HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
Cobrava-se imposto pela ponte inexistente
Contava o
jornalista Olao Rodrigues, em seu Almanaque de Santos-1971, que existiram "fatos curiosos e esdrúxulos que, apontados e até combatidos,
continuavam a prevalecer e a prejudicar os interesses da coletividade". O chamado Imposto da Ponte era um deles.
Porto do Consulado e sua ponte
"Era um tributo absurdo que onerava a situação econômico-financeira do comércio da época, nem sempre folgada.
Havia a famosa Ponte do Consulado, onde atracavam embarcações nacionais e estrangeiras; ficava pelas imediações do Largo do
Gusmão. Era velha e caiu de podre. Durante muito tempo, a Recebedoria de Rendas cobrava o imposto decorrente da utilização dessa ponte, de que não havia
o mais leve vestígio, demolida como coisa inútil ou monstrengo".
A diretoria da Associação Comercial de Santos, segundo Olao, "em 1892, na gestão do Dr. Antônio Carlos da Silva
Teles, representou ao governo do Estado pleiteando a revogação da lei que criara o tal imposto, atendendo aos reclamos do comércio. Até o fim da
administração daquela diretoria, o governo não havia respondido à Associação. Como se vê, pagava-se um imposto sobre serviço que não existia!". |