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Alemoa (1)

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Matéria publicada no Diário Oficial de Santos no sábado, 30 de julho de 2005, na página 6:

Aniversário será comemorado na terça-feira

Foto: Rogério Bomfim, publicada com a matéria

ALEMOA

Dotado de recente infra-estrutura, bairro completa 149 anos

Um dos bairros mais antigos de Santos, o Alemoa, chega aos 149 anos na próxima terça-feira, dotado de muitas obras públicas concluídas recentemente. A observação foi feita pelo presidente da Associação Pró-Beneficência e Melhoramentos da Vila Alemoa, José Inácio Leite, que vem acompanhando esse progresso há 27 anos como morador da Travessa São Jorge, dos quais, 24 deles como líder comunitário.

"Essa evolução deve-se ao investimento da Prefeitura nos últimos anos na construção de prédios públicos e na implementação de novos serviços gratuitos. Hoje, apesar de sermos um bairro de famílias humildes temos uma boa infra-estrutura de atendimento", observou.

O mesmo sentimento é compartilhado por quem mora a há mais de 20 anos no local. Ivaldo Umbelindo da Silva, mais conhecido como Xerife e proprietário de um bar na Rua Bóris Kauffmann, 49, conta que chegou ao bairro em 1973, quando havia apenas oito casas no manguezal e o Rio Furado servia de via navegável para barcos de areia. "As melhorias demoraram a chegar. A situação só melhorou em 1985, quando conquistamos luz e água encanada e asfaltaram a Bóris. Depois disso, estagnou novamente, mas de uns anos para cá, o bairro vem recebendo obras importantes”, reafirmou.

Para Jorge Oliveira, de 40 anos, filho mais novo do fundador do Ferro Velho Três Irmãos, o salto de qualidade foi a urbanização da Praça Guilherme Délius em 2003. "O local já era uma praça, mas estava esquecido, cheio de lama, tomado pelo mato e os caminhoneiros estacionavam em qualquer parte", lembrou. Atualmente, a praça é um área ajardinada com mesas para jogos de damas e xadrez, possui equipamentos infantis e de ginástica e ainda dispõem de quadras para a jogos de bocha e futebol de salão.

Infra-estrutura básica com qualidade

A Prefeitura vem dando especial atenção ao bairro nos últimos anos e tem investido na infra-estrutura viária e na oferta de serviços públicos. Exemplos não faltam:

A partir deste ano, 1.500 crianças residentes na área estão tendo a oportunidade de estudar perto de casa, no primeiro Centro Municipal de Educação Integrada Prefeito Oswaldo Justo. O complexo educacional foi construído em um terreno de 3.600 m², na Rua Ana Santos, 54 e mantém 1.200 crianças matriculadas nas séries do ensino fundamental e 300 nas salas de ensino infantil. Sem o Cemei, os estudantes eram distribuídos em sete escolas de bairros vizinhos,obrigados, em muitos casos, a caminhar quilômetros sem o dinheiro para o pagamento da passagem de ônibus.

Em frente à escola, o bairro ganhou a reurbanização da Praça Guilherme Délius, que se transformou na segunda área de lazer, depois do Centro Comunitário Maria da Graças Azevedo Souza, localizado na Marginal da Anchieta, 218. Nesse equipamento, a Secretaria de Ação Comunitária e Cidadania (Seac) oferece cursos de pintura, desenho em papel, reciclagem, panificação artesanal e aulas de Capoeira.

Os moradores também dispõem de uma Policlínica e da Creche Hilda Rabaça. Ambas são vizinhas na Rua Santa Maria e funcionam das 7 às 17 horas.

Em relação a obras de urbanização, a Prefeitura executou a drenagem e pavimentação da Rua Francisco Lourenço e o asfaltamento da rua Particular Antonio Francisco Lourenço e concluiu o da Travessa São Jorge. Esta última, com 1.200 metros de extensão, permite agora, o acesso de veículos ao dique onde mora grande parte da população. Até então, ambulâncias e viaturas de bombeiros e da policia e caminhões de empresas de gás, de concessionárias de luz e água não tinham como trafegar por esse via.

Também não faz muito tempo, o bairro passou a ser servido por quatro ônibus da Linha 101, reduzindo o tempo de espera de 40 para 15 minutos. Várias outras linhas trafegam pela
Av. Nossa Senhora de Fátima, mas a 101 é a única que passa por várias ruas internas, seguindo para o São Manoel. Minutos depois, faz o mesmo itinerário de volta com destino ao Terminal Municipal do Valongo, onde, com a mesma passagem o moradores podem chegar a qualquer ponto do Município.

A coleta de lixo residencial diária, acontece no período noturno na Marginal Anchieta e na Rua Bóris Kauffmann. Pela manhã, são atendidas as famílias que moram nas travessas e becos.

Entre a estrada e a avenida

Cortado pela Via Anchieta a partir de 1953, o bairro conheceu o seu primeiro surto de ocupação desordenada com famílias se fixando à margem da rodovia. Nas décadas de 70 e 80, a gleba situada à esquerda da pista e o canal do Estuário deu origem ao Distrito Industrial da Alemoa, onde diversas empresas de contêineres, indústrias e de terminais líquidos se instalaram e selaram definitivamente a separação entre as áreas residencial e industrial.

Apesar da Vila Alemoa ocupar uma extensa área entre a Marginal Direita da Via Anchieta, a Av. Nossa Senhora de Fátima e a Rua Bóris Kauffmann, o núcleo habitacional com uma população estimada de 10 mil pessoas se restringe a uma faixa de terra de 200 metros próximo à pista. Isso se deve à existência de um expressivo número de transportadoras e pátios de contêineres estabelecidos nas principais vias de acesso.

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