Se no início do século XX todo o transporte das sacas de café para embarque nos navios era feito nos ombros dos estivadores (que chegavam a empilhar cinco sacas de 60 kg
nas costas, em concursos de resistência), e na primeira década começou a ser feito o transporte por caminhões entre os armazéns e o porto, o fato é que do cais até o porão a carga continuava subindo nas costas dos trabalhadores. A década de 1920
trouxe uma inovação, o uso de correias transportadoras. Nesta foto, seu uso aparece ainda de forma simultânea com o velho modo manual de transporte:
Foto: autor desconhecido, 16x21 cm, acervo Memorial do Imigrante (acesso: 2/3/2013)
Essa transição é melhor percebida nos pormenores dessa imagem, abaixo:
Fotos: detalhes, autor desconhecido, acervo Memorial do Imigrante (acesso: 2/3/2013)
Outra imagem ilustra essa incipiente automação do embarque:
Foto: autor desconhecido, 13x18 cm, acervo Memorial do Imigrante (acesso: 2/3/2013)
Um pormenor da foto acima:
Foto: detalhe, de autor desconhecido, acervo Memorial do Imigrante (acesso: 2/3/2013)
Procedente das fazendas, o café era levado aos armazéns das empresas exportadoras, que faziam a classificação e a mistura (blended) dos grãos, dentro do chamado
Padrão Santos Exportação. Armazéns como este:
Foto: autor desconhecido, 18x24 cm, acervo Memorial do Imigrante (acesso: 2/3/2013)
Embarque de café no cais da Companhia docas de Santos (CDS), por volta de 1920, quando veículos motorizados começavam a substituir as antigas carroças, como se vê neste cartão postal
da época:
Imagem divulgada pelo despachante aduaneiro Laire Giraud no Facebook
(acesso: 27/8/2013)
Embarque de café pelo porto santista em 1921, atrás do prédio da Alfândega, em cartão postal pintado, vendo-se na imagem atracado um cargueiro da armadora britânica
Lamport & Holt, e à sua frente a estação das barcas que faziam a ligação com Guarujá:
Imagem postada pelo cartofilista
Laire José Giraud na rede social Facebook em 26/12/2013
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