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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
Famosos relógios públicos da cidade (V)

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Quem hoje tem a hora exata a um toque no telefone celular e vive cercado de meios de obter essa informação mal imagina como, em tempos idos, uma torre com relógio, os sinos de uma igreja dobrando nas chamadas horas canônicas, a sirene apitando para chamar os trabalhadores, tinham significação extraordinária para a população de uma cidade que mal contava com sistemas de telefonia razoáveis. E um dos antigos relógios públicos esteve instalado por algum tempo na Praia do Góis, em Guarujá, sendo depois removido para o Morro da Penha, como relata a notícia publicada pelo jornal santista A Tribuna, em 14 de junho de 1968, página 3:

Hora certa muda de lugar

Quem chegar a Santos pela Via Anchieta e os moradores da Zona Noroeste e do Chico de Paula que vierem à Cidade não terão muito trabalho, a partir da próxima semana, para saber a hora certa. Bastará olharem para o morro da Penha, junto da caixa d'água do SASC.

Aí está sendo instalado o relógio que a Varig colocou há tempos na Praia do Góis. O painel de 15 metros de lado já está pronto, os ponteiros e o relógio secundário instalados, faltando apenas o relógio-mestre e os algarismos.

O painel é branco, os ponteiros negros, e os algarismos vermelhos, podendo ser vistos desde a ponte do Casqueiro. Além disso, o visitante verá a legenda "Bem-vindo a Santos", nas margens do painel, também em letras brancas.

Os quatro operários que montaram o painel, empregados de uma empresa de São Paulo especializada nesse serviço, não sabem se o "B" inicialmente instalado à palavra "Bem-vindo" será instalado. Sabem apenas que devem ter todo o material recolhido até a próxima terça-feira, quando virá de São Paulo um caminhão buscá-los.

Estão em tal serviço há 27 dias; o sr. Luiz Ferreira dos Reis, da fábrica do relógio, começou na terça-feira desta semana. É técnico e informa que dificilmente o relógio marcará horas irregularmente.

Os ponteiros, de 9,20 metros o maior, e 7,50 o menor, são de "fiber-glass", sendo necessários 6 homens para carregar cada um. Todavia, como têm contrapeso, qualquer pessoa pode movê-los. O relógio secundário trabalha com relê e, recebendo impulso elétrico do relógio-mestre, faz funcionar a engrenagem, movendo o ponteiro de minuto a minuto.

Por outro lado, mesmo que o fornecimento de energia elétrica seja cortado, o relógio funciona ainda 4 horas, provido de baterias para a movimentação dos ponteiros e de corda de peso para o relógio-mestre. Além disso, virá de 8 em 8 dias um mecânico especializado para cuidar da lubrificação.

Se o relógio será iluminado, os operários ainda não sabem. Seu Luiz explica que para isso "o que se pode fazer é instalar refletores dirigidos ao painel".


Relógio agora está na entrada da Cidade

Foto publicada com a matéria