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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - EMISSÁRIO
Geisel inaugura emissário de esgoto (3)

Foi em 21 de julho de 1978
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Origem de uma polêmica que atravessou as décadas seguintes - o que fazer com a plataforma resultante do enrocamento protetor das tubulações - o emissário submarino de esgotos na praia do José Menino foi inaugurado solenemente em 1978 com a presença do presidente da República, Ernesto Geisel. Ampla cobertura jornalística foi feita pelo jornal santista A Tribuna, que publicou, na edição de sábado, 22 de julho de 1978:
 
"Nada vos peço em reconhecimento pelas obras que realizamos, a não ser compreensão. O governo vale pelo apoio que o povo lhe dá, e nessa conjugação de esforços, nós seremos invencíveis", disse o presidente Ernesto Geisel, ao inaugurar ontem o emissário de esgotos. Também foram assinados os contratos, no valor de Cr$ 11,2 bilhões, para execução de obras de água e esgotos na Grande São Paulo, Litoral e Interior.

Apesar do rigoroso esquema de segurança, as autoridades dos governos da União e do Estado chegaram a se aproximar do povo, e o presidente Geisel foi ovacionado ao chegar ao José Menino. Ainda durante a sua estada, o coronel Ruben Ludwig, assessor presidencial, confirmou que Paulo Maluf, candidato ao Governo do Estado, será em breve recebido em Brasília, fato que representará a aceitação definitiva de sua vitória sobre Laudo Natel.

Entre as ocorrências pitorescas, os vereadores da Arena tiveram a sua entrada ao palanque oficial barrada pela segurança do presidente da República. E Paulo Maluf negou ter autorizado a formulação de um manifesto, na Baixada, de apoio e solidariedade à sua candidatura.

Cerca de 3.000 pessoas aglomeraram-se junto ao palanque oficial
Fotos e reprodução do título, da matéria

Geisel inaugura o emissário e afirma que receberá Paulo Maluf

O presidente Ernesto Geisel vai receber, em audiência especial, o candidato indicado pela convenção paulista da Arena ao Governo do Estado, Paulo Salim Maluf. Esse foi o principal fato político ocorrido durante a estada do presidente da República na Baixada Santista, eliminando, definitivamente, as dúvidas que ainda existiam quanto à aceitação da candidatura de Maluf, que se colocou ao lado de Geisel durante as solenidades no emissário submarino de esgotos da Sabesp, junto com o atual governador, Paulo Egídio Martins.

Por várias vezes, Maluf e Geisel trocaram sorrisos e cumprimentos. Já na Cosipa, ao ser cumprimentado pelo presidente da República, Maluf ouviu o seguinte, do chefe da Nação: "Paulo está tranqüilo". A declaração foi ouvida por vários políticos, entre eles o deputado federal Athié Jorge Coury.

Ao chegar ao canteiro de obras do emissário, no José Menino, Maluf repetia com evidente satisfação: "Nós almoçamos juntos com o presidente da República e, se vocês quiserem (dirigindo-se aos jornalistas que o assediavam), podem perguntar ao coronel Ludwig sobre a audiência em Brasília".

Efetivamente, o coronel Ruben Ludwig, secretário de Imprensa do presidente Geisel, indagado sobre a audiência, confirmou-a, nestes termos: "Sim, é verdade, o presidente da República vai receber o Paulo Maluf em audiência, só que não existe ainda uma data certa, vai depender da agenda presidencial, e acho que será possível nos próximos dias".

Isso representa, implicitamente, a aceitação definitiva, ou mesmo a sacramentação da candidatura de Paulo Maluf ao Governo do Estado? A essa pergunta, o coronel Ludwig respondeu de forma clara e objetiva: "Não há o que sacramentar, a situação já está definida".

Sem manifesto - "Manifesto? Mas que manifesto?" Paulo Maluf mostrou-se surpreso, ao lhe ser formulada a indagação sobre se teria autorizado alguém a passar um manifesto, na região da Baixada Santista, em solidariedade à sua candidatura ao Governo do Estado. "Ignoro completamente o assunto", respondeu o candidato indicado pela Arena, a propósito do documento que, segundo o ex-vereador Roberto Mehanna Khamis, estaria sendo subscrito com o conhecimento e a aprovação de Maluf.

Como se recorda, Khamis, por diversas vezes, informou à imprensa que estaria encarregado de colher assinaturas ao manifesto, dirigido ao presidente Ernesto Geisel, e pelo qual os políticos exponenciais, as "forças vivas" da região e os representantes de classe endossariam a oportunidade e conveniência de Maluf governar São Paulo.

Por outro lado, Maluf desmentiu que já estivesse na fase de examinar os nomes a serem indicados para os cargos de prefeitos nomeados em municípios sem autonomia política, como é o caso de Santos e Cubatão, explicando que ainda é cedo para isso.

Assim, o lançamento dos nomes de Sílvio Fernandes Lopes e Athié Jorge Coury, feitos ainda por Mehanna, não tem confirmação, ao menos no plano oficial. Sílvio, por sua vez, fez questão de desmentir que estivesse postulando a chefia do Executivo municipal. Na verdade, antes da chegada de Geisel, Sílvio e Carvalho mantiveram uma animada conversa, ambos esclarecendo que, postas de lado as divergências políticas, ainda existe consideração e amizade entre eles. Carvalho repetia: "Onde está o tal manifesto do Mehanna? Eu quero ver esse manifesto, por que será que ele não mostra?" Sílvio disse que, por ter sido prefeito eleito de Santos em duas ocasiões, não está "em condições psicológicas nem políticas de aceitar o cargo por nomeação", embora ressalvando que "isso não significa qualquer tipo de desprestígio ou demérito a outra pessoa que eventualmente vier a se tornar o prefeito nomeado de Santos".

Athié, também citado como um dos possíveis ou prováveis na lista de sucessão, deixou o assunto no ar: "Depende do que acontecer, principalmente do que o povo desejar; as reformas estão aí, os partidos atuais vão acabar, por enquanto eu sou apenas candidato a reeleição".

34 minutos de discurso: Geisel falou de improviso

O presidente Geisel adentrou a área do emissário às 14,55 horas, quinze minutos além do horário que estava no programa da assessoria de imprensa da Presidência da República. Às 14,57 horas, Geisel, Paulo Egídio e diretores da Sabesp visitaram uma exposição de painéis retrospectivos do período de construção do emissário submarino. A exposição sobre a execução da obra foi coordenada pelo presidente da Sabesp, Reinaldo Emigdio de Barros, e durou exatamente 15 minutos.

Saindo da sala de painéis, Geisel descerrou a placa comemorativa da inauguração do emissário, que contém palavras do chefe da Nação - "Dar habitação, dar água, dar saúde, proporcionar serviços de esgotos, faz parte dos direitos humanos" - e a inscrição: "Início de operação do emissário submarino de esgotos de Santos - governador Paulo Egídio Martins".

Em seguida, o presidente da República e os membros de sua comitiva subiram ao palanque armado no canteiro de obras. A programação estabelecia que, além da assinatura de contratos de financiamento entre o BNH e a Sabesp, haveria apenas o discurso do governador do Estado. Porém, depois do pronunciamento de Paulo Egídio, que durou 18 minutos, o ministro Rangel Reis fez um discurso de 6 minutos e finalmente usou da palavra o presidente Geisel, durante 10 minutos.

Paulo Maluf aproveitou a deixa e cumprimentou numerosos populares
Foto publicada com a matéria

Na Ponta da Praia, uma calorosa recepção popular

Sob forte esquema de segurança, implantado muitas horas antes, o presidente Ernesto Geisel, acompanhado do governador Paulo Egídio Martins, dos ministros e de pequena comitiva, desembarcou da R-63 da Polícia Naval da Marinha do Brasil, no píer da Ponte dos Práticos, na Ponta da Praia, exatamente às 14,40 horas. A R-63 atracou sem maiores problemas, apesar do mar encrespado e do vento, enquanto outro barco homônimo da Marinha, o R-64, que funcionava como escolta, permaneceu ao largo.

Só o pessoal de segurança teve acesso à Ponte dos Práticos, com apoio de policiamento da Marinha e da Aeronáutica. O presidente Geisel, sempre ao lado do Governador do Estado, caminhou cerca de 30 metros até o Ford-LTD que o conduziria ao José Menino e, quando ia embarcar no veículo, decidiu cumprimentar o pequeno mas entusiasmado público que o aguardava do outro lado da Av. Saldanha da Gama, na calçada em frente ao Clube de Regatas Saldanha.

A quebra do protocolo surpreendeu ao próprio governador Paulo Egídio Martins, que foi obrigado a um pequeno "pique", juntamente com o pessoal da segurança, para acompanhar os passos decididos do presidente até o encontro com o povo. Muito aplaudidos, o presidente Ernesto Geisel e o governador do Estado apertaram a mão de muitos populares, um dos quais, bastante emocionado, não se conteve: chegou às lágrimas quando o presidente Geisel o abraçou.

A comitiva - Com 10 batedores da Polícia Militar à frente, com suas motocicletas a comitiva presidencial, integrada por 12 carros oficiais, se deslocou da Ponta da Praia ao José Menino em cerca de 10 minutos, percorrendo a pista interna (lado dos edifícios) das avenidas Saldanha da Gama, Bartolomeu de Gusmão, Vicente de Carvalho e Presidente Wilson, chegando à área fronteira ao emissário submarino de esgotos da Sabesp às 14,55 horas.

No percurso Ponta da Praia-José Menino, o presidente Geisel foi saudado por milhares de pessoas, postadas nas calçadas, em frente dos prédios, e no alto dos edifícios, onde se viam muitas bandeiras brasileiras sendo desfraldadas. A maior concentração popular, entretanto, ocorreu entre o Aquário Municipal e a Av. Siqueira Campos, e depois, na área entre o Canal 1 e a Rua Santa Catarina. No 11º andar do Edifício Iberê, na Rua Newton Prado nº 3, onde reside o ex-vereador Carlos de Moraes Carneiro, via-se uma faixa de saudações ao presidente Ernesto Geisel, ladeada por duas Bandeiras brasileiras.

Como na Ponta da Praia, também no José Menino foram colocadas dezenas de faixas de saudação ao presidente Geisel e ao governador Paulo Egídio Martins, além de outras agradecendo a inauguração do emissário e as verbas destinadas ao Sanegran.

Policiamento - Praticamente todo o efetivo da Polícia Militar em Santos esteve nas ruas, ontem, desde as primeiras horas da manhã, compondo vários esquemas alternativos para a passagem da comitiva presidencial. É que tanto a viagem da Cosipa até a Ponta da Praia, em barco da Marinha, como o regresso ao Planalto por helicóptero (que acabou prevalecendo) estiveram ameaçados pelo mau tempo e pelos fortes ventos que castigaram a Baixada.

À entrada da Cidade, desde a Av. Martins Fontes até o José Menino, via túnel, tanto pela Bernardino de Campos como pela Pinheiro Machado, o dispositivo de policiamento e de trânsito esteve a postos desde as 10 horas. O mesmo (e forte) dispositivo policial esteve a postos na Ponta da Praia e ao longo das avenidas à beira-mar, com mais de 100 guardas distribuídos em todos os acessos das avenidas Saldanha da Gama, Bartolomeu de Gusmão, Vicente de Carvalho e Presidente Wilson. A vigilância esteve perfeita, porque em nenhum momento a comitiva presidencial encontrou obstáculos, com os carros da caravana desenvolvendo média de velocidade de 50 quilômetros por hora.

Em tempo hábil, foram providenciados os desvios de trânsito, na Ponta da Praia, e no José Menino. O serviço de ferry-boat para Guarujá esteve paralisado somente 8 minutos, enquanto o serviço de barcas Santos-Vicente de Carvalho só deixou de operar quando da passagem das lanchas da Marinha que conduziam o presidente e a comitiva.

Desvio de trânsito provoca congestionamento
Foto publicada com a matéria

O discurso de Geisel

Esta é a íntegra do discurso proferido pelo presidente Ernesto Geisel, de improviso, na inauguração do emissário submarino:

"Senhoras e senhores, nas minhas andanças pelo território nacional, por este imenso Brasil, dentro daquilo que faz parte do meu dever, vim hoje a esta região da Baixada Santista. A minha visita tem, em parte, um aspecto sentimental, por voltar a uma área em que, há cerca de 25 anos, por azares da minha vida, eu vim trabalhar. Vim aqui em 1954, uma época de crise, dirigir a Refinaria de Cubatão, que acabava de ser inaugurada. E tive então que viver por algum tempo em Santos.

"É lógico que a recordação desse passado, na idade em que hoje me encontro, me emociona, e me faz rever épocas mais felizes e minha vida. Mas, ao lado desse aspecto sentimental, há outras razões, de Estado, que me fazem vir aqui hoje. Assisti, de manhã, ao maior programa de desenvolvimento da grande usina siderúrgica que é a Cosipa. É uma usina em pleno florescimento, numa fase de restauração, atingindo recordes de produção, que hoje ultimou a segunda fase de sua expansão, e iniciou a implantação das estacas para a terceira fase.

"É um desenvolvimento de natureza material, mas que conta com a cooperação dos que ali vivem e trabalham. E agora vim aqui participar da cerimônia dos novos contratos de financiamento e inauguração desse emissário de esgoto da Cidade de Santos. São realizações que se fazem em São Paulo e em todo o Pais. Procuramos desenvolver o Brasil, apoiando e dando mais recursos aos estados que não atingiram ainda o nível que São Paulo já tem. Mas não nos esquecemos de São Paulo, continuamos a ver em São Paulo o Estado principal da Federação.

"Pela sua pujança econômica e pelo volume de população que ali vive e progride;  pelo que São Paulo realizou em benefício de toda a nacionalidade. Nesse Estado preocupa-nos, sobremodo, dar solução - dentro de nossas possibilidades - aos problemas sociais. Como bem mostra essa placa de inauguração, no final, na raiz, estamos de fato resolvendo o problema de direitos humanos. Direitos essenciais à vida de nossa comunidade, se é que nós queremos amanhã ter um lugar tranqüilo ao Sol que ilumina o mundo inteiro.

"É um esforço grande que se realiza através da conjugação dos governos Federal, Estadual e do Município. Mas também através da população, que aqui vive e contribui para esse esforço, e colhe os seus resultados. Nada vos peço em reconhecimento pelas obras que aqui realizamos, a não ser compreensão, que nos animem, pela sinceridade de nossos propósitos, pelo muito que, desde 1964, através de nossa Revolução, temos feito pelo nosso Brasil.

"Compreensão necessária, de que o Governo, o tipo de governo, pouco vale. Vale pelo apoio que o povo lhe dá, porque se nós soubermos conservar essa união, soubermos fazer com que o povo creia no Governo, e o Governo continue a acreditar no povo, os obstáculos, as dificuldades, a carência de recursos, nada representarão, porque nessa conjugação de esforços nós seremos invencíveis, e faremos tudo aquilo que o Brasil precisa. Muito obrigado".

Ao pé do marco comemorativo, no emissário, Geisel, Paulo Egídio e o presidente da Sabesp: missão cumprida
Foto publicada com a matéria

"Vivemos um dia histórico"

"Hoje, vivemos um dia histórico. Só aqueles que, como eu, aqui viveram; aqueles que, como eu, passaram a infância nesta Praia do José Menino, podem avaliar o que significa a inauguração desta obra, porque desde 1912, desde o Plano Básico de Saturnino de Brito, a população de Santos e da Baixada Santista aguarda aquilo a que hoje o presidente Geisel dá início: ao funcionamento do emissário submarino".

Assim o governador Paulo Egídio Martins começou o retrospecto dos esforços acentuados de sua administração para implantar o programa de saneamento básico da Baixada Santista, considerado prioritário também pelas autoridades federais.

No discurso pronunciado ontem à tarde, durante a inauguração daquele complexo, o governador paulista frisou que se tratava de uma "prestação de contas ao presidente da República, que sempre se empenhou ao máximo para fazer cumprir os programas elaborados, autorizando, inclusive, financiamentos jamais liberados para as obras de saneamento de todo o Brasil".

Lembrou que, na assinatura dos primeiros contratos, o presidente Geisel dissera que já havia planos e recursos; estes, porém, de nada valeriam se não fossem transformados em realidade.

O governador Paulo Egídio acentuou que a sua administração se empenhara sempre e sempre conseguira a conclusão das obras programadas, dentro dos prazos de contrato.

Comparando com o que fizeram os seus antecessores, disse que, até março de 1975, somente dois municípios integravam a rede atendida pela Sabesp. "Hoje, são mais de 205 cidades filiadas ao programa de saneamento e abastecimento de água, o que quer dizer que mais de 60 por cento da população de todo o Estado de São Paulo são beneficiados".

Quanto à implantação de redes coletoras de esgoto, assegurou que de abril de 1975 até hoje foram implantados 5.671 quilômetros de canos e adutoras, contra 8.400 quilômetros até então existentes. "E vamos implantar mais 512 quilômetros, se Deus quiser, até o final de nosso Governo".

Ele ressaltou que esse esforço foi altamente compensador, refletindo-se diretamente na redução da mortalidade infantil, na região da Grande São Paulo. "Podemos assegurar que hoje, 80 por cento da população dessa área é servida pelas redes de saneamento, o que significa que nada menos do que 15 mil crianças, menores de um ano de idade, são poupadas anualmente".

Despoluição - Referindo-se, por fim, ao emissário submarino, afirmou que o sistema era, na realidade, o primeiro passo definitivo e irreversível para a despoluição das praias santistas.

"Com o complexo em funcionamento, nada menos do que 350 litros de esgoto por segundo deixaram de ser lançados às praias, pelos bueiros ou pelos canais. O seu serviço supera as expectativas, e essa é apenas uma pequena parte das obras programas para a região".

O governador enumerou as obras em execução ou andamento nos municípios vizinhos - Praia Grande, Guarujá (notadamente em Vicente de Carvalho) -, explicando que restaria apenas um foco poluidor: o Município de Cubatão, que não integra a rede de cidades servidas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O governador paulista encerrou prometendo cumprir fielmente o programa fixado pelos contratos, "envolvendo talvez o maior plano de saneamento de todo o mundo", e repetindo, "o pronunciamento dos mais felizes do presidente Geisel: 'Dar habitação, dar água, dar saúde, proporcionar serviços de esgoto, faz parte, também, dos direitos humanos'".

No José Menino, Geisel quebra protocolo e cumprimenta o povo
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