À ESPERA DA LUZ
Enquanto a energia elétrica não chega ao bairro do Iriri, Raimundo Vieira dos Santos
passa as noites sob a luz do lampião. Situada na área continental de Santos,
a região ainda não conta com o serviço. A Companhia Piratininga de Força e Luz informou
que está realizando estudos para apurar a viabilidade da obra
Foto: Walter Mello, publicada com a matéria
DESENVOLVIMENTO
Iriri ainda espera por energia elétrica
Da Reportagem
Os moradores do Iriri, na área continental, ainda
aguardam a chegada de energia elétrica. Como a instalação dos cabos e dos postes não depende apenas da Prefeitura, mas também da Companhia
Piratininga de Força e Luz (CPFL), o processo pode se arrastar por algum tempo.
Em Campinas, de acordo com a assessoria de comunicação da empresa, estudos estão sendo
feitos para apurar a viabilidade da obra.
O coordenador da Área Continental da Prefeitura, José Renato da Silva Mendes, informou
que a CPFL é quem vai avaliar o orçamento para saber quanto custará a colocação dos cabos e dos postes.
Conforme a assessoria de imprensa da CPFL, a Prefeitura já enviou uma solicitação à
empresa. Segundo a Piratininga, a área de Engenharia está realizando um estudo para verificar o que é necessário para instalar a rede elétrica no
local.
A empresa também vai avaliar a demanda, o número de casas, a distância e a topografia
do bairro. "Em breve daremos uma resposta", garantiu a assessoria.
Aprovações - Para a realização da obra, entretanto, há outros pontos a serem
observados, conforme a engenheira da Coordenadoria de Elétrica da Secretaria de Obras e Serviços Públicos do Município (Seosp), Sandra Cristina
Ioselli. "Existem vários fatores restritivos", destacou. Segundo ela, a questão ambiental é um deles. "Dependemos da aprovação junto ao Ibama e ao
Departamento Estadual de Preservação de Recursos Naturais, já que há necessidade de limpeza da faixa, com poda de árvores da Mata Atlântica".
O Departamento de Estradas e Rodagem (DER) também precisa aprovar o projeto e
autorizar o uso da faixa que é de domínio dele. "É uma coisa demorada. Todo dia nós ligamos em Campinas (sede da CPFL). A Prefeitura está
empenhada", ressaltou Sandra.
Lampião - Enquanto a energia elétrica não chega, Raimundo Vieira dos Santos,
morador do Iriri, passa as noites sob a luz do lampião. Já o morador Erivaldo Vieira de Melo, vice-presidente da sociedade de melhoramentos do
bairro, utiliza duas baterias de um Mercedes e mais quatro pequenas.
Há oito anos morando em Iriri, Melo se diz enganado. "Quando comprei o terreno, o
proprietário me disse que em seis meses a luz chegava".
Moradores têm de usar lampião para poderem ler à
noite
Foto: Walter Mello, publicada com a matéria
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