OS TRABALHOS DE DERROCAGEM - As pedras que serão derrocadas
Imagem: infográfico da Editoria de Arte/A Tribuna,
publicada com a matéria
Começa implosão da Pedra de Itapema
Serviço integra o projeto da dragagem de
aprofundamento do canal de navegação do Porto de Santos, que ficará com 15 metros
Lyne Santos
Da Redação
Devem
começar na manhã de hoje as implosões da Pedra de Itapema, localizada em frente ao Forte de Itapema, na Margem Esquerda (Guarujá) do Porto de
Santos, na direção do Armazém 12. O início do serviço foi anunciado ontem pela Codesp, que já publicou os períodos de interdição do canal de
navegação. O tráfego na via aquaviária é interrompido durante os trabalhos de detonação a fim de garantir a segurança de embarcações e
trabalhadores.
A previsão é que a primeira implosão ocorrerá
entre 8h30 e 11h30, quando o tráfego de navios já estará bloqueado. As interdições acontecerão sempre por três horas, mesmo procedimento adotado
durante a derrocagem (retirada) da Pedra de Teffé, que terminou no último dia 26. A paralisação é programada para os horários em que a maré está
baixa, pois é quando há menos passagens de navios pelo complexo. Neste mês, as interdições ocorrerão pela manhã e à tarde.
A Docas pretende realizar as explosões em dias
alternados. Poderá haver mudanças no cronograma apenas por problemas em equipamentos ou condições climáticas desfavoráveis. A estimativa da
Secretaria de Portos (SEP), responsável pela obra, é que o serviço seja concluído até o próximo dia 26.
A etapa seguinte será a retirada dos
pedregulhos (resultado das detonações) de Itapema e Teffé. As duas rochas serão totalmente removidas até 20 de fevereiro de 2012, conforme
programação estipulada pela pasta federal. Ao todo, serão retirados 20 mil metros cúbicos de Teffé e 11 mil metros cúbicos de Itapema. Na extração,
serão utilizadas dragas tipo clamshell (com garras em forma de concha) ou backhoe (retroescavadeira). Os fragmentos serão colocados em
balsas ou batelões.
Procedimentos
– As implosões de Itapema seguirão os mesmos procedimentos adotados com a Pedra de Teffé. O trabalho será realizado pela draga Yuan Dong 007,
que possui dez torres de perfuração e foi construída especialmente para a atividade. Antes que o serviço fosse iniciado, a Codesp afirmou que foram
vistoriados o Forte de Itapema e a estação das barcas de Vicente de Carvalho.
Para garantir a integridade das edificações situadas a até 500 metros e o ecossistema marinho, serão emitidos novamente sinais sonoros antes das
implosões, alertando quem estiver nas imediações da rocha.
A explosão é a última fase da derrocagem. A
primeira é a perfuração da pedra, realizada com um GPS. Normalmente são feitos de 15 a 20 furos na rocha, dependendo da largura dos orifícios. O
próximo passo é a inserção dos explosivos, que é feita por uma mangueira. A quantidade de material é calculada por um engenheiro de minas, de forma
que atenda as determinações da lei brasileira.
A empresa responsável pela obra é a Ster
Engenharia Ltda., que venceu a licitação realizada pela Codesp. A firma apresentou a melhor proposta, no valor de R$ 25,5 milhões.
A derrocagem é necessária para permitir o
alargamento do canal de navegação, de 150 para 220 metros.
EXTRAÇÃO |
31 MIL metros cúbicos de rochas serão
retirados com a derrocagem das pedras de Teffé (etapa já concluída) e Itapema, no Porto de Santos |
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OS TRABALHOS DE DERROCAGEM - A remoção das pedras permitirá o alargamento do leito do canal de
navegação: 1) O navio equipado com 10 torres de perfuração ficará fundeado acima da pedra a ser implodida; 2) Serão feitos de 15 a 20 furos na rocha
para a introdução de explosivos; 3) Os detonadores serão acionados e parte da rocha se partirá em pedaços menores; 4) Após a fragmentação da rocha,
outro navio recolherá os pedaços de pedra espalhados pelo leito do canal
Imagem: infográfico da Editoria de Arte/A
Tribuna, publicada com a matéria |