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José Ignácio da Glória
Nasceu em 29 de outubro de 1845, filho do boticário do mesmo nome; faleceu com 82 anos, em 19 de agosto de 1927. Casou-se na cidade de Santos com d. Ana Lourenço, casou-se em segundas
núpcias com d. Josefina Lopes dos Santos, e por terceira vez, com d. Celestina Ribeiro de Melo.
José Ignácio da Glória fundou a primeira "Botica de seu Glória". A Câmara Municipal da Vila de São Vicente, em 1883, nomeou-o para o cargo de vacinador. Durante o surto de febre amarela
que invadiu São Vicente em 1892, teve José Ignácio da Glória destacada atuação no combate a doenças; a Santa Casa de Santos também exigiu a sua presença, no combate à febre amarela.
Em 1918, durante o surto de "gripe espanhola",destaca-se novamente.
Foi nomeado intendente de São Vicente. Exerceu as funções de juiz de casamentos. Como jornalista, foi diretor de A Imprensa,
fundado por seu pai em 1870, em Santos, onde em 1808 (N. E.: o ano é 1875) fundara
também o Rabecão. Em 1890, José Ignácio funda em São Vicente o bissemanário O Futuro, impresso em tipografia própria. Além de O Leque, fundou O Vicentino em 1898. Foi também abolicionista.
Ocupou o cargo de agente do Correio em São Vicente, em 1885. Já era eleitor nesta cidade, em 1876. Foi juiz federal antes da criação das coletorias federais. Secretário e procurador da
vereança municipal, sem remuneração. Ocupou o cargo de coletor federal vários anos.
O imperador d. Pedro II foi recepcionado em São Vicente, na residência de José Ignácio da Glória. O Governo nomeou-o Protetor dos Índios. Trabalhou com o dr. Oswaldo Cruz no
saneamento do Rio de Janeiro. Doou a sua parte do Morro dos Barbosas à Prefeitura.
Frontispício do jornal A Imprensa, edição de 1875
Imagem: História da Imprensa de Santos, de Olao Rodrigues, página 32. |