motorizados, assim pormenorizado o total:
Particulares |
18.220 |
Aluguel |
1.076 |
Carga |
3.845 |
Motocicletas |
1.528 |
Oficiais |
420 |
Experiência |
32 |
Aprendizagem |
30 |
Ônibus |
38 |
Mototriciclo |
3 |
Reboques |
61 |
Motorreboques |
4 |
No primeiro semestre de 1968, o número de veículos licenciados foi de 15.762, contra
18.136 em igual período de 1967. Até 31 de julho de 1968, isto é, durante os primeiros sete meses de 1968, o total de veículos licenciados atingiu
17.506 unidades.
Há declínio no movimento de licenciamento de veículos. Em 1965, por exemplo, o total
foi de 38.977 veículos licenciados. A causa é simples: os interessados levam seus carros para São Vicente, onde os licenciam porque as taxas são
menores que as de Santos.
[PÁGINA 143]
Vem aí a nova Via Anchieta
Foram os índios que abriram o primeiro caminho entre São Paulo e Santos, pelo qual
passou Martim Afonso de Sousa, em companhia de João Ramalho, em 1532, em sua jornada a Piratininga. Mais tarde, ou vinte anos depois, também os
índios fizeram outro caminho guiados pelo padre José de Anchieta, que ficou conhecido como Caminho do Padre José. Com a escalada do tempo, após
ingentes esforços, vencida a aspereza desse "espinhaço de dragão", que é a Serra do Mar, e dos rios que se estendem do Planalto à Baixada, o Caminho
do Mar tornou-se comodamente transitável, e, através dele, circulou grande parte da riqueza paulista.
O Caminho do Mar, que ainda ostenta os mais sugestivos atributos de turismo, pela
opulência paisagística, cedeu afinal sua vez à Anchieta, esse monumento da técnica rodoviária nacional, que tornou mais próximo o Planalto da
Baixada. Com duas pistas, de 7 metros cada uma, interligadas por três setores - Planalto, SErra e Baixada - tem 55 quilômetros de extensão e
capacidade para suportar pesos de até 8 toneladas por eixo de caminhão; dotada de rampas máximas de 6% na subida e 7% na descida, curvas com raio
mínimo e 100 metros na Serra e 400 metros no Planalto e na Baixada, a Anchieta possui no setor da Serra 11 viadutos na via ascendente e 13 na
descendente, além de 5 túneis nas duas pistas, com comprimento total de 783 metros. São 30 quilômetros de extensão no Planalto, 13 na Serra e 12 na
baixada, com o total, repetimos, de 55 quilômetros.
Pois apesar de sua funcionalidade e modernidade, a Via Anchieta está superada e não
mais atende à acentuada demanda de tráfego nas oportunidades da temporada de férias, na conjunção de domingos e feriados e até mesmo nos fins de
semana, chegando a ser adotado o sistema de "trânsito dirigido", com a sua utilização apenas na subida, sendo o tráfego para a Baixada desviado pela
velha mas sempre útil Estrada do Mar.
A Via Anchieta vai ser relegada a segundo plano, pois o Departamento de Estradas de
Rodagem, compreendendo a relevância econômica e social da ligação do Planalto com a Baixada, que aumenta de índice ano a ano, elaborou plano para a
construção de nova rodovia, ao lado da Anchieta, tornando mais tranqüila e segura a viagem ou passeio e encurtando de 10 quilômetros a ligação entre
a Capital e Santos. Segundo reportagem do conceituado jornal A Tribuna, que ouviu o engenheiro Ion de Freitas, um dos membros da Comissão de
Engenheiros encarregada do novo traçado, a nova Anchieta já teve suas obras chamadas agrestes iniciadas, devendo estar pronta para o tráfego em
1971, o que, por sinal, consideramos período ultra-rápido.
De qualquer maneira, porém, em 1971 ou mais adiantes, vamos ter uma nova Anchieta
suscetível de suportar a avalancha de circulação entre o Planalto e a Baixa, que as perspectivas asseguram e definem.
[PÁGINA 145]
Em 1967, trafegaram pela Via Anchieta 2.558.000 automóveis, em ambos os
sentidos, o que dá média de 6.930 carros por dia, 45.510 por semana e 212.339 por mês.
[PÁGINA 109]
Vem aí a Rio-Santos
A rodovia Rio-Santos, antiga BR-6, integrada no sistema da BR-101, na extensão de 512
quilômetros e acompanhando a faixa litorânea Norte, vai dar novas dimensões ao turismo de Santos e dos municípios que serão por ela servidos,
ademais da sua relevância estratego-econômica.
O projeto final foi concluído e as obras deverão iniciar-se ainda em 1968, com realce
em 1969, embora transitável a parte paulista, de Bertioga a São Sebastião, e a do Estado do Rio de Janeiro, com o aproveitamento do trecho de Barra
da Tijuca ao Canal de Sernambetiva.
A construção da Rio-Santos reflete, antes de tudo, um esforço e um empenho do
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, que ganhou maior desenvolvimento na gestão do atual ministro dos Transportes, o gaúcho Mário
Andreazza.
[PÁGINA 150]
A Praticagem no porto de Santos é exercida em sistema e cooperativismo,
por meio da Cooperativa dos Práticos da Barra de Santos, que também executa esse serviço no porto de São Sebastião. Seus cooperados eram em número
de 21, em 1966, todos com direitos iguais e salários que provêm da arrecadação de serviços prestados à navegação comercial. É livre a praticagem em
Santos, mas a maioria dos navios dela se serve.
Paço Municipal, na Praça Mauá
Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo
Almanaque
[PÁGINAS 124 A 126]
Este é o potencial médico-hospitalar
O potencial médico-hospitalar de Santos abrange hospitais, clínicas, enfermarias,
ambulatórios, postos, laboratórios, pronto-socorros, institutos e serviços em geral, mantidos não apenas pelos governos municipal, estadual e
federal, como também pela ação privada: em julho de 1966, segundo levantamento procedido pelo então Conselho Municipal de Turismo, o conjunto
médico-hospitalar do Município compreendia 158 unidades.
Santos possui 12 hospitais, sendo 7 especializados e 5 gerais, com capacidade total de
2.200 leitos, além de mais três em construção, que deverão elevar para 3.000 o acervo de leitos do conjunto hospitalar. São os seguintes os
hospitais: Santa Casa, 1.118 leitos; Beneficência Portuguesa, 220 leitos; Casa de Saúde Santos, 155; Hospital Ana Costa, 220 (Gerais),
Hospital-Sanatório Dr. Guilherme Álvaro, 233 leitos; Casa de Saúde Anchieta, 170 leitos; Maternidade Cid Peres,, 30 leitos; Instituto
Anglo-Americano, 11; Instituto Ortopédico São Lucas, 13; Casa da Esperança, 2 e 3 quartos isolados (especializados). É de registrar também a
Sociedade Luso-Brasileira de Santos, que dispõe de 15 leitos para os seus assistidos. Hospitais em construção: Hospital dos Estivadores, Caiçara e
São Luiz.
Funcionam igualmente: Posto Médico do INPS; Banco de Sangue da Santa Casa; Banco de
Sangue da Beneficência Portuguesa; Hospital de Cães e Gatos; Pronto-Socorro Central; Pronto-Socorro Lions Clube de Santos-Sul, com serviços
deferidos à Prefeitura Municipal; Pronto-Socorro de Areia Branca; Pronto-Socorro de Bertioga; Pronto-Socorro Clínica Forte; Pronto-Socorro Ana
Costa; Pronto-Socorro Santa Mônica; Pronto-Socorro Infantil do Gonzaga; Pronto-Socorro da Santa Casa e Pronto-Socorro Dentário "São Marcos".
Assistência para-hospitalar: Entre as unidades de assistência para-hospitalar
devem ser assinalados: 59 ambulatórios; 7 postos de Puericultura; 5 postos médicos; 3 enfermarias; 2 laboratórios farmacêuticos; 11 laboratórios de
Patologia Clínica; 2 bancos de sangue; Serviço de Assistência Médica de Urgência (Sambdu) e Departamento de Acidentes no Trabalho.
Serviços oficiais: Os serviços oficiais de saúde pública são desenvolvidos
pelas seguintes repartições e unidades:
Município - Departamento de Assistência Dentária Escolar, com Serviço de
Consultório Dentário Escolar e Serviço de Ambulância Odontológica; Departamento de Assistência Escolar, com Serviço de Consultório Médico Escolar,
Serviço de Prevenção da Tuberculose Infantil, Clínica de Orientação Infantil e serviços especializados de Otorrinolaringologia, Oftalmologia,
Eletrencefalografia e Patologia Clínica; Departamento de Assistência Pública, com o Serviço de Pronto-Socorro que mantém postos no Centro (Santa
Casa), Macuco, Zona Noroeste e Bertioga, controlados pelo Centro de Tele-Radiocomunicação, bem assim o Serviço Anti-Rábico e de Prevenção do Tétano,
Serviço de Eugenia e Serviço de Apreensão de Animais; Departamento de Fiscalização da Higiene Pública; Departamento Médico do Pessoal, com Serviço
de Admissão, Serviço de Revisão Médica, Serviço de Acidentes do Trabalho e serviços especializados de Otorrinolaringologia, Oftalmologia e
Psiquiatria; Departamento de Nutrição e Merenda Escolar, com Cantinas Municipais e unidades em convênio, serviços esses orientados e dirigidos pela
Secretaria de Higiene e Saúde, que também abrange a Superintendência do Abastecimento, fiscalizadora por sua vez do Mercado Municipal, Mercadinho de
Vila Matias e feiras-livres.
Estado: Centro de Saúde Martins Fontes, Repartição de Saneamento de Santos;
Delegacia de Saúde do Estado; Dispensários de Tuberculose (2), Unidade Móvel de Abreugrafia, Postos de Puericultura e Postos Médicos.
União: Inspetoria de Saúde do Porto, Departamento de Endemias Rurais (Serviço
de Combate à Peste Bubônica e de Prevenção da Febre Amarela); Dispensário Oftalmológico; Instituto de Tracoma e Higiene Visual; Inspetoria de Defesa
Sanitária Vegetal; Serviço de Defesa Sanitária Vegetal; Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários (Sipama); Laboratório de Análises de Vinhos;
Laboratório de Análises da Alfândega e Departamento Nacional de Obras e Saneamento.
Médicos, dentistas e enfermeiros: Com base no levantamento havido em julho de
1966, publicado em Santos em Números, monografia editada pelo então Conselho Municipal de Turismo, deve ser assim especificado o quadro de
médicos, farmacêuticos, dentistas e enfermeiros em exercício profissional no Município:
Médicos |
420 |
Cirurgiões-dentistas |
455 |
Protéticos |
25 |
Enfermeiros de alto padrão |
30 |
Enfermeiros licenciados, práticos de
enfermagem e auxiliares de enfermagem |
270 |
Farmacêuticos militantes |
105 |
Farmacêuticos não militantes |
5 |
Consultórios médicos |
290 |
Consultórios odontológicos |
355 |
Clínicas |
15 |
Laboratórios de Análises Clínicas (não
hospitalares) |
11 |
Farmácias e Drogarias |
122 |
Farmácias privativas (hospitais,
institutos etc.) |
11 |
Laboratórios industriais farmacêuticos e
homeopáticos |
2 |
[PÁGINA 150]
Previdência social
Os serviços de previdência social, agora unificados, são dirigidos e desenvolvidos
pelo Instituto Nacional de Previdência Social, cujo agente em Santos é o sr. Mariano Rossi e subagente o sr. Túlio de Renzo.
Em julho de 1966, o número de segurados em Santos era de 153.237, subindo a 20.182 o
de aposentados e a 11.924 o de pensionistas, número esse, é evidente, que se elevou em 68.
Durante o primeiro semestre de 1968, em seus três postos, a Agência Regional de Santos
do INPS atendeu a 228.940 segurados e beneficiários e procedeu a 12.912 hospitalizações. No capítulo de benefícios, houve o seguinte movimento
também nos primeiros seis meses de 1968; auxílio doença, 6.500; aposentadoria por invalidez, 8.700; aposentadoria por tempo de serviço, 6.642;
aposentadoria por velhice, 1.894; abono de permanência em serviço, 1.970; pensões, 11.101, com o total de 36.807 benefícios. Foram ainda pagos 6.840
benefícios, por auxílio natalidade e 1.200 por funerais, elevando-se, portanto, a 44.847 o total de benefícios no primeiro semestre de 1968. Foi e
NCr$ 36.374.164,50 o seu valor, com a média mensal de NCr$ 6.062.360,75.
Também nos primeiros seis meses de 1968, o Setor de Sinistros do INPS atendeu a 10.616
acidentes, elevando-se a NCr$ 2.244.681,54 as despesas com diárias e auxílio-doença acidentário (incapacidade temporária) e a NCr$ 52.764,10 os
valores pagos correspondentes às indenizações por incapacidade permanente e morte. As despesas com assistência ambulatorial-hospitalar atingiram a
NCr$ 489.342,47.
Igreja e convento de Santo António do Valongo
Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo
Almanaque
[PÁGINAS 108 E 109]
Esta é a terra da caridade
"À Pátria ensinei a Liberdade e a Caridade", é a legenda que se inscreve no brasão de
Santos. De fato, além de sua vinculação na autonomia política e administrativa do Brasil, pois um de seus filhos - o maior deles -
José Bonifácio de Andrada e Silva, foi o Patriarca da Independência, o Município ganhou tradição pelos postulados da
Caridade, aqui se levantando o primeiro hospital das Américas, a Santa Casa da Misericórdia, por obra de
Braz Cubas, em 1543, muito ressaltado, aliás, nos dias atuais pela sua capacidade assistencial.
Funcionam em Santos 13 estabelecimentos de atendimento a menores órfãos e
desamparados, com 1.163 internados; 7 creches e berçários, com 532 internados; 5 abrigos de cegos, com cerca de 110 assistidos e 8 asilos que
abrigam 451 velhos desprotegidos. Devem ser assinalados, entre outros: Educandário Santista, Educandário Anália Franco, Orfanato Olavo Ferraz, Lar
Veneranda, Casa da Criança, Abrigo Bom Pastor, Escola Imaculado Coração de Maria, Lar das Moças Cegas, Creche do Menino Jesus, Creche São José,
Asilo de Inválidos, Associação de Amparo do Tuberculoso Pobre, PAS, Assistência Social do Palácio e Casa de Estar.
Também devem ser salientados, pela obra assistencial que proporcionam, a Associação
Protetora de Menores, mantenedora da Cidade da Criança, construída em Solemar, em sistema de pavilhões-lares, com
capacidade para abrigar até 1.000 crianças desprotegidas; a Associação Casa da Esperança, que cuida da criança portadora de defeito físico, para o
que mantém hospital e ambulatório; Centro Espírita Ismênia de Jesus, que orienta e dirige o Abrigo Miguel Máximo, Vila dos Pobres, Cozinha dos
Pobres, Lar Paulo Junqueira e Escola Ordem e Progresso; berçário, dispensário de roupas e agasalhos e assistência médica, além de manter uma colônia
de férias em Ribeirão Pires; Escolinha Nossa Senhora de Lourdes, anexa ao hospital da Santa Casa, que ministra instrução gratuita à criança
defeituosa, em regime de semi-internato; Berçário das Senhoras Católicas, que dá roupa e agasalhos ao bebê nascido na Santa Casa, Assistência à
Infância de Santos, que, pelo Hospital da Gota de Leite, atende às crianças pobres, para o que dispõe de hospital e ambulatório, e o Albergue
Noturno, mantido pela Sociedade Amigos dos Pobres, que dá pousada a cerca de 30.000 criaturas pobres, em média, por ano.
Em Santos, todavia, funcionam muitas outras unidades particulares e oficiais, entre
católicas, espíritas, evangélicas, esotéricas, teosóficas e maçônicas, em número de 105, que abrangem todos os tipos de atendimento.
Em março de 1966 foi criado o Fundo de Assistência Social de Santos, que tem por
finalidade promover a coordenação e concentração de recursos financeiros, por meio de donativos e contribuições dos associados e de outros que a
diretoria alicia, a fim de distribuí-los eqüitativamente às associações assistenciais.
Todas essas unidades, dedicadas à proteção do menor, ao velho, ao cego, ao defeituoso,
enfim, a todas as criaturas que precisam de recursos para suas aflições, definem e alargam o campo da assistência social da terra que ensinou
Caridade e Liberdade à Pátria. |