Faculdade de Comunicação lança Rádio e TV Facos

No dia 25, data do início das aulas, a Faculdade de Comunicação apresentará aos alunos sua primeira grande novidade para 85. Nesse dia, com força total, entrará no ar a Rádio Facos, criada para oferecer aos estudantes noções práticas e atualizadas no setor de radiojornalismo e, acima de tudo, facilitar o acesso ao futuro mercado de trabalho. Os investimentos na área de eletrônica, no entanto, não param aí: a próxima atração será a TV Facos que, de acordo com as previsões, entrará no ar em abril, funcionando em circuito interno. E mais: está em fase de estudos a implantação do videotexto e terminal de vídeo, bem como a transformação do jornal-laboratório Entrevista em jornal comunitário.

O diretor da Facos, Iberê Sirna, esclarece que a Faculdade está completamente aparelhada para atender às exigências do curso nos vários setores da comunicação e que essa infra-estrutura técnica oferecida pela Sociedade Visconde de São Leopoldo tende a se aprimorar nos próximos anos, objetivando a integração ao projeto da universidade.

Esse é também o pensamento do chefe do Departamento de Jornalismo, professor e jornalista Eron Brum, ao informar que, a partir de 87, com o aumento da carga horária na área de eletrônica, a faculdade passará a ocupar todos os espaços no setor de telerrádio e jornalismo. Assim é que, dentro em breve, segundo as previsões de Eron, Santos terá a sua Rádio e TV Universitária.

O rádio e a televisão, conforme lembrou o professor, ficaram, nos últimos anos, em plano inferior ao jornal impresso, onde a prioridade ficou para o boletim Agência Facos e para o jornal-laboratório Entrevista. Esse distanciamento e a necessidade de acompanhar o desenvolvimento de todos os meios de comunicação de massa foram os fatores fundamentais para a implantação da Rádio e TV Facos, sem que, por outro lado, deixe de ser dada menor atenção ao jornal-laboratório.

Rádio Facos - O professor Eron Brum explicou que, inicialmente, a Rádio Facos funcionará nos intervalos das aulas (das 21 às 21h20), com programação elaborada por alunos do 7º semestre de Jornalismo e que tiveram a disciplina de Radiojornalismo no ano passado. O primeiro programa, a ser levado ao ar no dia 25, coincidirá com o primeiro aniversário da tragédia de Vila Socó.

O esquema foi preparado durante as férias em diversas reuniões com a participação da equipe de professores e de diversos alunos convocados por cartas. A transmissão inaugural constará de um editorial sobre o acidente que vitimou mais de uma centena de pessoas, além de informações gerais sobre as atividades programadas para cada departamento da faculdade.

A rádio contará com total apoio de retaguarda e sua direção estará a cargo do professor Walter Sampaio, titular da cadeia de Telerradiojornalismo. A assessoria ficará por conta dos ex-alunos da Facos, Tom Barbosa e Maria Vilhena, que são os responsáveis pelo desenvolvimento do projeto.

Funcionando inicialmente em circuito interno, a Rádio Facos deverá alcançar, em breve, todo o Campus Pompéia da Unisantos. A programação constará de música, debates, entrevistas e coberturas jornalísticas sobre os assuntos do momento, tudo com o objetivo de proporcionar ao aluno a real dimensão do futuro campo de trabalho, e cumprindo, assim, sua função de rádio-laboratório.

Televisão - A Facos passa, a partir desse ano, a investir decisivamente no telejornalismo, com a entrada no ar da TV Facos. A estrutura está sendo montada para ocupar os espaços a serem criados com a implantação da universidade, pois, segundo explicou Eron Brum, a Unisantos, a exemplo de outras universidades, terá direito à Rádio e TV Educativa. Inicialmente, a TV Facos irá ao ar apenas nos anfiteatros onde os alunos receberão noções gerais sobre reportagens, entrevistas, produção, uso de câmaras e de tudo o que se relacione com telejornalismo.

Durante as férias, os professores Walter Sampaio e Neyde Veneziano, subchefe do Departamento de Jornalismo, desenvolveram o projeto da TV Facos com alunos do 7º semestre, formando equipes para melhor aproveitamento das aulas. Em março, haverá concentração da parte teórica, para que, em abril, comece na prática a produção de programas de telejornalismo.

Video-texto - O Departamento de Jornalismo da Faculdade de Comunicação está estudando a implantação de videotexto e terminal de vídeo com o objetivo de formar profissionais senão para o futuro, pelo menos para o presente, oferecendo-lhes todas as condições para ingressar no mercado de trabalho.

"Não vamos copiar o que já está sendo feito", explica Eron Brum, "uma vez que temos condições de ousar nessa área, a partir da troca de experiências com profissionais e empresas".

Sobre esse aspecto, o chefe do Departamento de Jornalismo disse que já foi feito contato com a firma Olhar Eletrônica, que faz produções independentes e está estruturada no ramo do videotexto e terminal de vídeo. A idéia é abrir as discussões para não repetir as fórmulas atuais e, assim, dar uma nova dimensão ao uso dos aparelhos.

Além de debates com profissionais de alto nível, a Facos promoverá, também, cursos sobre a parte operacional dos terminais de vídeo, dentro da disciplina de Técnicas de Codificação. O primeiro curso está previsto para julho, especialmente para alunos do 5º e 7º semestres, podendo ser aberto também a profissionais da área.

Jornal-laboratório - O jornal-laboratório Entrevista também ganhará uma nova dimensão este ano, já que será transformado em jornal comunitário. Sem estar vinculado a grupos ou empresas onde geralmente predominam os interesses financeiros, o Entrevista será produzido em determinado bairro (as opções são para Vila Progresso, Vila Alemoa e Paquetá), funcionando como um porta-voz da comunidade para a comunidade.

Com utilização de linguagem acessível a todos, o jornal-laboratório da Facos servirá, também, de ponte entre a população e a administração pública. Além de Eron Brum, o Entrevista ingressa em sua nova fase com a participação dos professores e jornalistas Roldão Mendes Rosa e Luís Augusto Lane Valiengo, na disciplina de Jornalismo Impresso; João Batista Mendes Neto, no setor de Fotojornalismo; e José Reis, na parte de Diagramação.

Vila Socó era uma favela de Cubatão situada entre a Via Anchieta e a Via Bandeirantes, num mangue pelo qual passava um gasoduto da Petrobrás. Falhas operacionais causaram o rompimento da tubulação e um grande incêndio que destruiu a favela, matando ao menos 93 moradores, em fevereiro de 1984.

Mais de dezoito anos depois desta matéria, as emissoras de rádio e TV Facos continuavam restritas às transmissões internas no campus.

Comunicação instala novos equipamentos para telejornalismo

Dentro de mais alguns dias, a Faculdade de Comunicação - Facos - terá concluída a instalação dos novos equipamentos do setor de audiovisual, para reforço dos recursos disponíveis nas áreas de Telejornalismo, Publicidade, Fotografia e outras disciplinas que exigem aparelhagem atualizada. Desde a mudança definitiva para a sede própria da Rua Euclides da Cunha, a Facos adquiriu sofisticados equipamentos, possibilitando a produção de programas de televisão e peças publicitárias.

A maioria dos aparelhos foi instalada nos anfiteatros do 4º andar, onde serão exibidos trabalhos realizados nos estúdios, que estão em fase final de montagem.

Para o setor de televisão, a Facos conta agora com dois vídeo-cassetes, duas câmaras, dois aparelhos monitores e material para iluminação de estúdio; além dos recursos já existentes, para a área de fotografia, foram adquiridas mais duas câmaras (agora com seis no total), fundo infinito para o estúdio, e lentes macro-zoom e grande angular. No setor de rádio, a aparelhagem foi recondicionada e disposta em mesas funcionais.

A Facos reequipou, ainda, a área de audiovisuais com mais dois projetores e um aparelho de syncrotape, que elimina outros recursos para a sincronização de som e imagem. Os trabalhos produzidos nesse campo serão apresentados nos anfiteatros, onde foram instaladas telas reguláveis, para uso do projetor de filmes em 16 milímetros.

Em conjunto com a Faculdade de Filosofia, a Facos também concluiu a montagem do laboratório de línguas, com capacidade para 28 alunos em módulos individuais, equipados com gravador e fone de ouvido, além de mesa para controle central e monitoria.