Imagem: capa da publicação, com imagem dos jardins da praia de Santos
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Aspectos físicos
LOCALIZAÇÃO - Santos está localizada no litoral, possuindo as seguintes coordenadas geográficas:
Latitude - S.23º 56' e 26"
Longitude - W. Gr. 46º 19' e 47". distância entre Santos e São Paulo: 55 km pela Via Anchieta e 62
km pela Estrada Velha do Mar. A Anchieta tem 12 km na Baixada, 13 na Serra e 30 no Planalto.
LIMITES - Leste: São Sebastião; Norte - Santo André, Moji das Cruzes e Salesópolis; Oeste - Cubatão
e São Vicente; Sul - Oceano Atlântico e Ilha de Santo Amaro (Guarujá).
ÁREA - É de 749 quilômetros quadrados a área total do Município.
ALTITUDE - Junto à divisa do Município de Salesópolis, eleva-se a 1.275 metros. Chegando ao terreno
plano, onde se localizam a zona urbana e parte rural, a altitude é de apenas 2 metros, aproximadamente, em relação ao nível do mar.
CLIMA - Santos apresenta clima litorâneo de transição, tanto do ponto de vista das classificações
analíticas como das pluviométricas. Localizada sob o Trópico de Capricórnio e banhada pelas águas do Oceano Atlântico, em Santos prevalece o clima
quente e úmido, conforme indicam sua temperatura média anual superior a 20º C e pluviosidade elevada, compreendendo entre 2.000-2.500 mm. Santos
registra temperaturas máximas extremas de 38º e mínimas inferiores de 10º.
De modo geral, a sucessão do tempo em Santos pode ser assim caracterizada: a) tempo geralmente bom,
sob ação do anticiclone do Atlântico; b) perturbação do tempo ocasionada pelos diferentes tipos de frentes; c) ondas de calor provocadas pela
incursão de massa equatorial ou tropical-continente; d) ondas frias ocasionadas pelo estabelecimento do anticiclone móvel de origem polar sobre a
Baixada Santista. Nos períodos de 1957-1961 e de 1960 a 1965, a média dos anos climatológicos foi a seguinte:
Pressão atmosférica - 1.014,7 mb
Média das máximas - 29,3º C
Média das mínimas - 18,8º C
Média do bulbo seco - 23,5º C
Umidade relativa - 81%
Nebulosidade - 5/8
Precipitação total/média anual - 2.541 mm
Variação da temperatura:
Meses de temperatura mais elevada: dezembro e janeiro
Meses de temperatura menos elevada: junho e julho.
Variação pluviométrica:
Meses de maior índice: fevereiro e março
Meses de menor índice: agosto e setembro
CHUVAS - Segundo estudo in loco elaborado por Elina de Oliveira Santos e publicado em
A Baixada Santista, editado pelo Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, em 1965, as
chuvas denotam forte concentração nos meses de verão (971 mm de janeiro a março, com o máximo em fevereiro - 301 mm), contrapondo-se à diminuição
sensível em 3 meses de inverno (322,6 mm de junho a agosto), atingindo o mínimo em agosto (90,6 mm).
As chuvas começam em setembro e se estendem de outubro a maio, com índices menos superiores a 170
mm, exceção feita a novembro (161 mm). Chove normalmente em Santos, de 2.000 a 2.500 mm, chuvas essas que caem geralmente em 18 dias em janeiro e
durante 12 ou 10 dias nos meses de inverno.
No que concerne à gênese das chuvas na Baixada de Santos, ela é a mais variada possível. As chuvas
de verão são fortes, torrenciais, mas passageiras. No verão diminuem as chuvas de convecção, provocadas por correntes convectivas que formam nuvens
cumuliformes e tempestades locais, com relâmpagos e trovões.
VENTOS - Em Santos, na maior parte do ano, domina a calma, constituindo-se ventos
prevalecentes o vento S e o vento E, oriundos, respectivamente, do anticiclone polar e do anticiclone atlântico. Em qualquer mês do ano, reina a
calma em mais de 3%, constituindo vento prevalecente o vento Sul; entretanto, nos meses de inverno e início a primavera passa a dominar o Sudoeste,
especialmente em agosto, sentindo-se também com mais freqüência, nessa mesma época do ano, os efeitos do Noroeste.
Dos ventos mais constantes, pelo menos na área do porto, 95,6% assim se distribuem:
Calmaria - 53,6%
Este - 14,1%
Sueste - 10,6%
Sudoeste - 7,1%
Sul - 6,6%
Nordeste - 3,6%.
Os restantes 4% são representados por ventos de outros quadrantes. As velocidades máximas do vento
oscilam de 3,7 m/s para o SE e 4,5 m/s para os dois quadrantes S e NW.
UMIDADE DO AR - De acordo com a Companhia Docas de Santos, em sua publicação Porto de
Santos, em 1965, em conseqüência de observação da umidade do ar, numa duração de 19 anos, verificaram-se os resultados seguintes:
Máxima - 86% em maio
Mínima - 81,1% em dezembro
Média - 83,2%.
SOLOS - De modo geral, os terrenos da Baixada Santista, sobretudo os de Santos, podem ser
divididos em três espécies: a) planície enxuta-restingas, dunas manfrevitas; b) paludais; c) morros. A característica principal dos solos é a sua
heterogeneidade; a cobertura sedimentar é, em geral, formada por uma seqüência de argila e areias finas e grossas. Em certas áreas do Município, as
camadas de argila oceânica mole alcançam profundidade até 70 metros; na praia do José Menino, por exemplo, perfis de sondagem têm apresentado uma
camada superficial de areia compactada, de granulometria média, capeando uma série de camadas de argila orgânica, separadas por meio de camadas ou
lentes de argila. Especialistas em fundações recomendam o máximo de 10 andares para os edifícios de Santos; esse cálculo leva em conta hipóteses
desfavoráveis, mas firma a margem de segurança necessária para evitar a ruptura da camada inferior de argila.
MARÉS - Segundo a Companhia Docas de Santos, foram os seguintes os valores dos níveis
máximos e mínimos registrados no período de 1960-65 no mareógrafo da Torre Grande:
Ano |
Maré máxima (m) |
Maré mínima (m) |
1960 |
2,60 |
0,26 |
1961 |
2,69 |
0,28 |
1962 |
2,60 |
0,24 |
1963 |
2,52 |
0,30 |
1964 |
2,60 |
0,24 |
1965 |
2,56 |
0,30 |
RECURSOS MINERAIS - Toda Baixada Santista, e com ela Santos, é região relativamente pobre em
recursos minerais. Há comércio de pedreiras e saibreiras, como também exploração de areia e argila. A areia branca encontrada, depois de minerada, é
aproveitada em cerâmica e na fabricação de vidro plano.
ESTADO DO MAR - Consoante o código internacional de classificação do estado do mar que vai
de 0 a 9, o valor médio para a condição do mar, na barra, é de 1,9, significando uma relação entre mar tranqüilo e levemente agitado. No porto, o
mar é sempre calmo.
VISIBILIDADE - A visibilidade do porto é indicada pela escala 6.635 do Código Meteorológico
Internacional, que corresponde, no caso, à média de 7.800 m de alcance.
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Acidentes geográficos
SERRAS - Serra de Paranapiacaba, nas divisas de Santo André e Moji das Cruzes; Serra do Mar,
nas divisas de Salesópolis e São Sebastião. Serra do Morrão, junto à divisa de Cubatão; Serras de Taperovira, Quilombo, Jurubatuba, Cabuçu e
Quatinga (Quetiná ou Coatinga). (8)
MORROS - Cutupé, Diana, Gabriel, Boa Vista, Bananal, Morro da Senhorinha, Morro da Volta,
Morro dos Monos, Perequê-Mirim, Fornalha, Furna Grane, Morro do Tatu, Morro das Neves, Morro do Garapá ou Guarepá, Caetê, Monte Cabrão, Gaiubura,
Morro da Enseada, Morro de São Lourenço, Três Marrotes, Itaguá, Cedro, Morro do Bufo, Morro de S. Bento, Morro de Nova Cintra, Morro do Marapé,
Morro do José Menino, Morro do Fontana, Morro de Santa Maria, Morro da Penha, Morro da Caneleira, Morro do Saboó, Morro do Pacheco, Morro de Santa
Teresinha e Monte Serrate (35). (N.E.: mantida a grafia citada neste Almanaque para
locais que em outras publicações aparecem como Três Morrotes e Caiubura).
VALES E PICOS - Vale de Cabraiaquara (1) e Picos de Jaguareguava e do Itaguaçu (2)
LARGOS - Largo do Canéu, Largo do Candinho (canal de Bertioga) e Largo de Santa Rita, além
do Estuário (3)
RIOS - São Jorge, Quilombo, Jurubatuba, Diana, Trindade, Cabuçu, Iriri, Caiuara,
Jaguareguave, Fama, Itatinga, Itapanhaú, Praia, Rio dos Tachinhos, Vermelho de Cima, Itaguaré, Rio dos Alhos, Rio dos Monos, Perequê-Mirim, Perequê,
Guaratuba, Rio Branco e Rio Vermelho (23).
RIBEIROS - Cachoeira Grande, Fornalha, Espigão Comprido, Morrotes, Pedra Branca e Ribeiro da
Anta (6).
PRAIAS - José Menino, Gonzaga, Boqueirão, Embaré, Ponta da Praia, Indaiá, São Lourenço,
Boracéia, Guaratuba, Itaguaré e Enseada (11)
ENSEADA - Valongo.
ILHAS - Uruuqueçaba, Barnabé, Monte Pascoal e Ilha dos Bagres (4)
CANAIS - Santos (acesso ao porto), Bertioga e Neves (3).
Orla praiana de Santos, em vista desde o Morro de Santa Terezinha
Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo
Almanaque
[PÁGINA 118]
Metrópole regional
Santos é bem uma metrópole regional, não apenas pelo seu desenvolvimento urbano, que alcançou todas
as áreas e galgou os morros, senão também porque camadas populacionais de municípios e distritos vizinhos se integram em sua atividade de trabalho,
acomodação e recreativismo, atuando, portanto, em seu ambiente.
Considerada "capital geográfica do litoral paulista", a antiga Enguaguaçu revela nos dias atuais
impressionante capacidade de urbanização e cabais recursos de abastecimento, circulação e conforto, ademais do seu adiantamento cultural.
Cidade essencialmente comercial, sem cunho industrial, quer dizer, sem as "chaminés da indústria",
senão os inumeráveis estabelecimentos da indústria de transformação, ela assenta seu progresso econômico nos vários tipos de comércio, de que o
porto - o primeiro do País - é irradiador, por ser ainda o principal escoador de café, produto-base da riqueza nacional e que dá ao Município posto
de hegemonia na atividade aduaneira.
A sua rede bancária é a primeira do Estado, após a capital, e, no cômputo das praças bancárias do
País, ocupava em 1965 o 6º lugar em quantidade de estabelecimentos e o 8º lugar no acervo de saldos, entre depósito e aplicação, como hegemônica
também é a sua Câmara de Compensação de Cheques.
Grande centro proletário, comporta o maior número de sindicatos do Brasil, em proporção à densidade
demográfica, com destaque para a atividade ligada à previdência social, pois o Instituto Nacional de Previdência Social movimenta em Santos quase
160.000 segurados, ou 153.237, segundo estimativa apurada em julho de 1966, sendo de 25.000 o número de aposentados e de 15.000 o de pensionistas.
Doqueiros, estivadores, carregadores de café, carregadores de bagagem, conferentes de carga e
descarga, consertadores de carga, vigias portuários, profissionais liberais, comerciários em geral, funcionários públicos, industriários, pescadores
e elementos de ouras categorias profissionais, a que se incluem nomeadamente os homens de empresa, de todas as atividades do comércio e da
indústria, são os elementos que dão a Santos acento e segurança no movimento de pujança do seu progresso econômico.
Praia do José Menino
Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo
Almanaque
[PÁGINA 186]
Quantos somos
Além de restrita a sua superfície - 749 quilômetros quadrados - Santos não mais dispõe de áreas
urbanas para disseminar-se. 320.630 deve ser a população do Município em 1968, segundo processo de cálculo elaborado pelo extinto Grupo Executivo de
Planejamento, da Prefeitura Municipal, que considerou em 2.69% a taxa de crescimento e em 120 o grupo de habitantes por hectare, na zona urbana.
Macuco, Vila Matias, Boqueirão, Ponta da Praia, Morros, Campo Grande, Marapé, Gonzaga, Embaré e
Areia Branca são os bairros mais populosos, mas a população flutuante é da ordem de 5 milhões de forasteiros, por ano, segundo levantamento feito
pelo extinto Conselho Municipal de Turismo.
Deve ser considerado que ponderável contingente de habitantes transferiu, há anos, seus domicílios
para Vicente de Carvalho, Casqueiro, Piaçagüera, Vila Melo, Vila Margarida, Vila São Jorge e outros núcleos de São Vicente e Cubatão, dando a esses
municípios vigoroso aumento populacional, mas ao mesmo tempo fazendo decrescer o índice de densidade demográfica de Santos.
Eis o resultado dos três últimos censos realizados em Santos pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística: 1940 - 165.568 habitantes; 1950 - 203.562 habitantes; 1960 - 266.785.
[PÁGINA 117]
80% saneado o município
A rede de esgotos do Município data de 1905 e até 31 de dezembro de 1967 foram construídos
295.738,20 m de coletores, prevalecendo o sistema de separador absoluto. Em 31 de julho de 1968 havia 10 estações elevatórias, 1 estação terminal no
José Menino e 12,450 quilômetros de emissários, sendo 450 m em túnel.
31.400 prédios estavam ligados à rede de esgotos ou 75.000 unidades habitacionais, pois num prédio
de apartamentos, com 50 ou 100 unidades de habitação, é apenas contada uma ligação, que se faz, portanto, por prédio e não por unidades de
habitação.
É de 80% a porcentagem de saneamento de Santos. Computando-se as populações fixa e flutuante para
uma rede de cerca de 300 quilômetros, deve ser fixado em 0,70 m de coletor por habitante - índice, aliás, apenas superado por Belo Horizonte,
colocando-se, portanto, Santos em 2º lugar no País como cidade saneada. Em agosto de 198, a Ponta da Praia estava em adiantada fase de saneamento,
faltando apenas a Zona Noroeste a favorecer-se desse importante serviço.
Praia do José Menino
Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo
Almanaque
[PÁGINA 149]
Santos tem 30 bairros
Pela lei n. 3.529, de 16 de abril de 1968, foi instituído o Plano Diretor Físico do Município de
Santos, que tem como finalidades, em linhas gerais, assegurar o desenvolvimento físico racional, harmônico e estético das estruturas urbanas e
rurais; propiciar estruturas urbanas capazes de atender plenamente às funções de habitar, trabalhar, circular e recrear e proporcionar à população o
ambiente urbano que lhe permita usufruir uma vida social equilibrada e progressivamente sadia.
Abairramento - O abairramento do Distrito de Santos, que antes compreendia 20 bairros,
incluindo o Centro, passou para 30, ou especificamente: José Menino, Gonzaga, Boqueirão, Embaré, Aparecida, Ponta da Praia, Estuário, Macuco,
Encruzilhada, Campo Grande, Marapé, Jabaquara, Vila Belmiro, Vila Matias, Vila Nova, Paquetá, Centro, Valongo, Monte Serrate, Saboó, Alemoa, chico
de Paula, São Manoel, Caneleira, Santa Maria, Bom Retiro, São Jorge, Areia Branca, Castelo e Rádio Clube.
Zoneamento - Segundo ainda o Plano Diretor Físico, são as seguintes as zonas de uso do
Distrito de Santos: zona turística, zona residencial, zona mista leste, zona comercial central, zona comercial paisagística, zona
comercial-residencial, zona comercial industrial, zona comercial secundária, zona industrial, zona mista noroeste, zona residencial noroeste e zona
portuária.
[PÁGINA 149]
Ruas drenadas e pavimentadas
Consoante informação da Chefia da Divisão de Obras Públicas da Prefeitura Municipal, em 31 de julho
de 1968, era a seguinte a posição das ruas e demais logradouros de Santos com referência aos serviços de pavimentação e drenagem:
Ruas pavimentadas com asfalto - 1.320.526 m²
Ruas calçadas com paralelepípedos - 807.000 m²
Ruas drenadas em toda extensão - 486
Ruas parcialmente drenadas - 35
Galerias existentes - 119.332 m
Poços de visita - 2.040
Bocas-de-lobo - 5.628.
[PÁGINA 109]
Segundo a Divisão do Serviço de Emplacamento da Prefeitura, há no
município 756 vias públicas, entre ruas, praças, largos e travessas.
Aspecto das praias santistas
Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo
Almanaque
[PÁGINA 168]
Abastecimento de água em Santos
O serviço de abastecimento de água à população de Santos é desenvolvido pelo Serviço de Água de
Santos e Cubatão (SASC), unidade do Departamento de Obras Sanitárias da Secretaria de Serviços e obras Públicas, do Estado.
Em agosto de 1968, a extensão das linhas adutoras era de 68.000 metros, e o das linhas
distribuidoras de 610.354 m, havendo 4 estações elevatórias e 3 de tratamento, bem como 4 reservatórios. Capacidade de distribuição: 146.880 m³;
número de análises por ano: 3.000.
Até aquele período, era de 44.032 o número de ligações de água no Município.
Esses detalhes estatísticos foram fornecidos ao Almanaque de Santos pelo eng. Renato T.
Tanaka, superintendente do SASC.
[PÁGINA 136]
Consumidores de luz: 140.176
Segundo informações fornecidas ao Almanaque de Santos pela Light - Serviços de Eletricidade S.A. -
o consumo mensal de energia para fins de iluminação é de 12.370.941 kwh., elevando-se a 140.176 os consumidores de energia elétrica, no Município.
Obedecendo a 4 sistemas - luz incandescente, vapor de mercúrio, luz corrigida, vapor de mercúrio
luz mista e fluorescente - havia em 31 de junho de 1968 os seguintes focos:
Luz incandescente - 8.690
Luz corrigida de mercúrio - 1.680
Luz mista de mercúrio - 2.260
Fluorescente - 769
Total: 13.399 focos.
A extensão da rede de iluminação pública, segundo a Divisão de Serviços Contratados, da Prefeitura,
era de 402.000 metros, adotada a distância média de 35 metros entre pontos de luz, em ligação secundária.
Força - Em 31 de julho de 1968, de acordo com a Light - Serviços de Eletricidade S.A. -
havia 3.826 consumidores de força no Município, sendo alternada a característica da corrente, de 60 hertz. Durante o ano de 1967, o consumo geral
foi de 72.000 kwh.
A energia elétrica é fornecida, em parte, pela Usina da Light, em Cubatão, e em outra parte, menor,
pela Companhia docas de Santos, produzida pela Usina de Itatinga.
[PÁGINA 69 - "Eis, em síntese, a
história da City" - trecho]
Durante quase cem anos de existência, a atual Light Serviços de
Eletricidade S.A. foi administrada por H. K.Heyland, de 1881 a agosto de 1893; Hugh Stenhouse, de 1893 a 1911; Bernard Frederick Browne de 22 de
outbro de 1911 a 1937; Henry Thomas William Pilbeam, de 1937 a 1956; eng. Ciro de Carvalho Lustosa, de 1955 a 1956; R.G.C. Hansford, de agosto de
1956 a 1963 e R.S. McNeill, de 1963 a 1967. Atualmente, dirige a empresa o engenheiro Antônio Lotufo.
[PÁGINA 96]
28.802 telefones no Município
O serviço de telefones automáticos do Município é de concessão da Companhia Telefônica
Brasileira, que, em 1965, firmou novo contrato com a Prefeitura Municipal, pelo qual se estabelece um plano de expansão na modalidade de
auto-financiamento.
Neste final de 1968, as obras e serviços de ampliação da rede telefônica acusam índice
de adiantamento e, uma vez concluídos, a Companhia Telefônica Brasileira poderá atender não apenas a maior número de assinantes, mas também às
exigências de capacidade técnica, por força do novo contrato que firmou com o Município.
Em agosto de 1968, segundo a própria Companhia Telefônica Brasileira informou ao
Almanaque de Santos, havia no Município 28.802 aparelhos em 18.000 linhas e o número de pedidos de ligação de novos aparelhos era fixado em
3.402.
Dois eram os Postos Públicos, o n. 1 na Rua Itororó, 58, e o n. 2 na Avenida Ana
Costa, 456, contando-se 37 telefones públicos de discagem direta para São Paulo e 42 telefones públicos para ligações locais.
[PÁGINA 69]
Além de duas companhias telegráficas estrangeiras, a The Western
Telegraph Company Ltda. e a Italcable - Servici Cabográfici Radiotelefrafici - ambas operando pelo sistema de cabo submarino, há em Santos duas
empresas radiotelegráficas nacionais, a Cia. Radiotelegráfica Brasileira (Radiobrás) e a Companhia Rádio Internacional (Radional), mantendo ambas
regular serviço de telegramas para o exterior, telex internacional e telefonemas internacionais e interestaduais.
Praça José Bonifácio, com monumento ao Soldado Constitucionalista e a Catedral
Foto: José Dias Herrera, publicada no mesmo
Almanaque
[PÁGINA 144]
Eis a Bertioga
Bertioga tem história e tradição. É recanto
aprazível, pela opulência paisagística. Baluarte que foi do chão paulista, ainda hoje ostenta as muralhas da Fortaleza de São Felipe e a estrutura
do Forte de São João, restaurado pelo Instituto Histórico e Geográfico de Guarujá-Bertioga, que nele mantém o Museu João Ramalho.
Também são encontradas as ruínas da Armação das Baleias e da Igreja de Santo Antônio
de Guaibê. Não é demais afirmar que, dispondo da Armação das Baleias, Bertioga forneceu iluminação ao Rio de Janeiro, produzida por óleo dos
cetáceos, mas viveu durante séculos em plena escuridão, pois só em 1966 passou a contar com o serviço de eletricidade, graças ao empenho do atual
prefeito de Santos, eng. Sílvio Fernandes Lopes.
É de 1968 a lei que instituiu normas ordenadoras e disciplinadoras do planejamento
físico do Distrito de Bertioga, segundo a qual foram definidos o seu abairramento, zoneamento, sistema viário e expansão urbana.
De acordo com essas normas, o abairramento de Bertioga é dividido em praias,
observadas estas designações: 1) Praia da Enseada; 2) Praia de São Lourenço; 3) Praia de Itaguaré; 4) Praia de Guaratuba; 5) Praia de Boracéia.
As praias de Bertioga são lindas. Enseada, excelente para banhos, tem 12 quilômetros
de extensão; Itaguaré, 6 quilômetros; São Lourenço, 6 quilômetros; Guaratuba, 8 quilômetros e Boracéia, 10 quilômetros. Há dois rios piscosos:
Itaguaré e Guaratuba, ambos desaguando nas praias do mesmo nome.
Funciona em Bertioga a Colônia de Férias Rui Fonseca, inaugurada a 30 de outubro d
9148. Cidade em miniatura, ocupando área de cerca de 2.000.000 de metros quadrados, a colônia de férias mantida pelo Serviço Social do Comércio (Sesc)
dispõe de 5 pavilhões residenciais, além de 34 casas, restaurante, bar, cinema, biblioteca, consultório dentário, farmácia, posto telefônico,
instalações sociais e esportivas, tudo, enfim, a que o comerciário em férias e seus familiares possam aspirar.
No antigo Forte de São João, como referimos, está instalado o Museu João Ramalho,
aberto à visitação pública das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas, onde se distribuem os mais curiosos utensílios, objetos e quadros do tempo
antigo, com destaque para a Sala Hans Staden, onde se expõe um histórico com gravuras sobre a vida e a obra do explorador germânico.
Em Bertioga, há hotéis e restaurantes e o mais moderno deles é a Balsa.
Administra o Distrito na qualidade de
subprefeito, o sr. Alberto Alves da Silva.
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