Estudantes deixam a Fortaleza de Itaipu
Vladimir Palmeira, Luís Travassos, José Dirceu, Marco
Aurélio, Luís Raul, Franklin Martins, Antonio Guilherme, Walter Covar e Omar Laino, os nove líderes estudantis que estavam presos na fortaleza de
Itaipu desde o dia 16 de outubro, logo após o malogrado congresso da ex-UNE em Ibiúna, foram ontem transferidos para São Paulo, onde serão
interrogados e responderão a processo, enquadrados na Lei de Segurança Nacional. O pedido de transferência dos estudantes para a capital foi feito
pelo secretário de Segurança Pública e ontem mesmo os jovens voltaram ao regime de incomunicabilidade. Parentes que os visitaram ontem foram
barrados à porta do forte pelos soldados.
Familiares dos nove estudantes presos na Fortaleza de Itaipu foram impedidos de
visitar os jovens que ontem à tarde foram transferidos para a capital
Estudantes deixam a fortaleza
Nove líderes estudantis que foram presos dia 12 de
outubro passado quando tentavam realizar o congresso da ex-UNE em Ibiúna e que desde o dia 16 estavam na fortaleza do Itaipu foram transferidos
ontem para as delegacias Sul e Oeste da capital, onde aguardarão para serem ouvidos no inquérito da 2ª Auditoria Militar.
Vladimir Palmeira, Luís Travassos, José Dirceu de Oliveira, Marco Aurélio Ribeiro,
Luís Raul da Mata Machado, Franklin Martins, Antonio Guilherme Ribas, Walter Covar e Omar Laino saíram da fortaleza às 16 horas num carro-cárcere da
Força Pública.
O pedido de transferência dos estudantes, segundo informou o ten. cel. Antonio Erasmo
Dias, comandante do Forte do Itaipu, foi feito pelo secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Hely Lopes Meirelles. Desde as 13 horas,
a escolta que deveria levar os estudantes para São Paulo era esperada pelo comandante, que por causa disso teve que impedir a visita de alguns
familiares que foram ao forte ontem para vê-los, inclusive de Ana Maria Palmeira, esposa de Wladimir.
Não gostaram - O tte.-cel. Antonio Erasmo Dias disse ontem que os estudantes
não gostaram quando foram informados que seriam transferidos para São Paulo. "Desde anteontem que eu já sabia da transferência dos moços. Por isso,
hoje de manhã providenciei um exame médico e dentário para eles". Depois da ginástica habitual, os estudantes tomaram banho, almoçaram e foram
arrumar suas coisas. Às 16 horas o caminhão da Força Pública chegou e os estudantes embarcaram.
O comandante informou que durante os 23 dias e meio que os estudantes passaram naquela
unidade militar, foram submetidos a interrogatórios informais, que não serão juntados ao processo a que terão de responder, na Justiça Militar.
Os soldados do forte de Itaipu mantiveram a
incomunicabilidade de Vladimir e seus colegas, impedindo visitas
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