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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - URBANISMO (S)
Começa a guerra do (ao) lixo (1)

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Metropolização, conurbação, verticalização. Os santistas passaram a segunda metade do século XX se acostumando com essas três palavras, que sintetizam um período de grandes transformações no modo de vida dos habitantes da Ilha de São Vicente e regiões próximas. Um dos grandes problemas que a Baixada Santista sentia já então a necessidade de equacionar era o da destinação do lixo. Que gerou, entre muitas outras, esta matéria do jornal quinzenal santista Espaço Aberto, na edição de 21 de agosto a 3 de setembro de 1992:
 

Cubatão abre guerra aos
lixões de Santos e SV

O prefeito de Cubatão, Nei Serra, decretou guerra aos lixões de Santos e São Vicente, que por falta de tratamento adequado pelas administrações das cidades em que se localizam, terminam por prejudicar o município cubatense, notadamente os moradores do bairro do Jardim Casqueiro.

Por várias vezes, a Prefeitura de Cubatão tentou acordo amigável com Santos e São Vicente, sem qualquer resposta, resultando em notificação judicial. Para o prefeito Nei Serra, essas ações poderiam ser evitadas se "a Cetesb não estivesse tão condescendente, pois da mesma forma que as indústrias são multadas, o Poder Público deve responder quando causar prejuízo à saúde e ao meio-ambiente".

A guerra contra os lixões será oficializada junto ao governador do Estado, Secretaria Estadual do Meio-Ambiente, presidência da Cetesb e do Ibama, bem como a todas as Prefeituras e Câmaras da Baixada Santista. Outras medidas estão sendo tomadas pelo prefeito cubatense, como a realização de exposições fotográficas sobre os lixões e suas causas.

Acomodação - Há anos o lixão do Dique Sambaiatuba, em São Vicente, cujo mau cheiro e problemas atingem até o centro do município e bairros de Santos e Cubatão, foi condenado pela Cetesb, sem que no entanto uma medida enérgica tenha sido adotada. Há anos a administração de São Vicente fala na implantação da usina de compostagem, no Distrito de Samaritá, mas alega que isto ainda não foi possível pela distância entre a sede do município e o Distrito. Enquanto isso, o problema se arrasta.

Em Santos, o lixão da Alemoa, apesar das contestações da prefeita Telma de Souza, segundo o prefeito de Cubatão, nada foi feito para evitar que o problema continue a prejudicar seu município. Recentemente, Nei Serra lembrou que em 1989 foi formado um colegiado de prefeitos da região, para discussão de problemas comuns, e o lixo foi apontado como questão prioritária.

Por ocasião do colegiado, segundo Nei, apenas a prefeita de Santos não concordou em assinar um acordo para uma proposta integrada, preferindo uma alternativa individual que até hoje não se concretizou. Como as prefeituras de Santos e São Vicente não têm demonstrado interesse na solução do problema e a Cetesb continua complacente, a guerra aos lixões foi declarada. A situação pode gerar uma série de medidas por parte do Governo, pois a gravidade dos lixões coloca a saúde da população à mercê de uma série de doenças.

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