A representação santista da Viação Aérea São Paulo (VASP) fará 40 anos de existência terça-feira. Criada por Vicente Greco, a empresa não fará comemorações especiais, mas promete continuar dispensando aos clientes o mesmo atendimento, considerado de primeira linha. Segundo Antônio Carlos Greco, sucessor de Vicente na administração, no início das atividades a VASP santista prestava serviços para poucas agências de turismo, mas, atualmente, atende a mais de 40, que se estendem desde o município de São Sebastião, no litoral Norte do Estado, a Itariri, no Vale do Ribeira.

"É edificante dirigir uma empresa que pela tradição e serviços prestados faz parte da história da Cidade", diz Antônio Carlos. A sede da empresa fica na Rua Riachuelo, 101.

PESQUISA A TRIBUNA - O avião Douglas DC-3 saiu da Base Aérea de Santos no dia 7 de março de 1949, para o vôo inaugural da Viação Aérea São Paulo (VASP), entre Santos e Rio de Janeiro. Participaram dessa viagem 28 passageiros, entre eles o diretor-presidente de A Tribuna, Giusfredo Santini, marcando a instalação da empresa aérea em Santos, representada na ocasião por Vicente Greco.

Nas viagens seguintes, a passagem no avião da VASP para o Rio de Janeiro, com saída de Santos, custava Cr$ 304,00 para um percurso de uma hora e 15 minutos. Naquela época, o avião voava a 240 quilômetros e permitia ao piloto abrir a janela para resfriar a cerveja, algo impraticável hoje. Os santistas acostumaram-se a utilizar a ponte aérea Santos/Rio de Janeiro, principalmente os empresários.

A VASP mantinha 16 anos de funcionamento, quando inauguradas as instalações em Santos. Por acreditarem que a aviação comercial no Brasil poderia tornar-se realidade, 72 empresários de São Paulo levantaram o capital de 400 contos de réis para fundar a companhia aérea. A fundação foi no dia 4 de novembro de 1933, quando dois aviões saíram do hangar do Campo de Marte, em São Paulo, para as primeiras viagens comerciais.

Eram aviões bimotores Monospar, de fabricação inglesa, com capacidade para três passageiros, denominados Bartolomeu de Gusmão, VASP-1, e Edu Chaves, VASP-2. Um decolou para o Rio Predo, com escala em São Carlos, e o outro voou para Uberaba, com escala em Ribeirão Preto. Essas duas primeiras linhas teriam freqüência de três viagens semanais cada uma. Nessa época, o transporte aéreo no Brasil era feito com hidroaviões. Os Monospar eram pioneiros na equipagem com trem de pouso de rodas, necessitando de pista para pousar.

Nos primeiros anos da viação comercial, os pilotos seguiam as rotas das estradas de ferro para se orientar e recebiam informações sobre meteorologia do Pico do Jaraguá. Se o pico pudesse ser visto, levantavam vôo, caso contrário permaneciam em terra.

Com a inundação do Campo de Marte, que paralisou os vôos por quatro meses, a VASP foi obrigada a construir seu próprio hangar, o atual Aeroporto de Congonhas. O incremento das viagens comerciais fez a empresa adquirir mais um avião, o De Havilland Dragon, com capacidade para dois tripulantes e oito passageiros. Depois, adquiriu aviões Junkers, Boeings e Airbus.

A primeira linha aérea regular ligando São Paulo e Rio de Janeiro com escala em Santos está completando 40 anos este mês. A representação santista da VASP (Viação Aérea São Paulo), fundada por Vicente Greco, também está comemorando 40 anos.

Os contatos iniciais com a Viação Aérea São Paulo, por intermédio de Vicente Greco, com vistas à instalação de um escritório para atender a região, tiveram início em setembro de 1948, época em que a presidência da empresa aérea paulista era ocupada por Marcelo U. Rodrigues, respondendo pela diretoria de Tráfego Alfredo Salles de Oliveira, já falecido, que também foi diretor de Vendas da Varig durante muitos anos.

Com a concretização da linha ligando Santos aos dois principais pólos brasileiros, a representação local passou a ser a primeira concedida pela VASP, graças à iniciativa pioneira de Vicente Greco.

A primeira agência da VASP em Santos foi instalada na Rua D. Pedro II nº 72, em frente ao prédio da Caixa Econômica Estadual e junto ao Touring Club do Brasil. Um ano após passou para o número 86 da mesma rua, junto à Luzitana, empresa especializada em mudanças, até julho de 1973, quando foi transferida para o atual endereço, na Rua Riachuelo nº 101.

Nos primórdios da representação regional da VASP destacavam-se entre seus funcionários Marcelo Soares Catunda, filho do médico Roberto Catunda; Rosa Maria Greco, filha de Vicente Greco, e Luiz Lopes, hoje conhecido advogado com banca em Santos.

Ao iniciar suas atividades na região, a VASP contava com o apoio das agências de turismo Vasco da Gama, Casa Branco e Casa Faro. Hoje, os escritórios de Santos atendem cerca de 40 agências em toda a região.

Sucessão - A representação criada por Vicente Greco, atualmente aposentado e residindo no Rio de Janeiro, passou a ser administrada por seu filho Antônio Carlos Greco a partir de 1977, através da Vienel Agente de Passagens e Transportes Ltda. Responsável pela mais antiga representação da VASP no Brasil, Antônio Carlos Greco afirma que "é edificante dirigir uma empresa que pela tradição e serviços prestados faz parte da história da Cidade". A empresa não fará qualquer comemoração especial para assinalar a passagem desses 40 anos de atividades, mas Antônio Carlos promete continuar dispensando aos clientes o mesmo atendimento, considerado de primeira linha.

História - Um aparelho Douglas DC-3 deixou a Base Aérea de Santos no dia 7 de março de 1949 para dar início à linha da VASP entre Santos e Rio de Janeiro. Tomaram parte nessa viagem inaugural 28 convidados, entre eles o diretor-presidente de A Tribuna, Giusfredo Santini. A passagem para o Rio de Janeiro custava Cr$ 304,00 para um percurso de 1 hora e 15 minutos, a uma velocidade de cruzeiro de 240 quilômetros horários. A VASP já tinha 16 anos de atividades quando foram inaugurados os escritórios de Santos.