Cubatão abre guerra aos
lixões de Santos e SV
O prefeito de Cubatão, Nei Serra, decretou guerra aos
lixões de Santos e São Vicente, que por falta de tratamento adequado pelas administrações das cidades em que se localizam, terminam por
prejudicar o município cubatense, notadamente os moradores do bairro do Jardim Casqueiro.
Por várias vezes, a Prefeitura de Cubatão tentou acordo amigável com Santos e São
Vicente, sem qualquer resposta, resultando em notificação judicial. Para o prefeito Nei Serra, essas ações poderiam ser evitadas se "a Cetesb não
estivesse tão condescendente, pois da mesma forma que as indústrias são multadas, o Poder Público deve responder quando causar prejuízo à saúde e ao
meio-ambiente".
A guerra contra os lixões será oficializada junto ao governador do Estado,
Secretaria Estadual do Meio-Ambiente, presidência da Cetesb e do Ibama, bem como a todas as Prefeituras e Câmaras da Baixada Santista. Outras
medidas estão sendo tomadas pelo prefeito cubatense, como a realização de exposições fotográficas sobre os lixões e suas causas.
Acomodação - Há anos o lixão do Dique Sambaiatuba, em São Vicente, cujo
mau cheiro e problemas atingem até o centro do município e bairros de Santos e Cubatão, foi condenado pela Cetesb, sem que no entanto uma medida
enérgica tenha sido adotada. Há anos a administração de São Vicente fala na implantação da usina de compostagem, no Distrito de Samaritá, mas alega
que isto ainda não foi possível pela distância entre a sede do município e o Distrito. Enquanto isso, o problema se arrasta.
Em Santos, o lixão da Alemoa, apesar das contestações da prefeita Telma de
Souza, segundo o prefeito de Cubatão, nada foi feito para evitar que o problema continue a prejudicar seu município. Recentemente, Nei Serra lembrou
que em 1989 foi formado um colegiado de prefeitos da região, para discussão de problemas comuns, e o lixo foi apontado como questão prioritária.
Por ocasião do colegiado, segundo Nei, apenas a prefeita de Santos não concordou em
assinar um acordo para uma proposta integrada, preferindo uma alternativa individual que até hoje não se concretizou. Como as prefeituras de Santos
e São Vicente não têm demonstrado interesse na solução do problema e a Cetesb continua complacente, a guerra aos lixões foi declarada. A
situação pode gerar uma série de medidas por parte do Governo, pois a gravidade dos lixões coloca a saúde da população à mercê de uma série
de doenças. |