Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/santos/h0287c.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 12/22/12 13:53:16
Clique na imagem para voltar à página principal

HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - TELECOMUNICAÇÃO
Um século de telecomunicações (3)

Leva para a página anterior
Datam dos anos finais do século XIX as primeiras referências sobre os serviços de telecomunicações em Santos. E, apesar de ser importante porto e estar próxima a centros de negócios como a capital paulista, só na década de 1980 (como o resto do Brasil) começou a ter serviços como a discagem direta à distância. Passou pelas eras dos telegramas, do telex, do fac-símile (fax ou telefax), do videotexto, dos BBSs e desembarcou na Internet, com todos os seus recursos.


Fichas telefônicas metálicas para ligações locais (1985) e à distância (1983)

Imagem divulgada via Internet/correio eletrônico em 2006

Em 1983, a novidade era o serviço de Discagem Direta Regional (DDR), e começava a luta pela integração telefônica (com tarifa local) entre cidades próximas, como Santos e São Vicente:


Anúncio publicado no semanário santista Jornal da Orla em 23 de janeiro de 1983

Uma amostra sobre como era o serviço telefônico na oitava década do século XX pode ser dada por esta notícia, publicada em 23 de janeiro de 1982 no jornal santista A Tribuna:

Na Baixada, novos telefones para interurbanos

A Telesp está fazendo uma inovação em todas as cidades da Baixada Santista. Trata-se da instalação dos telefones azuis "especiais", que permitirão a qualquer pessoa falar com todos os municípios brasileiros por meio de fichas, mesmo com as localidades que ainda não estão integradas ao sistema DDD - Discagem Direta a Distância.

Esses telefones, até o momento, já foram colocados em Santos na Estação Rodoviária, Casa do Café (porto), Parque Balneário Center, Supercentro do Boqueirão e na esquina da Rua Nagib Trabulsi com Avenida Bartolomeu de Gusmão. Em breve, a Telesp espalhará outros telefones azuis especiais nas vias públicas.

Para conseguir falar com qualquer cidade do território nacional, basta comprar a ficha usada para o DDD, que custa Cr$ 60,00, e chamar o 107. A telefonista efetuará a ligação na hora, não havendo mais demora para se conseguir falar com locais que não se integrem ao DDD. A Telesp está instalando esses telefones também em São Vicente, Cubatão, Guarujá, Praia Grande, Mongaguá, Peruíbe e Itanhaém.


Anúncio publicado na edição de 3 de janeiro de 1978 do jornal santista A Tribuna

Com a popularização da telefonia celular, os telefones públicos (apelidados de orelhões) entraram em declínio, e com a concorrência entre as empresas telefônicas, caiu a eficiência na manutenção deste sistema, como registra esta notícia, publicada em 20 de dezembro de 2011 no jornal santista A Tribuna, página A-6:


Muitos usuários de celular procuram os telefones públicos para as ligações interurbanas, mais caras

Foto: arquivo, publicada com a matéria

Opção econômica, orelhões são artigos raros

Da Redação

Se nas imediações da Praça Independência, no Gonzaga, os créditos do celular acabarem e você precisar fazer uma ligação, prepare-se para perder um pouco de tempo. Achar um telefone público funcionando não é coisa fácil.

No sábado, A Tribuna fez o teste. Em uma volta rápida naquela região experimentou 14 telefones. Em seis deles era impossível fazer ligações. Aparelhos mudos, que não completavam a ligação ou que, simplesmente, não existiam nas cabines. Todos estes problemas viram um tormento para quem quer apenas ouvir um "alô" do outro lado da linha.

Fato é que os celulares pré-pagos tiraram um pouco de brilho dos orelhões. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a venda de cartões telefônicos caiu 53% desde 2004 no Brasil. Porém, mesmo com o celular, tem gente que não abre mão do telefone público.

"Eu utilizo sempre", afirma Alessandra Cristina Ribeiro. O motivo é a diferença que os minutos no orelhão fazem no bolso. "É mais em conta. Algumas ligações estão fora das promoções do celular, por isso faço no orelhão", diz.

Alessandra confirma que não é fácil economizar com as ligações. "É sempre muito difícil encontrar um (telefone público) que esteja funcionando. Muitos, aliás, prendem o cartão da gente", reclama.

"Na orla, no Canal 1, é um sufoco", relata Mário Bonamici, que também utiliza os cartões telefônicos para equilibrar as contas.

Ele usa celular, mas afirma que o preço inviabiliza o interurbano no aparelho móvel. "Um dia estava na rua e precisava avisar sobre a morte de um parente, na Bahia, e não achei um telefone funcionando. Tive que voltar para casa", lembra.

Vandalismo – Santos tem 2.818 telefones públicos instalados. No Estado, há 250 mil aparelhos nos 622 municípios que compõem a área de concessão da Telefônica. O motivo principal dos problemas é o vandalismo.

Mensalmente, 25% dos orelhões sofrem algum tipo de vandalismo, afirma a empresa. Pelos cálculos da Telefônica, são gastos R$ 19,2 milhões por ano na recuperação dos orelhões.

"Em muitos casos, embora a depredação não seja visível, o aparelho pode apresentar defeito devido a pancadas, introdução de materiais estranhos e outros atos capazes de provocar problemas nos telefones", detalha a empresa.

A Telefônica mantém à disposição de seus clientes a Central de Atendimento, ligando para 10315, que funciona 24 horas, durante os sete dias da semana. A ligação é gratuita.