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Armando Erbisti, examinando as posições no fronte de batalha de Sobreira, em agosto de 1932
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Campanha durante a Revolução de 1932
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No fronte, em 1932, lendo o Diário da Manhã, em foto de Pedro Peressin, de Santos/SP
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Grupo no fronte, estando Armando Erbisti assinalado na imagem original
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Outro grupo de soldados no fronte, estando Armando Erbisti assinalado na imagem original
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Grupo de combatentes, na trincheira, em 1932
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Armando Erbisti e seu certificado de desincorporação do Batalhão de Tiro Naval
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Trecho de matéria publicada pela revista santista Flama em abril de 1954
Quando Armando Erbisti faleceu, a revista santista Flama publicou esta matéria, na edição
de abril de 1954 (ortografia atualizada nesta transcrição):
Armando Erbisti
Surpreendeu e causou consternação na cidade a morte de Armando Erbisti, cidadão de magníficos
predicados, que exercia, há muito tempo, o cargo de comandante da Guarda Noturna de Santos.
De origem simples, subiu pelo seu próprio esforço e indiscutível valor, sendo um dos peritos em
contabilidade mais renomados. Na Guarda Noturna foi notável o seu trabalho. Reorganizou essa corporação, dedicando-se-lhe inteiramente. Porque não
era um chefe apenas. Era um homem de ação, que se via, altas horas da noite, a fiscalizar os seus auxiliares. E prejudicava a sua própria saúde em
se dedicar, como o fazia, àquela instituição.
Era um comandante de dotes excepcionais, que se impunha ela energia, e, ao mesmo tempo, pela
bondade. Pois, exigindo dos subalternos o cumprimento exato dos seus deveres, punindo quando assim se tornava necessário, ninguém, entretanto,
cuidou mais da situação dos humildes vigilantes noturnos, que tantos benefícios prestam à população, sendo pessimamente remunerados. E isto porque
ainda não se considerou o valor da Guarda Noturna, que constitui, por assim dizer, o único policiamento da cidade, de certas horas em diante. Quando
a população dorme, os guardas vigiam, dando inestimável colaboração à polícia.
E Armando Erbisti acompanhava-os nesse trabalho meritório. Doente, em conseqüência de um desastre
em serviço, não deixava, entretanto, de realizar a sua ronda habitual.
Natural de Minas Gerais, foi ele o reorganizador do Tiro Naval, comandando-o na gloriosa jornada
de 32. A valorosa mocidade santista teve em Armando Erbisti um comandante admirável, valente, intrépido.
À atuação brilhantíssima que o nosso Tiro Naval teve na epopéia constitucionalista, ligou Armando
Erbisti, para sempre, o seu nome, como condutor de fibra extraordinária. E, depois, em momentos difíceis que se atravessaram, a sua ação fez-se
ainda sentir, na manutenção da ordem, como colaborador eficaz das autoridades. Santos deve-lhe benefícios indiscutíveis, prestados sempre com um
alto sentido de patriotismo.
A morte colheu-o prematuramente. E pode-se dizer, sem exagero, que foi a dedicação com que exercia
as suas funções, ultrapassando, em muito, o limite do normal, que lhe comprometeu a saúde.
Merece, por isso, a memória desse cidadão, com relevantes
trabalhos à causa pública, a consideração dos que sabem reconhecer o verdadeiro mérito. E Armando Erbisti colocou, em muitas oportunidades, acima
dos seus, e até da própria vida, os interesses da coletividade.
Documentação fotografada por Carlos Pimentel Mendes em
16/12/2007
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