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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - TELECOMUNICAÇÃO
Um século de telecomunicações (4)

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Datam dos anos finais do século XIX as primeiras referências sobre os serviços de telecomunicações em Santos. E, apesar de ser importante porto e estar próxima a centros de negócios como a capital paulista, só na década de 1980 (como o resto do Brasil) começou a ter serviços como a discagem direta à distância. Passou pelas eras dos telegramas, do telex, do fac-símile (fax ou telefax), do videotexto, dos BBSs e desembarcou na Internet, com todos os seus recursos.

No final do século XX, a crise econômica motivava restrições, como relatado nesta matéria, publicada na edição de 17 de outubro de 1993 (um domingo) do jornal santista A Tribuna:


Os pedidos para instalação de telefone a bordo dos navios atracados caíram devido à crise
Foto: Rafael Dias Herrera, publicada com a matéria

Crise reduz pedidos de telefone a bordo de navios

Das 40 embarcações que estavam atracadas no Porto de Santos na sexta-feira, apenas 11 pediram para a Telesp a instalação de telefones a bordo, segundo informação da própria estatal. A empresa já chegou a ter 45 ligações, mas a crise também afetou este mercado.

Não que o serviço tenha custo elevado. O pagamento é de Cr$ 629,60 por dia de uso e mais a taxa de Cr$ 7.701,28 a título de instalação. Sobre esses valores não é acrescido o pulso dos telefonemas.

O aparelho é igual aos domiciliares e a instalação é feita em 30 minutos, bastando puxar um fio entre o ponto onde o cargueiro está atracado e o terminal da Telesp mais próximo, explicou o examinador da empresa, João Pequeno. Este serviço só é feito com navios encostados no cais santista.

Ele acrescentou que a estatal possui mais de 80 terminais disponíveis para este serviço, todos usando o prefixo da linha 37. João Pequeno reparou que os navios com carga geral são so que mais recorrem ao serviço, enquanto os graneleiros, geralmente de longa estadia no porto, evitam solicitar o telefone de bordo.

Pedido - Para pedir a instalação de um telefone no navio a agência marítima tem, antes, de se cadastrar na Telesp e indicar o funcionário autorizado a fazer a solicitação.

Quando o cargueiro chega e pede o serviço, o empregado da agência entra em contato com a Telesp que, imediatamente, providencia a instalação. Geralmente um dia antes de a embarcação partir é retirado o aparelho telefônico e a conta é paga pela agência de navegação marítima.

O telefone de bordo só efetua ligações locais. O aparelho pode receber uma chamada interurbana, desde que não seja a cobrar, pois neste caso a ligação é interrompida automaticamente.

Há mais de 20 anos existe este serviço da Telesp e, segundo os funcionários da estatal, nunca houve qualquer reclamação dos usuários sobre a qualidade do trabalho desenvolvido.

Serviço marítimo - Em outro nível, existe o Serviço Móvel Marítimo, prestado através da Rede Nacional de Estações Costeiras da Embratel. As ligações para bordo devem ser solicitadas à Estação Costeira mais próxima da provável localização do navio, ligando-se para os telefones da estação. Em Santos, o número é 141.

Quem pede a ligação deve informar o nome, o prefixo do navio (se possível) e o nome da pessoa com quem vai falar. A ligação leva algum tempo para ser completada, pois é necessário localizar o cargueiro, onde quer que ele esteja.

As ligações para terra devem ser pedidas ao rádio-operador, informando-se o país, a cidade e o telefone com o qual o tripulante ou passageiro deseja falar.


Prédio da Embratel na Avenida Washington Luiz, 22 (esquina da Rua Joaquim Nabuco), em 2010
Fotos: site Street View/Google Maps. Acesso em 16/10/2011

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