Imagem: reprodução da primeira página do Diário Oficial de Santos de 2 de março de 2007

"AS ONDAS - SANTOS 21"

Projeto para Emissário é exposto em audiência pública

O projeto As Ondas - Santos 21, que vai transformar a plataforma do Emissário, no José Menino, em um parque público urbanizado, foi apresentado em audiência pública promovida pela Prefeitura, anteontem, na Associação Comercial. Esculturas em forma de ondas marcarão a entrada do parque e a ponta da plataforma.

Imagem: divulgação, publicada com a matéria

"AS ONDAS - SANTOS 21"

Prefeitura esclarece as próximas providências para concretizar o parque

A audiência pública sobre o projeto As Ondas - Santos 21, que vai urbanizar a plataforma do emissário, foi apontada pelo prefeito João Paulo Tavares Papa como "um passo importante na finalização do licenciamento ambiental e na autorização federal para o uso da plataforma do Emissário Submarino". As pessoas que lotaram o auditório da Associação Comercial de Santos (foto) foram informadas sobre as providências que a Administração Municipal está tomando para concretizar o parque público.

O Ibama já havia concedido em abril de 2004 a licença prévia para a construção do Museu Pelé no local, baseada no Estudo de Impacto Ambiental-Relatório de Impacto do Meio Ambiente (EIA-Rima), realizado pela Fundespa — empresa de consultoria ambiental ligada à Universidade de São Paulo (USP). "Estamos agora solicitando ao Instituto a reversão para o atual projeto e a devida autorização", explicou o prefeito, adiantando ainda que a permissão de uso pelo Serviço do Patrimônio da União (SPU) tem uma resposta preliminar positiva.

Na próxima segunda-feira, o projeto será levado por Papa ao governador José Serra e a diretores da Sabesp, visando a obtenção de apoio para a obra, já que a concessionária estadual deverá participar da sua concretização, conforme preconiza a sentença da Justiça Federal. Serra virá a Santos neste dia para assinar contratos dos primeiros lotes do programa de recuperação ambiental da Baixada Santista, no Palácio Saturnino de Brito (Avenida São Francisco, 128), às 12h30.

O custo total da implementação do parque está estimado em R$ 8 milhões, sendo cerca de R$ 6 milhões para as obras civis e R$ 2 milhões para paisagismo, iluminação e sistema de monitoramento por câmeras.

Assim que conseguir a licença ambiental definitiva e a autorização do SPU, a Prefeitura encaminhará o projeto ao Departamento de Apoio e Desenvolvimento das Estâncias, para que receba recursos do respectivo Fundo, aos quais o Município tem direito.

Vontade popular - Um cronograma histórico foi apresentado pelo prefeito, desde a construção da plataforma em 1978, até a sentença judicial de 18 setembro de 2006, que autorizou a sua urbanização. A decisão considerou a vontade popular expressada na pesquisa realizada em julho: nada menos que 85,3% dos ouvidos se manifestaram favoráveis à urbanização e 89,1% apontaram o parque público como a destinação ideal. Também levou em conta o projeto do parque, elaborado pelo arquiteto Ruy Ohtake com subsídios da Secretaria Municipal de Planejamento.

Foto: Cândido Gonzalez, publicada com a matéria

"AS ONDAS - SANTOS 21"

Público conhece o projeto de urbanização do Emissário

O projeto As Ondas - Santos 21, que transformará a plataforma do emissário num parque público urbanizado após quase 30 anos de entraves judiciais e burocráticos, foi aplaudido na noite de anteontem por uma platéia lotada, durante audiência pública promovida pela Prefeitura na Associação Comercial.

Arquitetos, vereadores, ambientalistas, esportistas, engenheiros, secretários e técnicos municipais, estudantes e a juíza da 4ª Vara Federal de Santos, Alessandra Nuyens Aguiar Aranha, ouviram as explanações do prefeito João Paulo Tavares Papa e do autor do projeto, Ruy Ohtake.

O parque será uma extensão dos jardins da praia com um toque contemporâneo, conforme definiu Ohtake: "A população de Santos e também os visitantes, sejam crianças, adolescentes, adultos ou idosos, terão espaços para recreação e educação, com um fundo lúdico". Ressaltando que a área se tornará naturalmente um importante ponto de atração turística, sintetizou: "É um projeto esteticamente interessante, socialmente útil e ambientalmente um modelo".

Plataforma - Estudantes poderão ter aulas ao ar livre, desenhar em lousas gigantes, participar de jogos educativos e brincar no playground ecológico. Os jovens e adultos disporão de pistas para caminhadas e corrida (com acesso da praia por meio de rampas), ciclovia integrada à da orla, pesca e jogos de mesa. Está previsto o Museu do Surfe, arquibancada e área para competições de skate e bicicross. Em toda a área, recantos para a contemplação do mar e da orla santista.

A plataforma tem cerca de 43 mil m², e as áreas ajardinadas e arborizadas se mesclarão aos serviços de suporte, como bicicletários, sanitários e vestiários. Esculturas em forma de ondas marcarão a entrada do parque e a ponta da plataforma.

Imagem: divulgação, publicada com a matéria

Esclarecendo dúvidas

Antes de elaborar o projeto, Ohtake visitou a área e conversou com seus freqüentadores, além de se posicionar sobre questões de salvamento de banhistas e segurança com o Corpo de Bombeiros.

Na audiência pública, o arquiteto esclareceu dúvidas dos interessados. Sobre o uso noturno, informou que está prevista iluminação para amplos espaços externos. Câmeras de segurança também estarão monitorando a área diuturnamente. Explicou também que a urbanização prevê o acesso de pessoas com deficiência.

O presidente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, Roberto Young, assistiu à explanação e destacou a presença de outros integrantes do colegiado. A audiência foi aberta e encerrada pelo presidente da Associação Comercial, José Moreira.

Na sua explanação, o arquiteto Ruy Ohtake disse que o parque será uma extensão dos jardins da praia com um toque contemporâneo

Foto: Cândido Gonzalez, publicada com a matéria