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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - CABOS
O jato, o navio e o cabo de alta tensão (2)

Acidente fatal ocorreu em fevereiro de 1965, no estuário do porto santista

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Entre as duas margens do porto santista existem cabos para transmissão de eletricidade em alta tensão, proveniente da usina de Itatinga (pertencente ao complexo portuário) e destinada a alimentar as instalações portuárias. Instalados em 1910, com a construção da usina, os cabos são presos a duas torres metálicas, uma de cada lado do Estuário, em Guarujá e em Santos. Em 19 de fevereiro de 1965, um jato militar bateu nesses cabos e explodiu, matando seu tripulante. Novos detalhes foram apresentados pelo jornal santista A Tribuna, na edição de domingo, 21 de fevereiro de 1965, na primeira e na última páginas (ortografia atualizada nesta transcrição):

Imagem: reprodução da primeira página da A Tribuna de 21/2/1965

Prosseguem as buscas

Tiveram prosseguimento durante o dia de ontem os serviços de busca dos destroços do avião Gloster Meteor, da Força Aérea Brasileira, que explodiu na tarde de anteontem entre os armazéns 27 e 29 da Companhia Docas. Participaram das buscas equipes de homens-rãs do Grupamento de Bombeiros, lanchas e escafandristas da CDS.

Somente por volta das 11 horas foram localizados alguns destroços do aparelho e o pára-quedas do capitão aviador João Jorge Macieira Gaio. os destroços foram retirados do fundo do mar com a utilização da cábrea Sansão.

O clichê mostra à esquerda, ao alto, elementos da equipe de buscas examinando o pára-quedas; ao centro, parte da fuselagem do aparelho quando era levada para terra pela cábrea Sansão; à direita, um escafandristas da CDS quando se preparava para efetuar um mergulho; ...

Fotos publicadas com a matéria

Buscas prosseguem, mas o corpo do piloto da FAB não foi achado

Três homens-rãs do Grupamento de Bombeiros, um escafandrista da Companhia Docas de Santos, a cábrea Sansão e várias lanchas reiniciaram por volta das 8 horas de ontem o trabalho de buscas do resto do avião Gloster Meteor da Força Aérea, que explodiu na tarde de anteontem, entre os armazéns 27 e 29, matando o piloto, o capitão-aviador João Jorge Macieira Gaio, de 36 anos, lotado na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro.

Os trabalhos foram acompanhados por vários oficiais da Aeronáutica, entre os quais o capitão Odilon Pereira, o tenente-médico Almir Camargo Sardinha e o tenente Jackson de Almeida, todos da Base Aérea de Santa Cruz. Estiveram no local também o major-médico Rubens Barbirato Barbosa, da Base Aérea de Santos, e o capitão dos Portos, comandante Roberto Coutinho Coimbra.

Somente por volta das 11 horas foi localizada parte da fuselagem e a asa direita do aparelho sinistrado, tendo sido necessária a utilização da cábrea Sansão para a retirada desses destroços.

Cerca das 11,45 horas, a equipe de buscas logrou encontrar o pára-quedas utilizado pelo piloto e o bote salva-vida. Ao contrário do esperado, no correame do pára-queda (a parte que fica presa ao corpo do piloto) não foi encontrada nenhuma outra parte dos restos mortais do aviador.

Segundo as autoridades da Aeronáutica presentes ao local, tão logo seja achado o restante do cadáver do capitão-aviador João Jorge Macieira Gaio, um avião da Base Aérea de Santa Cruz virá a Santos para proceder à trasladação para o Mausoléu do Aviador, no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.

Normalização - Por outro lado, dirigentes da Companhia Docas de Santos, entre os quais se encontravam os srs. Saulo Viana e Bruno Marino Asgard, informaram à imprensa que até a tarde de amanhã deverá ficar concluído o serviço de reparo das torres de transmissão de Itatinga, em cujos cabos de tensão o aparelho Gloster Meteor bateu para depois explodir. Com isso, será evitado um racionamento de maior energia na cidade.

... e finalmente, dois aspectos da fuselagem do aparelho, vendo-se parte da asa do Gloster Meteor da FAB

Fotos publicadas com a matéria

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