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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Igrejas
As antigas igrejas santistas (2b)

Na edição de 24 de janeiro de 1983, o jornal santista A Tribuna publicou a matéria especial História e turismo nos templos, sobre as igrejas santistas, com texto de Beth Capelache de Carvalho e fotos de Arnaldo Giaxa e Francisco Dias Herrera:

Altar lateral, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Foto publicada com a matéria

Leva para a página anterior A Igreja de Nossa Senhora do Carmo, que data de 1580, e a Capela da Ordem 3ª de Nossa Senhora do Carmo, de 1760, estão situadas na Praça Barão do Rio Branco. A Ordem de Nossa Senhora do Carmo estabeleceu-se na Vila de Santos entre 1589 e 1590, tendo recebido de José Adorno e sua mulher, Catarina Adorno, a Capela da Graça, que ficava situada no Engenho de São João, em local correspondente, hoje, à esquina das ruas do Comércio e José Ricardo.

Braz Cubas, grande benfeitor dos carmelitas, doou o terreno onde está atualmente a igreja, que foi totalmente reconstruída em meados do século 18.

Nela podem ser notados o altar-mor, em estilo rococó, e as imagens antigas, colocadas nos altares laterais, de João Joaquim, Sant'Ana, Nossa Senhora da Boa Morte e uma imagem original de Nossa Senhora do Monte Serrate, vinda de Barcelona. É notável o cadeiral do altar-mor, e, no pátio externo, o cruzeiro antigo, chamado Marco dos Evangelistas, retirado da antiga Rua da Cruz.

Há também, ao redor do pátio, lápides de túmulos de 1800, pertencentes ao antigo cemitério do convento, que, junto com a igreja, acompanhou a história da Cidade. No pátio do Carmo ficava o segundo pelourinho da vila, destruído pelo povo, segundo Francisco Martins dos Santos, por ocasião da Independência.

Na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, o cadeiral do altar-mor, em estilo rococó
Foto publicada com a matéria

Ordem 3ª do Carmo - Anexa à igreja de Nossa Senhora do Carmo, e construída posteriormente, em 1760, está a capela da Ordem 3ª de Nossa Senhora do Carmo, pertencente aos leigos da Venerável Ordem 3ª do Carmo - ramo secular filiado à Ordem do Carmo, para participar de bens espirituais. As duas são unidas por uma torre de azulejos, e pode-se notar a homogeneidade de suas fachadas.

Abençoada em 8 de abril de 1760, a capela sofreu um incêndio que destruiu o retábulo do altar-mor, em 1941. Através de uma campanha esse altar foi reconstruído, segundo fotografias, seguindo o estilo rococó. De primitivo, a capela conserva a pia de água benta e a imagem de Nossa Senhora do Carmo, posta em um camarim, atrás do Cristo Crucificado.

O conjunto barroco dos altares laterais, todos com imagens de Jesus Crucificado, representando os sofrimentos de Cristo, é considerado o mais importante da Baixada, pela unidade de estilo. Ao lado, está a capela mortuária de Nossa Senhora das Dores, onde são velados os corpos dos irmãos falecidos. Leva para a página seguinte da série


Imagem espanhola de N. S. do Monte Serrate, no Carmo
Foto publicada com a matéria

Sobre esse templo, comentaram Francisco Martins dos Santos e Fernando Martins Lichti, na obra conjunta História de Santos/Poliantéia Santista (Ed. Caudex. Ltda./S.Vicente-SP, volume 3, 1996):

Convento e Igreja do Carmo - Braz Cubas doou, a 24 de abril de 1589, terreno na Rua do Sal, aos primeiros carmelitas chegados a Santos (na atual Rua José Ricardo), para construírem o seu convento, o que realizaram.

Em 1599, os carmelitas iniciaram a construção do convento definitivo, na atual Praça Barão do Rio Branco, onde ainda existe depois de passar por diversas reformas, mas ainda conserva a fachada primitiva.

A Igreja do Carmo e o Colégio se encontram hoje na Ponta da Praia, ficando portanto na Praça Barão do Rio Branco e Igreja da Ordem Terceira e a Igreja da Adoração Perpétua.