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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - SANTOS EM...
1912 - por Laércio Trindade (Indicador Santense)

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Ao longo dos séculos, as povoações se transformam, vão se adaptando às novas Clique aqui para voltar à página inicial do 'Indicador Santense 1912'condições e necessidades de vida, perdem e ganham características, crescem ou ficam estagnadas conforme as mudanças econômicas, políticas, culturais, sociais. Artistas, fotógrafos e pesquisadores captam instantes da vida, que ajudam a entender como ela era então.

Em 1912, Laércio Trindade era o redator do anuário Indicador Santense, propriedade do "Bureau Central" Agência Central de Negócios, empresa concessionária pela Câmara Municipal, com sede na Praça da República, 16 ("telephone 257, Caixa do Correio 361"). A obra foi impressa na Typ. da "Casa Rembrandt", na Rua 15 de Novembro, 80, Santos. O exemplar, com 620 páginas (entre fotos, anúncios e textos, divididos em seis capítulos e apêndice) foi cedido a Novo Milênio para cópia pelo professor e pesquisador Francisco Carballa.

O texto a seguir integra a 2ª Parte (grafia atualizada):

Companhias, Sociedades, Instituições, Cultos e Associações em geral
[...]


Trecho das Docas
Foto: Indicador Santense 1912 (Foto Eckmann - Santos)

Centro de Navegação Transatlântica de Santos
Fundado em 5 de julho de 1907 - Sede: Associação Comercial

No ano de 1907, foi fundada nesta cidade uma associação composta de representantes e agentes das companhias e empresas de navegação transatlânticas, cujos fins são os seguintes:

Defesa dos interesses das companhias de vapores, fomentar a navegação entre o Brasil - especialmente o porto de Santos - e demais países, e desenvolver as relações do comércio marítimo entre eles, de modo a incrementar e facilitar a expansão das permutas recíprocas.

Uniformizar, dentro dos limites do possível, os processos marítimos nacionais com os dos principais portos do mundo, de maneira a simplificar os serviços a cargo das companhias de navegação.

Apresentar aos poderes públicos do País os projetos e alvitres que forem de utilidade para a navegação e o comércio do Brasil.

Fornecer às autoridades todas as informações referentes a assuntos marítimos, desde que solicitadas pelas mesmas ao centro.

Existindo no Rio de Janeiro a maioria das agências gerais das companhias de navegação, e sendo na Capital Federal que se resolve a quase totalidade das questões atinentes à navegação, o centro constituído identificou-se com o seu congênere, naquela capital, na defesa dos mesmos interesses e consecução dos mesmos objetivos.

Atual diretoria:

Presidente: sr. comendador Ernest Bormann (Theodor Wille & C.)
Secretário: sr. Carlos Menezes (Sociedade Anônima Martinelli)
Tesoureiro: sr. R. Wagner (Schmidt, Trost & C.)
1º suplente: sr. R. A. Sandall (E. Johnston & C., Limited)
2º suplente: sr. F. W. Bode (Rombauer & C.)
3º suplente: sr. A. Soares (The Royal Mail Steam Packet & C.)


Câmara Sindical dos Corretores de Fundos Públicos de Santos
Caixa do Correio n. 274 - End. telegr.: Syndical - Telefone n. 238.

Exercício de 1911-1912:
Síndico: sr. coronel José Pinto da Silva Novaes
Secretário: sr. Quintino Ratto
Tesoureiro: sr. Eduardo Machado
Adjunto: sr. cap. Paulo Filgueiras

Corretores oficiais e seus prepostos:

Coronel José Pinto da Silva Novaes - Escritório, Rua 15 de Novembro n. 59, telefone n. 201 (residência)
Preposto. H. Broad - Escritório, Rua 15 de Novembro n. 59.
Preposto Alvaro A. Peixoto - Escritório, Rua 15 de novembro n. 59.

Quintino Ratto - Escritório, Rua 15 de Novembro n. 59.
Preposto, Ernesto T. Junon - Escritório, Rua 15 de Novembro n. 59

Eduardo Machado - Escritório, Largo 11 de Junho n. 4, telefone n. 142 (residência).
Preposto, Augusto Hackerott - Escritório, Largo 11 de Junho n. 4.

Paulo T. Araújo Filgueiras - Escritório, Rua 15 de Novembro n. 47, telefone n. 562 (residência).

Alexandre Kealman - Escritório, Rua 15 de Novembro n. 54, telefone n. 293.

Emilio Wysling - Escritório, Rua 15 de Novembro n. 29, telefones ns. 48 (escritório) e 347 (residência).

Eduardo B. Veriot - Escritório, Rua 11 de Junho n. 3, telefone 115.


Bolsa de Santos
Caixa n. 274 - Telefone n. 238 - Endereço telegr.: Syndical
Sede: Rua 15 de Novembro n. 59.
Expediente: das 10 da manhã às 5 horas da tarde.
Hora oficial da Bolsa: às 2 horas da tarde.

Secretário, cap. Antonio Affonso Proost de Souza Júnior. Contínuo, José Moreira.


Companhia Telefônica do Estado de São Paulo
Centro de Santos: Rua General Câmara n. 78.
Sucursais: Santos: Rua 11 de Junho n. 3 - S. Vicente: Rua Jacob Emmerich.
Todas, com ligações diretas com São Paulo

Para os consumos particulares para S. Paulo, cobra a companhia a taxa de 3$000 por 5 minutos; há, porém, para facilitar ao público, livros com 30 cupons ao preço de 40$000. As ligações diretas de qualquer assinante de S. Paulo a Santos ou vice-versa serão dadas àqueles que tiverem depositado no escritório da companhia a importância de 20$000 como garantia.

Os preços de assinaturas e colocações no perímetro urbano de Santos e S. Vicente são os seguintes:

Assinatura trimensal - Rs. 40$000
Jóia de instalação... - Rs. 20$000
Mudança externa.... - Rs. 20$000
Idem interna.......... - Rs. 10$000

Para colocação de linha e aparelhos fora da zona por esta companhia estabelecida, é necessário preço à parte.

O gerente, A. R. Mello.


Sociedade União Operária
Fundada em 25 de maio de 1890 - Sede social: Rua Henrique Porchat n. 29 - Santos

A União Operária de Santos, fundada em 25 de maio de 1890, é uma associação de operários e proletários, sem diferença de sexo, nacionalidade, religião e sem limitação de tempo e número.

Os fins da sociedade são:

Fornecer aos associados, quando enfermos, médico, farmácia e socorros pecuniários;

Socorrer com uma mensalidade, durante o tempo que necessário for, aos associados que, por moléstia crônica ou deformidade física adquirida, ficarem impossibilitados de trabalhar;

Fazer o funeral do associado que falecer não deixando meios para isso;

Desenvolver a construção do edifício de sua sede social e construir, quando as suas condições o permitirem, um hospital para tratamento de seus associados;

Proteger as viúvas dos associados com uma pensão mensal, e auxiliar os seus filhos na obtenção de qualquer colocação, se por seu comportamento o merecerem;

Manter uma biblioteca para gozo exclusivo dos sócios;

Criar escolas de instrução primária, secundária e de artes e ofícios, para os associados e seus filhos, para os filhos dos associados falecidos e para os dos operários e proletários que não disponham de recursos;

Promover conferências e publicações que aproveitem ao adiantamento moral e econômico dos associados;

Defender os associados quando presos, processados ou por qualquer modo perseguidos, até à verificação de seus direitos; auxiliá-los no recebimento de seus salários, quando lhe sejam sonegados;

Estabelecer relações com todas as agremiações congêneres, quer nacionais, quer estrangeiras, buscando sempre a confraternização das classes operárias;

Fundar, logo que suas condições o permitam, cooperativas de crédito, consumo e produção, criando para isso uma caixa operária, com as garantias da lei;

Auxiliar os associados desempregados na obtenção de qualquer colocação.

Diretoria:

Presidente sr. Antonio Rodrigues Fernandes (reeleito)
Vice-dito sr. Manoel Bento de Amorim
1º secretário sr. Manoel Conceição Leite (reeleito)
2º dito Vago
Tesoureiro sr. Bento G. O. Salgueiro
Beneficente sr. Caetano Dias Salgado
Conselheiros: sr. Romão Rodrigues Alves
sr. João Francisco dos Santos (reeleito)
sr. Armínio V. L. Pabst (reeleito)
sr. Francisco Barreira Luiz
sr. Gervásio Fernandes Sobreira

A Sociedade União Operária mantém atualmente 5 escolas, sendo quatro diurnas para ambos os sexos e uma noturna para crianças e adultos.

A matrícula de alunos encerrou-se com o número 139. É administrador o sr. Manoel Duarte de Almeida e o corpo docente é composto do professor sr. Alcides Luiz Alves e professoras exmas. sras. dd. Clotilde de Campos Nunes, Palmira Araújo e Maria Joanna Menazzi.


Centro dos Despachantes
Sede: Praça Telles n. 2

Em assembléia geral realizada no salão nobre da Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio, foi fundado o Centro dos Despachantes, associação composta de despachantes gerais, caixeiros despachantes e seus prepostos. A assembléia geral que aprovou os estatutos teve lugar no dia 23 de maio de 1911.

Os fins do "Centro" são os seguintes:

Defender os interesses da classe em geral e dos seus associados em particular; estabelecer uma sede onde sejam discutidas as questões que interessem à coletividade; promover pelas vias legais a anulação de todos os atos de qualquer autoridade que atentem contra os direitos dos seus associados ou contra a classe em geral; representar a quem competir, sobre a organização dos serviços aduaneiros, de forma a facilitar a sua execução, e libertá-los dos atuais sistemas retrógrados, morosos, antiliberais e vexantes, incompatíveis com a forma governativa que rege o País; organizar uma biblioteca de legislação aduaneira, merceológica e assuntos congêneres, para consultação dos associados, e bem assim um arquivo com amostras das respectivas classificações, quando possível; prestigiar as autoridades aduaneiras sempre que se trate de reprimir abusos que possam trazer prejuízos morais ou materiais para a classe; desenvolver a solidariedade entre seus associados.

A atual diretoria é composta dos seguintes cavalheiros:

Presidente sr. Arthur Thomaz Coelho
Vice-presidente sr. Arnaud de Castro
1º secretário sr. Guilherme Damaso
2º secretário sr. Joaquim de Freitas
1º Tesoureiro sr. J. Ferreira Alves
2º Tesoureiro sr. José Passarelli
Diretores: sr. J. B. Gaspar de Sá
sr. J. Alves Borges
sr. Antonio Moreira de Araújo
sr. Prudente Xavier


Centro Republicano Português
Fundado em 14 de julho de 1909
Sede: Rua do Rosário 4 (altos)

Este "Centro" conta atualmente mais de 500 sócios, aumentando seu número dia a dia consideravelmente.

Assembléia Geral:
Presidente - sr. João Mourão

Diretoria:

Presidente sr. Joaquim Ferreira da Costa
Vice-presidente sr. Abel de Castro
1º secretário sr. Manoel Cabral Guedes
2º secretário sr. José Luiz Antunes
1º Tesoureiro sr. José Pinto de Oliveira
2º Tesoureiro sr. Antonio Clemente dos Santos
Vogais: sr. João de Araújo Guedes
sr. Manoel Simões da Silva Rosa
sr. Manoel Duarte Figueiredo

Conselho Consultivo: srs. Alberto Grandal Soares, Antonio Augusto Marialva, Rodrigo da Costa Santos, Antonio Pereira Lopes Arouca, João Monteiro de Oliveira.

[vide Apêndice]


Associação de Beneficência Mútua "A Previdente"
Fundada em 30 de maio de 1903
Pagamentos efetuados Rs. 380:000$000 em 76 sinistros a Rs. 5.000$000
Sede: Palacete Carvalho, Largo Rosário

Fins: socorrer com a quantia fixa de cinco contos de réis, no caso de falecimento de associado, os cônjuges e os filhos em primeiro lugar, os netos em segundo, os ascendentes em terceiro e os irmãos em quarto, salvo disposição por escrito, prévia ou de última vontade do mesmo associado.

Diretoria:

Presidente sr. Francisco J. Carneiro de Vasconcellos
Vice-presidente sr. dr. Alfredo Tabyra
1º secretário sr. Otaviano Pereira Guimarães
2º secretário sr. José Garcia da Rocha
1º Tesoureiro sr. João Furtado da Rocha Frota
2º Tesoureiro sr. Graciliano de Oliveira
1º Beneficente sr. João Guilherme Martins
2º Beneficente sr. Joaquim da Silva Pinto

Comissão Fiscal: Joaquim Carlos Duarte, Antonio Cândido Gomes da Silva, Oswaldo Cochrane, João Marcos de Araújo, Miguel Martins Penna.

[vide Apêndice]


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