HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS -
ORLA
Santos tem o maior jardim praiano do mundo-4
Chácaras, campos de futebol e cabinas de banho marcavam paisagem antiga
Em 26 de janeiro de 2011, o jornal santista A
Tribuna registrou, na página A-3:
Intenção da Prefeitura é reduzir de 99 para 60 os espaços destinados ao preparo e consumo de
alimentos, tornando-os mais funcionais, amplos e diversificados. Totens de publicidade também serão reduzidos
Foto: Fernanda Luz, em 12/7/2010, publicada com a matéria
Obras na orla começam em maio
Reurbanização planejada pela Administração deverá dar nova cara aos
tradicionais quiosques de lanche espalhados na praia
Diogo Caixote
Da Redação
A Prefeitura de Santos espera apenas a temporada de verão
acabar para iniciar a reurbanização da orla, mudando principalmente as características estruturais dos quiosques e sanitários. A previsão é que as
obras comecem em maio e sejam concluídas em oito meses.
Para dar início à remodelação da orla, a Administração ainda precisa, por exemplo, fazer os
últimos ajustes ao projeto e definir quais unidades de lanches serão eliminadas. A idéia é reduzir em quase 40% o número de quiosques.
A reurbanização vai custar R$ 13,8 milhões, dinheiro liberado pelo Departamento de Apoio ao
Desenvolvimento das Estâncias (Dade). A verba está reservada desde agosto do ano passado.
Segundo o prefeito João Paulo Papa, a Secretaria Municipal de
Planejamento (Seplan) deve concluir o projeto nos próximos dias. Daí, a licitação da reforma, prevista para durar dois meses, será aberta em
fevereiro.
Com os 60 dias do certame e mais o tempo de preparação, a perspectiva do prefeito é iniciar a
reurbanização em maio, no mais tardar.
A mudança será feita em módulos, para não criar um canteiro de obras em toda a orla. O contrato
para a execução dos trabalhos irá estipular o término em oito meses.
Pelo projeto, dos 99 quiosques existentes hoje em Santos, apenas 60 vão permanecer, porém em uma
configuração diferenciada, mais funcional e menos poluída visualmente, segundo o prefeito João Paulo Papa.
Dos 39 que vão sair, pelo menos 20 já tiveram as permissões de funcionamento canceladas, por
descumprimento de regras da concessão ou por não se adequarem aos procedimentos de higiene e limpeza. Para os demais, a Prefeitura ainda vai estudar
como fazer a anulação.
Os novos quiosques serão mais amplos, em uma engenharia que permita a visualização dos
preparativos dos lanches. Os atuais têm apenas cinco metros quadrados, mas os futuros serão construídos com 10 ou 20 metros quadrados.
"Nessa readequação, tentaremos diversificar os serviços oferecidos. Por exemplo,não há quiosques
que vendem sorvetes ou alimentos naturais. Os que temos são de coco ou lanches. Daremos essa segmentação para que a pessoa visite a praia e tenha
mais opções de alimentação", disse o prefeito, justificando uma tentativa de melhorar a qualidade no atendimento desses locais.
O piso entre os quiosques também será modificado, o mobiliário (mesas e bancos) vai ser
substituído, e a cobertura, atualmente de lona, incorporada às novas estruturas.
MODELO
Imagem publicada com a matéria, na versão impressa
Intervenções
Lava-pés - O
prefeito João Paulo Papa pediu à Secretaria de Planejamento (Seplan) para incluir a construção de lava-pés junto aos chuveiros da praia. O motivo é
evitar o desperdício de água e, principalmente, atender os freqüentadores da praia que muitas vezes querem apenas retirar a areia dos pés.
Acessibilidade
- O projeto de reurbanização da orla prevê ajustes na acessibilidade de deficientes físicos. Serão feitas mais rampas e a eliminação de escadas para
as pontes que atravessam os canais.
Ciclovia - A
iluminação da ciclovia será refeita e passará a contar com um sistema de LED. Serão 550 balizadores de piso e 242 pontos de luz. Haverá, ainda, a
reconstrução de alguns trechos considerados problemáticos, como por exemplo a formação de poças quando chove.
Brinquedos - A
Prefeitura vai trocar os brinquedos de madeira da praia por modelos de plástico, para diminuir a deterioração natural que existe por estarem
próximos ao mar. Sempre que possível no projeto, os equipamentos serão transferidos da areia para áreas que sobrarem próximas aos quiosques.
Banheiros terão rampas, permitindo o acesso de deficientes
Foto: Rogério Soares, em 27/4/2009,
publicada com a matéria
Sanitários e lixeiras serão rebaixados
As obras na orla ainda resultarão em mudanças nos sanitários, lixeiras e totens de publicidade. Os
sanitários e as lixeiras dos quiosques serão rebaixados, mas não totalmente enterrados, para dar mais visibilidade à praia. A publicidade também
será reduzida para despoluir o cenário.
O acesso aos banheiros será feito por rampas, para permitir que portadores de deficiência também
os utilizem. A cobertura será feita com jardins.
As lixeiras receberão o mesmo tratamento. Elas serão rebaixadas para evitar o que hoje acontece,
especialmente nos quiosques de coco. Com tambores tomados por restos do alimento, os locais se tornam um chamariz para insetos.
O prefeito João Paulo Papa explicou que serão utilizadas as bags, bolsas gigantes usadas
para cargas como café nos portos, para o recolhimento do lixo. "Esses compartimentos subterrâneos obrigam menos coleta por dia e, por conseqüência,
significam uma quantidade menor de caminhão na orla da praia", disse.
Publicidade - O plano é retirar ao máximo os totens de publicidade que hoje estão
espalhados pelas regiões dos quiosques.
Nos últimos anos, a Prefeitura reduziu os contratos para uso publicitário no local, privilegiando
a divulgação do Município. Entretanto, sob a justificativa de reduzir a poluição visual, serão suspensos. |
Matéria publicada no jornal santista A Tribuna, edição de 9 de agosto de 2011, na página A-3:
No lugar dos 99 quiosques de lanches, haverá 60 equipamentos, mais modernos, sustentáveis e
amplos, com dez metros quadrados cada
Foto: Irandy Ribas, em 8/8/2011, publicada
com a matéria
Conheça o que a Praia ganhará sem os quiosques
Veja, também, como serão os playgrounds
Sandro Thadeu
Da Redação
A praia de Santos terá uma nova cara a
partir do próximo ano. Os 99 quiosques de lanches deixam de existir, para dar lugar a 60 equipamentos mais modernos, amplos e sustentáveis.
Os brinquedos de madeira na faixa de areia também ficarão na lembrança das pessoas, pois serão
substituídos por cinco playgrounds, instalados em piso emborrachado.
Além disso, haverá a construção de 16 boxes para a venda de cocos e oito novos conjuntos de
banheiros com acessibilidade, independente dos já existentes nos postos de salvamento.
O edital para viabilizar a obra será lançado até o final deste mês. Orçado em R$ 13,6 milhões, o
trabalho deve ser iniciado em outubro.
Os recursos são oriundos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade). A
previsão é que o serviço seja executado pela empresa vencedora da concorrência em oito meses.
Ontem à tarde, o prefeito João Paulo Papa (PMDB) explicou que os novos quiosques terão painéis
para o aproveitamento de energia solar e estarão equipados para captar e reutilizar a água pluvial.
Cada quiosque será formado por dois boxes. Eles terão dez metros quadrados cada, espaço quase três
vezes maior que os atuais (cerca de 3,5 metros quadrados).
Outra novidade é que os equipamentos estarão mais espalhados pela orla. Atualmente, o trevo do
Emissário Submarino não possui essas unidades, mas será contemplado com alguns módulos.
"Outra vantagem é que não haverá mais publicidades nesses locais. A paisagem da orla estará mais
limpa e leve", destaca.
DRÇAMENTO |
13,6 milhões de reais é o valor orçado da obra |
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Demolição - Papa explica que o planejamento de execução da obra ainda não está definido.
Entretanto, o serviço deverá ser realizado por etapas e iniciado a partir da divisa com São Vicente.
O chefe do Executivo santista também garante que a mudança não deverá causar problemas a turistas,
população e comerciantes durante a temporada de verão.
"Vamos conversar melhor com os permissionários sobre a forma de transferência para outro módulo na
hora de demolir os quiosques, para evitar que alguém seja prejudicado", frisa.
De acordo com o prefeito, o projeto de reurbanização conta com o aval do Conselho Municipal de
Defesa do Patrimônio Cultural (Condepasa), Ministério Público Estadual (MPE) e União.
Falta apenas o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
(Condephaat) dar o sinal positivo, o que deve ocorrer até o final deste mês.
Batalha jurídica - Conforme a secretária municipal de Finanças, Mírian Cajazeira Diniz, a
meta de reduzir de 99 quiosques para 60 está sendo atingida aos poucos.
Muitos permissionários devolveram os equipamentos à Prefeitura ou tiveram a licença cassada por
não se adequarem às normas de higiene e limpeza exigidas. Alguns desses pontos já foram demolidos.
"Ainda há uns 12 quiosques que estão em funcionamento de forma irregular, mas estão se mantendo
por força de liminar".
INTERVENÇÕES |
LIXEIRAS - No novo mobiliário urbano, serão instalados nove
bicicletários e 17 conjuntos de lixeiras ecológicas, que serão rebaixados para dar maior visibilidade à praia |
ACESSIBILIDADE - O projeto de reurbanização da orla prevê ainda
ajustes na acessibilidade de deficientes físicos. Serão feitas mais duas rampas e a eliminação de escadas para as pontes que atravessam os
canais |
GINÁSTICA - Ao longo da orla, haverá três áreas com equipamentos
para idosos e um local para piqueniques próximo à Concha Acústica |
ILUMINAÇÃO E CICLOVIA - A Prefeitura vai substituir 422 luminárias e
postes da ciclovia da orla e da calçada interna do jardim. Além disso, serão instaladas 673 novas luminárias entre balizadores de sinalização
para a ciclovia e refletores dos jardins |
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Autorização
O projeto de reurbanização da orla não prevê intervenções nos jardins. Contudo, o prefeito
encaminhou um projeto de lei solicitando tal autorização à Câmara Municipal, no último dia 4. A propositura é clara ao explicar que as mudanças
estão restritas à remodelação dos quiosques e à implantação de novos banheiros públicos e de áreas de lazer dotadas de bancos e mesas.
Vale destacar que qualquer alteração nos jardins da orla precisa ter uma autorização dos
vereadores, conforme determina a Lei Orgânica (a Constituição da Cidade). "Estamos fazendo isso para evitar polêmicas ou alguma interpretação
errada, que pode prejudicar o andamento da obra", afirma Papa.
Edital para realização da obra deve ser lançado até o final deste mês
Imagem publicada com a matéria
Objetivo é melhorar o atendimento
Os 60 permissionários dos novos quiosques da orla de Santos passarão por aprimoramento e
qualificação para garantir um bom padrão de atendimento à população e ao turista.
Em parceria com o Sebrae, uma iniciativa semelhante foi realizada com os comerciantes da Rua
Álvaro Guimarães, no Rádio Clube, durante o período em que ela foi reurbanizada.
"O trabalho foi extremamente bem sucedido. O padrão do comércio teve um salto enorme de qualidade.
Isso é o que pretendemos fazer novamente com a orla, pois se trata de uma região nobre", frisa o prefeito João Paulo Papa (PMDB).
Um dos objetivos dessa iniciativa é mostrar aos interessados as possibilidades de sucesso, caso
queiram investir na venda de outros produtos.
"Acho que é uma grande oportunidade de negócio oferecer algo além de sanduíches. Por exemplo, não
temos quiosques específicos de cafés, sorvetes e lanches naturais", diz.
Apenas alimentação - Ao contrário do que foi cogitado anteriormente, nenhum dos 60 postos
será destinado à venda de artesanatos ou a serviço, como apoio ao ciclista.
Papa explica ainda que não existe a intenção de grandes redes ocuparem os quiosques.
"Nosso projeto é adequar da melhor forma os permissionários que vivem dessa atividade e sustentam
suas famílias. Muitos deles são da época dos trailers. Não é justo destinar esses locais a grandes marcas", ressalta. |
Em 4 de setembro de 2011, o semanário santista Jornal da Orla
publicou, na pág.3:
Imagem publicada com a matéria, na versão eletrônica
COTIDIANO
Orla repaginada
Felipe Pupo
O projeto de reurbanização da orla santista começa a sair do
papel nos próximos meses. A matéria, que já foi aprovada pelos órgãos de fiscalização, depende apenas do aval da Câmara de Vereadores para entrar em
execução.
A reforma prevê uma verdadeira transformação no visual da orla, com a instalação de equipamentos
modernos e uma nova estrutura para atender os moradores e turistas. A principal intervenção vai ocorrer nos quiosques de lanches, que serão
substituídos por equipamentos modernos, amplos e sustentáveis.
Atualmente, a orla dispõe de 99 pontos de venda, que ficam instalados entre a divisa com São
Vicente e o canal 6, na Ponta da Praia, num trecho que compreende cinco quilômetros de extensão. Alguns estão desocupados e há permissionários em
situação irregular com a Prefeitura.
Com a nova configuração, haverá apenas 60 quiosques, divididos em 30 módulos, que serão mais
funcionais e menos poluídos visualmente. Ao mesmo tempo, os novos quiosques serão mais amplos, em um formato que permite a visualização dos
preparativos dos lanches. Os atuais têm apenas 5 m², mas os futuros serão construídos com 10 m².
Além disso, serão instalados outros 16 quiosques fixos para venda de água de coco. Os novos
espaços serão envidraçados e terão vista compartilhada para o mar e para a avenida. "A ideia é diminuir o impacto dos quiosques na paisagem da orla,
que é um dos principais cartões-postais da Cidade", afirma o secretário de Planejamento, Bechara Abdalla Pestana Neves.
O projeto busca uma harmonia paisagística, eliminando totens, placas e banners que provocam uma
"poluição visual" no cenário da praia. Nos últimos anos, a Prefeitura já vem reduzindo os contratos para uso publicitário no local, com o intuito de
privilegiar a divulgação do Município. Nem isso será permitido.
Imagem publicada com a matéria, na versão impressa
Sustentabilidade
Além de modernos, os equipamentos serão sustentáveis, garantindo o melhor aproveitamento dos
recursos naturais. A cobertura de cada quiosque terá painéis para uso da energia solar. O equipamento contará ainda com uma caixa de retenção, na
parte debaixo, para a captação da água da chuva, que vai servir para lavar o chão e irrigar o jardim.
Outra novidade será a redistribuição dos quiosques pela orla marítima, o que vai beneficiar o
trecho do Emissário Submarino, que atualmente não conta com esses módulos.
As obras da praia também resultarão em mudanças nas áreas de lazer, ciclovia, calçadão, bancos e
iluminação dos jardins, além da instalação de novos banheiros. A preocupação com a limpeza não foi esquecida, pois haverá instalação de lixeiras
subterrâneas para o recolhimento do resíduo produzido. "Vamos trazer uma nova estrutura para garantir um serviço de qualidade à população, com
segurança, comodidade e higiene", destaca o secretário. "A reurbanização da orla, além de atender às necessidades da população, vai incrementar o
turismo no Município, com a oferta de serviços de qualidade".
As obras estão orçadas em R$ 13,8 milhões, recursos que virão do Dade (Departamento de Apoio e
Desenvolvimento das Estâncias). Aprovado o projeto pela Câmara, será lançado o edital de licitação. A previsão é que a obra comece em outubro deste
ano e seja concluída, pelas estimativas da Prefeitura, em um prazo de oito meses.
Etapas do projeto - A revitalização da orla será feita em etapas para diminuir os eventuais
prejuízos aos permissionários de quiosques. O cronograma das obras será definido entre a Prefeitura, quiosqueiros e a empresa que vencer a
concorrência. A preocupação é garantir que nenhum permissionário seja prejudicado na temporada de verão, quando a Cidade recebe milhares de
turistas. Uma alternativa será remanejá-los para outros pontos de venda na hora de demolir os atuais quiosques.
Preservação do Patrimônio - O projeto de reurbanização, elaborado pela Secretaria de
Planejamento, foi aprovado por unanimidade no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado
(Condephaat), que avaliou as condições necessárias para garantir a proteção ao jardim da orla, um patrimônio histórico. Como os jardins da praia são
tombados, a aprovação dos conselheiros da instituição era necessária para o início das obras.
Acessibilidade - A revitalização da orla prevê a instalação de rampas para melhorar a
acessibilidade de deficientes físicos. Além disso, serão eliminadas as escadas para as pontes que atravessam os canais.
Ciclovia - Com as alterações, haverá maior espaço na pista da ciclovia, principalmente no
trecho que passa pelos quiosques da praia do Embaré. Nesse espaço os pontos de venda serão transferidos para mais perto da praia, deixando área
livre para a pista da ciclovia.
Qualificação - Os permissionários dos novos quiosques vão participar de um programa de
aprimoramento e qualificação, promovido pelo Sebrae. A proposta é garantir o bom atendimento e preservar as condições de higiene no ponto de
alimentação. |
Matéria publicada no jornal santista A Tribuna, edição de 20 de setembro de 2011, na página A-4:
Projeto dos quiosques é aprovado, mas não todo
Proposta teve aval da Câmara; comerciantes, porém, pedem mudanças nas construções
Da Redação
Embora o projeto de lei (PL) que
autoriza a Prefeitura de Santos a remodelar os quiosques da praia e a reurbanizar a orla tenha sido aprovado ontem, na Câmara, em segunda e
definitiva discussão, ainda há pontos do projeto original que deverão sofrer mudanças.
Um desses itens se refere aos quiosques onde se vende coco. Na concepção apresentada pelos
técnicos da Secretaria de Planejamento (Seplan), durante audiência pública realizada no último dia 12, as unidades teriam formato redondo.
"Os comerciantes argumentaram que, se as edificações fossem quadradas, seria melhor para adequar
os equipamentos frigoríficos", diz o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento (CFO) da Casa, vereador Geonísio Aguiar, o Boquinha
(PMDB). "O arquiteto (da Seplan) prometeu rever a construção".
Outra mudança prevista no projeto da secretaria era a transferência da área do playground,
que hoje fica na faixa de areia, para um local situado na calçada. "Na audiência, discutiu-se que essa mudança poderia comprometer o espaço físico
na área de calçada", explica Boquinhia. "Talvez mantê-lo na própria areia torne o complexo mais arejado". A proposta será analisada pela
equipe que elaborou o projeto.
A terceira sugestão será debatida na Seplan. Os permissionários dos quiosques solicitaram que as
novas unidades possam contar com algum tipo de cobertura estendida - de policarbonato, por exemplo - ou tendas padronizadas, para proteção em dias
de chuva ou ventania.
Parecer e verba - O parecer favorável do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat) ao projeto de reurbanização foi emitido em 29 de agosto. Era o que faltava para a
Prefeitura enviar a matéria para votação no Legislativo.
Os recursos para a obra já estão disponíveis, por meio do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento
das Estâncias (Dade), estadual. São R$ 9,13 milhões, por exemplo, para reconstrução de 60 quiosques maiores (ao invés dos 99 originais), instalação
de Câmeras, troca das redes elétrica e hidráulica e novos banheiros.
Agora, o PL segue para sanção do prefeito João Paulo Papa (PMDB), que abrirá, na seqüência, o
processo para licitação da obra. |
Matéria de A Tribuna, publicada em 14 de fevereiro de 2012, na página A-8:
Imagem: arte publicada com a matéria
LOCAL
Quiosques, estilo ano 2000 e além
A cara do "lanchinho na orla" mudou várias vezes. Agora,
será repaginada
César Miranda
Da Redação
Após longa espera, os quiosqueiros comemoram o início das
intervenções que prometem mudar a cara dos tradicionais pontos de lanches, existentes há décadas na orla de Santos. Há cerca de dois anos e meio, as
obras já eram aguardadas pelos permissionários.
Os serviços começaram pelo Canal 2. As unidades já estão sendo destruídas por funcionários da
Termaq, vencedora da licitação. A reurbanização vai custar R$ 11 milhões 2628 mil, dinheiro liberado pelo Dade (Departamento de Apoio ao
Desenvolvimento das Estâncias), desde 2010.
A execução dos trabalhos de construção de 16 quiosques, ao redor do Canal 2, deve ser concluída
até o fim de abril. Em entrevista concedida para A Tribuna, o secretário de Edificações e Infraestrutura, Antonio Carlos Silva Gonçalves, prometeu
entregar os outros 44 quiosques até o fim deste ano.
Ele também garantiu que, enquanto durarem as obras, os permissionários serão remanejados para
outros pontos de venda, para não prejudicá-los. "Esta primeira etapa será determinante para ajustarmos como será o ritmo do restante. Seguramente,
teremos que fazer as novas unidades em dois canais ao mesmo tempo. Só não estão decididos quais serão ainda".
Menos poluição visual - Segundo o secretário, o início das obras estava previsto para o mês
passado. Porém, os permissionários pediram um adiamento, para não perder receita com a presença de turistas durante a temporada na Cidade.
"Poderíamos fazer toda a obra em seis meses, de uma vez só, mas eles entenderam que não seria
interessante e aceitamos".
Pelo projeto, "amplamente discutido com os permissionários", dos 99 quiosques existentes hoje em
Santos, apenas 60 irão ficar, porém em uma configuração diferenciada, mais funcional e menos poluída visualmente.
Gonçalves disse que a alvenaria que predominava anteriormente dará espaço a quiosques mais
arejados e em harmonia com o entorno. "Será algo que não irá conflitar com o jardim e nem com a vista do mar".
Os fechamentos dos quiosques serão com vidro, os balcões em aço inox e a cobertura em
policarbonato. "Se tornará um lugar mais agradável de frequentar para os moradores e turistas que visitam a Cidade".
O projeto também contempla a reforma de 16 pontos de venda de coco e a reconstrução de banheiros.
Os painéis de publicidade nas entradas dos sanitários serão removidos.
O piso entre os quiosques também será modificado; e o mobiliário (mesas e bancos), substituído. A
Prefeitura quer fazê-los fixos, justamente para evitar, mais tarde, que os permissionários coloquem novas mesas e cadeiras, prejudicando, assim, a
passagem das pessoas.
Paciência
Trabalhando há 30 anos com lanches e bebidas na orla de Santos, Vilmar Fernandes da Silva sabe que
a obra irá causar transtorno, mas acredita que o retorno, após a entrega dos novos quiosques, compensará a espera. "Com certeza, a nova cara irá
atrair novos clientes e deverá agradar os antigos. E a torcida é que melhore o faturamento, é claro". Por conta da perda de parte da clientela,
alguns permissionários não ficaram completamente satisfeitos com a mudança provisória de ponto. Enquanto a Prefeitura realiza a obra, por exemplo,
no Canal 2, os permissionários desse ponto foram distribuídos para outros quiosques que estão vazios, ao longo da orla. "É preciso paciência. Não se
faz omelete sem quebrar ovo. Espero ainda que os clientes tenham compreensão, porque valerá a pena", filosofa.
Foto: Alberto Marques, publicada com a
matéria
Ao longo do tempo
DÉCADA DE 70 - Era a época dos carrinhos de lanche. Os vendedores ficavam próximos ao calçadão, ao
lado da areia
Imagem: arquivo, publicada com a matéria
DÉCADAS DE 80 E 90 - O panorama mudou: entraram os famosos trailers. Atendiam ao público em
geral, mas logo viraram o ponto de encontro da moçada
Imagem: arquivo, publicada com a matéria
A PARTIR DE 1994 - Nasceram os quiosques, em substituição aos trailers. Teoricamente, o
novo modelo ofereceria melhores condições de higiene
Imagem: arquivo, publicada com a matéria |
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