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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - REI PAULISTA
A história, 3 séculos depois (1)

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Em fevereiro de 1615, o paulistano Amador Bueno da Ribeira desceu a Serra do Mar com armas e um exército para ajudar os moradores de Santos e São Vicente a combater os piratas holandeses comandados por Joris van Spielbergen. Na época (1580 a 1640), Portugal estava sob o domínio espanhol, e um dos episódios marcantes foi quando um grupo de paulistas não quis retornar ao domínio português, proclamando Amador Bueno como seu rei, o que ele não aceitou.

Três séculos depois, o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo publicou, em 1941, uma plaquette, em mil exemplares, dedicada "A Amador Bueno no Tricentenário de Sua Aclamação como Rei de São Paulo - 1641-1941", a seguir transcrita (com grafia atualizada):


Capa da publicação, no acervo de Novo Milênio

Breve sumário biográfico

Amador Bueno era, pelo lado materno, descendente do cacique Pequerobi, pois nasceu de Maria Pires, filha de Salvador Pires com Mecia Fernandes ou Mecia Ussú. Além dos sangues tupi e português, também tinha o de espanhóis: seu pai, Bartolomeu Bueno, era natural de Sevilha.

Primeiro filho do consórcio, que se realizou em 1571, é possível que tenha nascido em 1572. Na época da aclamação para rei de São Paulo, teria, portanto, cerca de setenta anos.

Exerceu, na Capitania de São Vicente, os mais altos cargos públicos de eleição e nomeação.

Conhecem-se de Amador Bueno os nomes de nove filhos, ligados aos representantes das mais nobres famílias da Península Ibérica. Destacou-se Amador Bueno, o moço, que também exerceu, como seu pai, os mais altos cargos da Capitania.

Amador Bueno foi bisavô de Amador Bueno da Veiga, que comandou os Paulistas na Guerra dos Emboabas. Foi, ademais, tio e tutor de Bartolomeu Bueno da Silva, o primeiro "Anhangüera".

Faleceu, ao que parece, com oitenta anos presumíveis, entre 31 de outubro de 1646, quando compareceu ao testamento de uma sua filha, e 1 de janeiro de 1650, quando o seu filho Amador Bueno, o moço, foi eleito juiz ordinário da Câmara de São Paulo. Quanto ao local do seu sepultamento, conjectura-se que tenha sido na parte desaparecida do Convento de São Francisco, em que funcionou a Faculdade de Direito de São Paulo.

As principais sesmarias de Amador Bueno localizavam-se à margem direita do rio Tietê, provavelmente, a começar no atual bairro da Casa Verde, onde ficaria sua sede. Na cidade, sua moradia parece ter sido na Rua Direita, lado ímpar, em frente à atual (N.E.: em 1941) Casa Alemã, mais ou menos.

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