Mosteiro de São Bento, cerca do ano 2000
Foto: Prefeitura Municipal de Santos
Cruzeiro de São Bento
Ao final da década de 1910, os frades franciscanos
construíram, no Morro do São Bento, na área onde hoje está o ginásio poliesportivo Milton Ruiz, um cruzeiro, formado por uma cruz de madeira de
aproximadamente 1,20 metro e um pedestal. O verão de 1928 trouxe as típicas chuvas e tempestades e, num desses dias, a descarga elétrica produzida
pelos raios destruiu completamente o cruzeiro, que já havia se tornado um ponto de referência dos moradores da região.
A população local se uniu e decidiu confeccionar um novo cruzeiro
para o São Bento. No dia 1º de maio de 1929, todos, então, se mobilizaram e carregaram o objeto da parte baixa do morro até o topo e o fincaram
novamente no mesmo lugar.
Mosteiro de São Bento, em 2003
Foto: Prefeitura Municipal de Santos
Obra
do destino ou da natureza, quem poderá saber? No verão seguinte, outra tempestade arrasou o segundo cruzeiro do morro. Depois da fatalidade, os
moradores ainda cogitaram a construção de mais um cruzeiro, só que de outro material que não atraísse tantos raios, como a peroba. A idéia, no
entanto, se perdeu com o tempo.
Esta é apenas uma daquelas histórias que só os moradores mais antigos dos morros conhecem e
que, às vezes, nem os livros têm registro. Esta passagem foi vivida e contada por Laurival Rodrigues, funcionário da Prefeitura que trabalha na
Coordenadoria Regional dos Morros e é uma das pessoas que mais conhecem os morros santistas. |