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HISTÓRIAS E LENDAS DE S. VICENTE - BIBLIOTECA NM
1532+460 anos de S. Vicente (T)

Um álbum comemorativo mostra aspectos da cidade que muitos vicentinos desconhecem. Outros, já mudaram bastante desde então, ou viraram história

Ao longo dos séculos, as povoações se transformam, vão se adaptando às novas condições e necessidades de vida, perdem e ganham características, crescem ou ficam estagnadas conforme as mudanças econômicas, políticas, culturais, sociais. Artistas, fotógrafos e pesquisadores captam instantes da vida, que ajudam a entender como ela era então.

Em 1992, comemorando os 460 anos da chegada de Martim Afonso, que oficializou o nome São Vicente, foi publicado o livro São Vicente - 1532-1992, com pesquisa e texto da jornalista Noemi Francesca de Macedo, editora do jornal Espaço Aberto), tendo projeto gráfico e editorial da EF Editora Ltda., fotos e reproduções de José Dias, arquivo do jornal Espaço Aberto, edição da Poliantéia Vicentina e arquivo pessoal de Santo Bordinhon. A capa, criada por Maurício Menezes, teve ilustração de Eduardo Jardim. A revisão foi feita por Exceção Assessoria de Texto S/C Ltda., enquanto Impressão, Fotolito e Acabamento foram providenciados por Maynard & Poladian Associados Gráfica e Editora Ltda., de S. Paulo. A obra de 103 páginas teve apoio cultural de Carrefour Comércio e Indústria S/A e chega agora pela primeira vez ao meio digital, em Novo Milênio (páginas 94 a 97):

 

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Noemi Francesca de Macedo

O remo faz parte da história de São Vicente

Imagem: reprodução da página 94 da publicação (cor acrescentada por Novo Milênio)

A tradição do esporte náutico

Os esportes náuticos não se constituem uma novidade, muito pelo contrário, mas nos últimos anos vêm ganhando novos e entusiastas adeptos e merecendo destaque em todos os sentidos, quer na tecnologia dos equipamentos como no aprimoramento de sua prática.

São Vicente, através do Clube de Regatas Tumiaru, fundado em 1905, sempre manteve a tradição nesse esporte. As travessias feitas em barco a remo atraíam desportistas de vários lugares e a cidade contou com remadores que disputaram títulos internacionais. Agora, São Vicente está retomando essa tradição.

O Clube de Regatas Tumiaru foi o fundador da Federação Paulista das Sociedades de Remo e, segundo pesquisadores (Poliantéia Vicentina), "o remo nasceu em São Vicente através de dois grupos que tinham dois barcos: a turma do Marina, formada por Olímpio Azevedo, Antonio Militão Júnior, Luís Horneaux e Adauto Feliz de Lima, e a equipe do Jurema, composta pelos irmãos Manoel e José Leite Forjaz e um grupo de amigos".

O ritual do remo é sincronizado, desde a preparação do barco até deslizar na água

Imagem: reprodução da página 94 da publicação (cor acrescentada por Novo Milênio)

Após dois anos de fundação do clube, foi realizada a primeira regata oficial em São Vicente, mas o primeiro grande feito do clube aconteceu em 1933, quando da realização do raid interestadual São Vicente-Rio de Janeiro.

A saída foi do Japuí, em São Vicente, no dia 25 de fevereiro, e a chegada, em 13 de março, no Clube de Regatas do Flamengo. O remador vicentino foi Antonio Rocha.

O maior feito de remo do mundo, segundo ainda a Poliantéia Vicentina, foi o raid São Vicente-Buenos Aires, realizado pelos remadores Antonio Rocha e José Ferreira Andrade. A travessia demorou quase seis meses, de 2 de abril a 21 de outubro de 1934.

É o sonho da regata

Imagem: reprodução da página 94 da publicação (cor acrescentada por Novo Milênio)

Foi também através de São Vicente que, em 1932, foi criada a Federação Paulista de Natação, através do Tumiaru, clube que também conquistou para a cidade vários títulos de campeão em torneios de polo aquático, com grande destaque no período de 1935 a 1944.

A sede náutica do Tumiaru está no Japuí desde 1932, onde funcionou, inclusive, sua diretoria. Atualmente no Japuí, na Avenida Tupiniquins, estão instaladas, além do Tumiaru, as sedes náuticas de outros clubes: Esporte Clube Beira-Mar e Baía São Vicente Iate Clube.

A sede náutica foi criada há quatro anos, mas não para competição, apenas para lazer dos associados, com piscinas para crianças e adultos, campos de futebol, salões e áreas para diversas atividades. O Baía não participa de competições náuticas, mas oferece para seus sócios a pesca submarina.

O barracão do Tumiaru,na inauguração em 1906,...

Imagem: reprodução da página 97 da publicação (cor acrescentada por Novo Milênio)

Uma grande paixão vicentina

Não há como falar da tradição do esporte náutico vicentino, da região e do Brasil, sem obrigatoriamente citar o Clube de Regatas Tumiaru. Fundado em 1905 e inaugurado um ano depois na encosta do Morro dos Barbosas, o clube, após alguns anos, teve que dar lugar ao canteiro de obras daquele que seria o mais famoso cartão-postal de São Vicente, a Ponte Pênsil.

O barracão (sede) do Tumiaru foi construído pelos próprios sócios fundadores e funcionava como garagem para as canoas dos remadores e como sede social. Quando tiveram que deixar o local, pois a área havia sido escolhida pela Comissão de Saneamento de Santos como adequada para a instalação da cabeceira da Ponte Pênsil, começou a busca de um novo local para a instalação da sede, e o barracão foi reconstruído no Japuí, na Avenida Tupiniquins.

Somente após muitos anos de luta, os associados conseguiram reinaugurar a sede no Japuí, e isso aconteceu em 22 de janeiro de 1932, por ocasião das comemorações do IV Centenário de Fundação de São Vicente.

Como havia necessidade de acompanhar o progresso que se verificava na cidade, a direção do clube, no início da década de 40, teve a preocupação de implantar a secretaria no Centro, no Prédio Anchieta (Rua Martim Afonso com Praça Barão do Rio Branco).

A atual sede administrativa, que reúne salões de baile, quadras esportivas, piscinas e setores para várias atividades, na Praça Coronel Lopes (Praça do Correio), foi inaugurada em 22 de dezembro de 1952, quando a agremiação completava 47 anos de fundação. Com essa inauguração, no Japuí passou a funcionar somente a sede náutica e, nesse período, as competições dessa natureza foram rareando.

...e sua atual sede administrativa no centro da cidade

Imagem: reprodução da página 97 da publicação (cor acrescentada por Novo Milênio)