SANTOS - Concha Acústica pode voltar a funcionar. Mas
há condições
Foto: Claudio Vitor Vaz, publicada com a matéria, na página A-1
Concha Acústica pode voltar à ativa
Da Redação
Uma
ação rescisória é o caminho para reverter a proibição de uso da Concha Acústica de Santos. Para que isso seja possível, é necessário que o
equipamento receba melhorias técnicas que impeçam a vazão do som ou, em último caso, que a construção seja refeita.
A informação foi dada pelo promotor de Justiça da área de Meio Ambiente e Urbanismo, Daury de Paula Júnior, durante audiência pública sobre o
espaço cultural, na última terça-feira, na Câmara. O encontro foi proposto pelo vereador Reinaldo Martins (PT).
"É uma situação reversível, desde que se encontre uma solução técnica para evitar que se ultrapasse o nível de ruído permitido por lei", comentou
o promotor. A outra solução seria reconstruir o equipamento, já com as adequações.
Daury de Paula Júnior explicou que, ao Ministério Público (MP), não cabe qualquer outra alternativa para reverter a decisão judicial, pois esta já
transitou em julgado em 2001 – ou seja, é definitiva.
A representação para que as atividades no local fossem interrompidas partiu do próprio MP, em 1993, a pedido de moradores das imediações que
reclamavam do som emitido durante as apresentações.
Segundo Daury, o que o MP pode fazer é receber a demanda do interessado – no caso, o Município. "É simples: se o fato não for o meso, a situação
atual pode mudar". Em outras palavras, uma nova configuração da Concha Acústica, devidamente adaptada. "Aí vamos ao juiz e, após as medições de
decibéis, informamos que a situação foi revertida".
O promotor elogiou a estrutura do equipamento atual, obra do arquiteto Carlos Prates, da Prodesan. "O problema é o palco estar virado para os
prédios; se fosse para o mar, talvez não houvesse reclamações".
Insatisfatório
– Segundo Selma Ornelas, coordenadora de Equipamentos Culturais da Secretaria de Cultura (Secult), uma empresa foi contratada em 2003 para
solucionar o problema. Mas o resultado não foi satisfatório. "Infelizmente, as medições (do MP e da Cetesb) revelaram que pouca coisa havia mudado".
No momento, não há outra proposta de reforma ou reconstrução do equipamento na secretaria.
"Após a proibição, a Concha deixou de ser um atrativo turístico
e, pior, espaço para revelar novos artistas da Cidade", avaliou Martins.
Retomada dependerá de
adaptações ou até da reconstrução do local
Foto: Claudio Vitor Vaz, publicada com a
matéria, na página A-4
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