Reformulação do trecho é tida como necessária há vários anos
Foto: Carlos Nogueira, em 3/9/2004, publicada com a matéria
ACESSO
Construção de rotatória vai atrasar
Da Reportagem
Em função de uma série de exigências técnicas da Ecovias,
concessionária responsável pelo Sistema Anchieta/Imigrantes (SAI), dificilmente a Prefeitura de Santos conseguirá concluir, até o final do ano, a
segunda fase das obras de reurbanização da entrada da Cidade.
A etapa consiste na construção de uma rotatória viária, localizada no entroncamento
das avenidas Martins Fontes e Nossa Senhora de Fátima e da Via Anchieta.
A informação foi dada pelo secretário de Obras de Santos, Maurício Uehara, que
acredita que o projeto de reestruturação daquele trecho deverá ser inaugurado sem o equipamento. As negociações com a Ecovias para sua execução já
persistem por quase um ano.
"No nosso projeto inicial, a rotatória tinha forma arredondada e cerca de 1.500 metros
quadrados, ao custo de R$ 900 mil. A Ecovias, após análise inicial do projeto, decidiu, alegando questões operacionais relacionadas com a fluidez e
com a segurança do tráfego, que o equipamento teria que medir 7 mil metros quadrados. Com isso, tivemos que desenvolver um novo projeto, que vem
recebendo uma série de interferências da empresa, atrasando o cronograma de obras", revelou o secretário.
Uehara afirma que o valor da nova obra ainda não foi estimado e que, por enquanto, as
análises continuam restritas à área de engenharia. "Desde setembro do ano passado, estamos realizando uma série de reuniões para tentar agilizar o
processo, mas, a cada momento, um novo detalhamento é exigido", afirma o secretário.
Uehara cita exigências
Foto: Édison Baraçal, publicada com a matéria
Estudos
- Conforme explica Uehara, nos últimos contatos estabelecidos, os técnicos da Ecovias resolveram solicitar estudos de solo.
Recentemente, as exigências foram relacionadas com a possibilidade de estaqueamento da pista
(considerada inviável pelo secretário em função dos custos) e um teste de carga.
"Normalmente, este teste dura de três a seis meses. Se ele for exigido, a obra será
somente iniciada na próxima administração municipal. Depois do teste, a previsão de conclusão da obra é de mais três ou quatro meses. Mesmo que
fosse liberado hoje, a obra iria terminar em dezembro, época em que o fluxo de veículos aumenta em função das festas de final de ano e início da
temporada", explica o secretário.
Primeira fase - Com relação à primeira fase das obras de reurbanização da
entrada da Cidade, o secretário ressaltou que falta somente a instalação de um novo sistema de iluminação e recuperação asfáltica de alguns trechos
da Martins Fontes e o paisagismo.
"Depois vem a nova sinalização viária. Acredito que, dentro de um mês, teremos
concluído toda a primeira fase, que custou cerca de R$ 1 milhão", finalizou.
Ecovias - A Assessoria de Imprensa da Ecovias, por intermédio de uma nota
oficial, ratificou que os atrasos são em função das características do solo, que poderiam ocasionar um afundamento de até 20 centímetros no
equipamento, contrariando padrões técnicos e trazendo insegurança aos usuários da Via Anchieta.
Ainda conforme a concessionária, a pedido da Secretaria de Obras da Prefeitura, o
projeto foi encaminhado à Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), como determina o contrato
de concessão firmado pela empresa, que agora aguarda um novo projeto que atenda às exigências de segurança.
A concessionária finaliza explicando que não pode, assim como a Artesp, aprovar um
projeto que venha representar problemas para o solo e pavimento da rodovia, além de trazer risco à segurança dos usuários. |