A sede da Capitania dos
Portos em Santos sempre ocupou edificações importantes no contexto arquitetônico da cidade
- em função da importância atribuída ao cargo de intendente, depois capitão do porto -, a exemplo do palacete que antes fora
residência de J. Carneiro Bastos, na esquina da Rua Sete de Setembro com a Avenida Conselheiro Nébias, posteriormente
demolido, e que é destacado nesta imagem de 1902, do fotógrafo José Marques Pereira:
Palacete J. Carneiro Bastos (esquina de Rua Sete de Setembro com Av.
Conselheiro Nébias)
Foto: Revista da Semana do
Jornal de Brasil, de janeiro de 1902, pág.19
(exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda)
Sobre essas e outras instalações, uma
página criada na Internet pela Prefeitura de Santos, por volta de
1998, registra:
Capitania dos Portos
Localizada num ponto privilegiado da Avenida Conselheiro Nébias, a sede da Capitania dos Portos chama a atenção
pela beleza. Trata-se da antiga morada de um corretor de café da Cidade, Alberto Bacarat, concluída em 1925, época áurea das exportações do produto
pelo porto santista, e que foi adquirida pela Marinha em dezembro de 55. Em 56, tiveram início as obras de adaptação do imóvel. O mastro existente
no jardim foi confeccionado e instalado no local pela Companhia Docas de Santos. A inauguração da nova sede da Capitania aconteceu em dezembro do
mesmo ano, com a presença do ministro da Marinha de então, almirante-de-esquadra Antônio Alves Câmara.
Em 84, uma capela foi inaugurada no terreno da Capitania. Nela está a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes,
transferida da Igreja de São José, no Macuco. Antes de ocupar o palacete, a Capitania dos Portos ficou alojada em diversos imóveis, todos alugados.
Em sua fase inicial, em 1852, instalou-se nas dependências do antigo Arsenal da Marinha; depois, mudou-se para a Rua dos Quartéis (atual Xavier de
Silveira), 54.
Do fim do século a 1918, com a denominação de Capitania dos Portos do Estado de São Paulo, manteve expediente na
Rua João Otávio, no Paquetá. Ainda em 18, passou para a Rua General Câmara, 251, onde também ficava a residência do capitão dos portos. Em 1923
ganhou a denominação atual. Em 35, foi transferida para o Palacete I. Carneiro Bastos, já demolido, onde permaneceu 21 anos.
Moradia de Alberto Bacarat foi construída com material importado
Foto: Raimundo Rosa, publicada
em 25 de abril de 2005 no
jornal santista A Tribuna
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